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Moradores de Ceilândia apresentam demandas aos deputados distritais

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Moradores de Ceilândia apresentaram suas demandas aos deputados distritais na tarde desta quinta-feira (26), em sessão itinerante da Câmara Legislativa, realizada no centro da cidade. A sessão externa faz parte do projeto “Câmara em Movimento”, que tem como objetivo aproximar a população do Legislativo local.

Mais de 50 moradores de Ceilândia puderam se manifestar durante a sessão. Melhoria das escolas, segurança pública, geração de emprego, recapeamento do asfalto, transporte, recolhimento de lixo, criminalização da homofobia e regularização de templos religiosos foram algumas das reivindicações apresentadas pelos moradores.

As propostas e sugestões apresentadas pela população serão sistematizadas, analisadas pelos distritais e encaminhadas ao Executivo. A presidente da Câmara Legislativa, deputada Celina Leão (PDT), destacou que o objetivo do projeto “Câmara em Movimento” é aproximar o Legislativo local da sociedade. Por meio do projeto, os deputados pretendem criar oportunidade para que os cidadãos compreendam melhor a função dos parlamentares, além de ouvirem as reivindicações da comunidade.

O deputado Rodrigo Delmasso (PTN) aproveitou a sessão para ressaltar a passagem do Dia Mundial de Combate ao Preconceito contra as Pessoas com Epilepsia. Segundo ele, o DF tem 50 mil pessoas com o problema e não oferece atendimento adequado na rede pública de saúde.

Já o deputado Prof. Israel (PV) criticou a diferença de estrutura e qualidade de ensino entre escolas públicas de cidades diferentes. Na opinião do distrital, a maioria das escolas da Ceilândia não tem estrutura adequada, prejudicando os estudantes locais. Segundo ele, essa realidade configura uma “exclusão social pela escola”. Ele defendeu escolas iguais para ricos e pobres.

O deputado Chico Vigilante (PT) cobrou do GDF melhorias no policiamento e na manutenção das vias públicas da cidade. E a deputada Luzia de Paula (PEN) ressaltou a importância da história de lutas de Ceilândia.

Administração regional
Uma possível divisão de Ceilândia em várias outras administrações regionais também foi abordada na sessão. A ex-governadora Maria de Lourdes Abadia, primeira administradora da cidade, manifestou-se contra a reformulação. Para ela, o melhor para a cidade é uma administração regional independente e com recursos. Alguns moradores também defenderam a manutenção da cidade com a configuração atual. Por outro lado, houve manifestações favoráveis à criação de administrações independentes para os condomínios Sol Nascente e Pôr do Sol.

A sessão também foi uma homenagem da Câmara Legislativa ao aniversário da cidade. Ceilândia é a cidade mais populosa do DF, com aproximadamente 600 mil habitantes, e completa 44 anos nesta sexta-feira (27).  A cidade conta com o maior colégio eleitoral do DF, com 283.506 eleitores, segundo o recadastramento biométrico realizado em 2014.

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sociedade ativa

Venezuelanas no Brasil precisam de mais apoio integrado

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Foto/Imagem: © Reuters/Carlos Garcia Rawlins/Proibida reprodução

A integração e o acolhimento da população venezuelana no Brasil necessitam, urgentemente, de maior articulação com outras políticas públicas. Uma pesquisa conduzida pela Acnur, UNFPA e ONU Mulheres, com apoio do governo de Luxemburgo, aponta a necessidade de um foco especial na igualdade de gênero, abrangendo saúde, moradia, educação e trabalho, em níveis nacional e local.

Desde abril de 2018, mais de 150 mil venezuelanos foram realocados voluntariamente de Boa Vista para mais de 1,1 mil cidades brasileiras. O estudo reconhece avanços na integração, como o aumento de 12% no rendimento médio mensal individual e de 8% no rendimento domiciliar per capita. No entanto, as entidades alertam que persistem desigualdades significativas entre homens e mulheres na inserção no mercado de trabalho e no acesso a serviços essenciais, especialmente para mulheres e famílias monoparentais.

 

Desafios e vulnerabilidades das mulheres venezuelanas

Os dados da pesquisa indicam que homens venezuelanos sem filhos e com maior nível educacional têm mais chances de conseguir oportunidades de interiorização. Em contraste, mulheres venezuelanas enfrentam mais vulnerabilidades, constituindo a maioria das chefes de famílias monoparentais e apresentando maiores taxas de desemprego e informalidade.

Embora o tempo médio sem trabalho tenha diminuído de 6,7 para 4,7 meses, o estudo ressalta que, apesar de uma melhora na inserção laboral das mulheres ao longo do tempo, essa ainda é aquém quando comparada ao tempo médio dos homens. No quesito educação e língua, crianças e adolescentes abrigados ainda enfrentam dificuldades de acesso à escola, apesar da melhora na compreensão do português, especialmente entre as mulheres.

 

Saúde, alimentação e discriminação

Na área de saúde reprodutiva, o uso de métodos contraceptivos entre venezuelanos interiorizados cresceu. Contudo, barreiras no acesso ao pré-natal e problemas na prevenção do câncer entre mulheres abrigadas ainda persistem.

A pesquisa também lança um alerta sobre o aumento da insegurança alimentar e da discriminação tanto entre mulheres venezuelanas abrigadas quanto na população interiorizada de modo geral.

A pesquisa, iniciada em 2021, foi realizada em três fases de coleta de dados quantitativos, com entrevistas de venezuelanos interiorizados e residentes em abrigos em Boa Vista. Os estudos foram conduzidos pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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sociedade ativa

DPDF Atende Mais de 44 Mil Mulheres Vulneráveis

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Foto/Imagem: Divulgação/DPDF

Com ações mensais desde maio de 2023, o projeto Dia da Mulher da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) acaba de completar 25 edições, somando impressionantes 44.857 atendimentos gratuitos a mulheres em situação de vulnerabilidade. A iniciativa se destaca por promover dignidade, acolhimento e transformação social, oferecendo uma gama de serviços nas áreas jurídica, de saúde, assistência social, cidadania e bem-estar.

Para o defensor público-geral, Celestino Chupel, o projeto já se consolidou como uma política pública permanente de atenção às mulheres. “A cada edição, o Dia da Mulher fortalece o compromisso com uma instituição mais próxima, sensível e transformadora. São diversos atendimentos que refletem a força de uma rede comprometida com a equidade, a inclusão e a justiça social. Essa ação é sobre cuidar, escutar e transformar realidades”, celebrou.

 

Serviços que transformam vidas

A 25ª edição do evento, por exemplo, atendeu 2.008 mulheres, oferecendo suporte essencial. Valdirene Almeida, moradora do Paranoá, de 68 anos, foi uma das beneficiadas. Ela recebeu orientação jurídica, aferição de pressão, atendimento psicológico, além de um voucher para exames laboratoriais e corte de cabelo.

“É muito bom ver um evento voltado para nós, mulheres, que muitas vezes não temos acesso fácil a esses serviços. São diversos atendimentos oferecidos em um só lugar, o que facilita muito a vida de quem precisa. Estão todos de parabéns pela organização e pelo cuidado com a gente”, elogiou Valdirene.

O sucesso do Dia da Mulher da DPDF reforça o papel fundamental da instituição em aproximar serviços essenciais da população que mais precisa, contribuindo diretamente para a qualidade de vida e a autonomia das mulheres no Distrito Federal.

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