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SOCIEDADE ATIVA

Cartão vermelho para o racismo” ganha dimensão nacional

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Foto/Imagem: Jhonatan Vieira/Sejus-DF
Reporter: Paulo Andrade

A luta contra o racismo no futebol alcança um novo patamar. A campanha “Cartão Vermelho para o Racismo”, idealizada pela secretaria de justiça e cidadania (Sejus-DF) em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), será lançada em nível nacional neste sábado (21). A estreia ocorre no estádio olímpico do Pará – Mangueirão, em Belém, durante o clássico RE-PA (Remo x Paysandu), válido pela 13ª rodada da série B do campeonato brasileiro.

Com o lema “não é só falta grave, é cartão vermelho para o racismo”, a iniciativa, que já se consolidou em Brasília, agora expande seu alcance com o apoio do Ministério Público do Pará (MPPA), dos clubes e das torcidas locais. No Mangueirão, os torcedores receberão cartões vermelhos simbólicos, e os jogadores entrarão em campo com faixas de repúdio ao preconceito. O momento mais marcante será o minuto de protesto antes do apito inicial, quando torcida, atletas e arbitragem erguerão seus cartões em um uníssono gesto de condenação ao racismo.

“É uma alegria ver essa campanha ganhar novos estados e mais força institucional”, comemora a secretária de justiça e cidadania, Marcela Passamani. “com o apoio do ministério público do Pará, damos mais um passo firme no enfrentamento ao racismo e reafirmamos nosso compromisso com uma sociedade mais justa e igualitária dentro e fora dos estádios.”

Do simbolismo à formação: o combate estrutural ao racismo

Além das manifestações simbólicas nos estádios, a campanha investe na formação continuada como ferramenta essencial para combater o racismo estrutural. A iniciativa inclui uma plataforma online de letramento racial, desenvolvida para capacitar jogadores, comissões técnicas, árbitros, dirigentes, promotores e todos os profissionais envolvidos com o futebol.

“A campanha une impacto simbólico e formação cidadã”, resume o subsecretário de políticas de direitos humanos e de igualdade racial da sejus-DF, juvenal araújo, que representará a secretária Marcela Passamani no lançamento em Belém. “o letramento racial é uma das ações mais importantes para transformar a cultura esportiva, qualificando quem atua nos bastidores e nas estruturas institucionais.”

A articulação para levar a campanha ao pará surgiu no início deste mês, durante uma reunião da Sejus-DF no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A proposta, apresentada pela titular da pasta, recebeu adesão unânime. Representando o pará, o promotor de justiça Eduardo Falesi acolheu a iniciativa e articulou sua realização no clássico re-pa.

“O futebol tem um poder enorme de mobilização social, e o ministério público tem um papel essencial na promoção de políticas públicas que enfrentem o racismo com seriedade”, reforça Falesi. “essa parceria com a Sejus-DF é o início de um trabalho que queremos expandir.”

Conexão com a realidade e planos de expansão

A expansão da campanha para o Pará está diretamente ligada a episódios recentes de racismo registrados no estado, como os casos de injúria racial sofrida pelo jogador Sávio, do remo, e o incidente com uma funcionária do Mangueirão, ambos com grande repercussão. Dados do observatório da discriminação racial no futebol mostram um alarmante aumento de 444% nos casos de racismo nos estádios entre 2014 e 2023, totalizando 136 registros. Além disso, 41% dos atletas negros já foram vítimas de discriminação no ambiente esportivo.

A expectativa é que a campanha “Cartão Vermelho para o Racismo” se estenda a outros estados ainda este ano, com o apoio de federações estaduais, ministérios públicos e clubes de futebol, ampliando seu alcance ao longo da série B e em outras competições nacionais.

A campanha e suas ações no DF

A campanha integra a política distrital de prevenção e combate ao racismo nos estádios, instituída pela lei nº 22.084/2024, conhecida como Lei Vinícius Júnior, sancionada pelo Governo do Distrito Federal (GDF). Seu objetivo é conscientizar e engajar torcedores, atletas e instituições no combate ao racismo e à intolerância nos ambientes esportivos.

Desde maio, a campanha marcou presença em três jogos da CBF na Arena BRB Mané Garrincha: vasco x palmeiras (4/5), aparecidense x fluminense (11/5) e capital x botafogo (17/5), todos válidos pela CBF, com apoio da Federação Brasiliense de Futebol (FBF). Em cada um desses eventos, a exibição de cartões vermelhos e faixas no gramado mobilizou torcedores e atletas para a causa.

Mais recentemente, na quinta-feira (19), em parceria com a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF), a campanha foi levada às finais do campeonato candango sub-11 e sub-13, envolvendo crianças e adolescentes em uma ação educativa desde a base.

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economia

Haddad Defende Mais Impostos Para as Bets no Brasil

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Foto/Imagem: © Diogo Zacarias/MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta terça-feira (8) uma maior taxação para as casas de apostas virtuais (bets) no Brasil. Para ele, o setor deveria ter impostos mais elevados, seguindo o modelo de tributação de produtos como cigarros e bebidas alcoólicas.

“O governo anterior tratou as bets como se fosse a Santa Casa de Misericórdia, sem cobrar um centavo de impostos das bets durante quatro anos”, criticou Haddad em entrevista. Ele questionou o benefício para o país, já que “os caras estão ganhando uma fortuna no Brasil, gerando muito pouco emprego, mandando para fora o dinheiro arrecadado aqui”. O ministro reforçou a necessidade de “enquadrar esse setor de uma vez por todas”.

Haddad enfatizou que medidas como essa são cruciais para a meta de alcançar resultados fiscais robustos, visando crescimento econômico contínuo, baixo desemprego e inflação em queda. “A impressão que dá é que tem algumas pessoas querendo sabotar o crescimento econômico do país a troco da eleição do ano que vem”, pontuou.

 

IOF e diálogo com o Congresso

Em entrevista ao portal Metrópoles, Haddad também abordou o impasse entre o governo e o Congresso Nacional sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ele minimizou a questão, afirmando que não pode ser vista como um “Fla x Flu” e que prefere pensar institucionalmente.

Recentemente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, suspendeu os decretos do Executivo que elevavam o IOF e a medida do Congresso que derrubava essa elevação. Moraes determinou uma audiência de conciliação entre as partes para o próximo dia 15 de julho, em Brasília.

Haddad disse que o governo está trabalhando para resolver a questão do IOF e não pode se antecipar à decisão do Supremo. Ele reforçou o compromisso com o diálogo no Congresso e confirmou que se reunirá em breve com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. “Quando um não quer, dois não brigam. E nós não vamos brigar porque, no caso, nenhum dos dois quer brigar”, afirmou, destacando seu compromisso com a negociação e acordos.

 

Otimismo sobre Imposto de Renda

Durante a entrevista, o ministro expressou confiança na aprovação do projeto sobre o Imposto de Renda, que prevê a isenção para quem ganha até R$ 5 mil. Haddad mencionou as reuniões frequentes com o deputado Arthur Lira, relator do projeto, e acredita que a proposta será aprovada “com larga margem de apoio”.

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esporte

Basquete Feminino Brasil está na Final da AmeriCup

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Foto/Imagem: © Foto: Fiba/Divulgação

A seleção brasileira feminina de basquete confirmou seu favoritismo e está na final da AmeriCup 2025, no Chile. Na noite do último sábado (5), as brasileiras dominaram a Argentina, vencendo por 108 a 68, no Centro de Deportes Colectivos, em Santiago. A grande decisão será neste domingo (6), às 21h10 (horário de Brasília), no mesmo local, contra os Estados Unidos.

Este confronto reedita a final da última edição do torneio, que reúne seleções das Américas do Sul, Central e Norte. Em 2023, o Brasil conquistou seu sexto título continental ao bater as norte-americanas por 69 a 58 em León, no México. O Brasil é o maior campeão da AmeriCup, disputada desde 1989.

 

Em busca da vaga no mundial

A conquista de um eventual sétimo título na AmeriCup garantirá ao Brasil uma vaga direta na Copa do Mundo de Basquete Feminino do próximo ano, que será realizada em Berlim, na Alemanha, em setembro. Caso fique com o vice-campeonato, a seleção terá que disputar um torneio classificatório, ainda a ser definido pela Federação Internacional de Basquete (Fiba).

Na vitória sobre a Argentina, Bella Nascimento foi o grande destaque, com 22 pontos, sendo 18 deles em cestas de três pontos. A ala-armadora de 22 anos, nascida nos Estados Unidos e com atuação no basquete universitário norte-americano, possui mãe brasileira. As pivôs Kamilla Cardoso (Chicago Sky) e Damiris Dantas (Indiana Fever), ambas da WNBA, também foram cruciais, marcando 16 pontos cada. Entre as atletas da Liga de Basquete Feminino (LBF), a ala Thayná Silva, do Sampaio Corrêa, contribuiu com 11 pontos e nove rebotes.

 

Campanha invicta até a final

A equipe comandada pela técnica norte-americana Pokey Chatman chega à final da AmeriCup invicta, com seis vitórias em seis jogos. Na primeira fase, as brasileiras superaram Argentina (71 a 50), Canadá (74 a 65), República Dominicana (73 a 46) e El Salvador (106 a 49). Nas quartas de final, o time verde e amarelo venceu o México por 84 a 61, antes de reencontrar as argentinas na semifinal.

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