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ONU Mulheres: Direitos das Mulheres em Risco Globalmente

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Foto/Imagem: © Pedro Nogueira/ONU Mulheres
Reporter: Paulo Andrade

Os direitos das mulheres enfrentam riscos crescentes em um a cada quatro países, e retrocessos preocupam globalmente. A ONU Mulheres, que completa 15 anos em 2025, alerta para a necessidade urgente de renovar esforços em defesa de meninas e mulheres, que ainda não estão proporcionalmente representadas na política e em cargos de decisão, além de sofrerem desproporcionalmente com a pobreza e a violência.

“Direitos das mulheres são como ondas do mar: há retrocesso, mas avanços são persistentes”, afirmou Ana Querino, representante interina da ONU Mulheres no Brasil. Ela usou a analogia para explicar que a caminhada pela igualdade não é linear, mas a força das mudanças é irrefreável.

Desafios globais e sub-representação no Brasil

Com 4 bilhões de meninas e mulheres no mundo, a sobrevivência delas em igualdade com os homens permanece um desafio global. Uma pesquisa da ONU Mulheres, de março deste ano, aponta preocupação com o aumento da violência e da exclusão digital feminina, indicando um momento histórico precário para as condições de vida das mulheres.

Entre os desafios atuais, a agência destaca a recomendação da Convenção para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (Cedaw) para que os países incluam 50% de mulheres em espaços de decisão. No Brasil, apesar de a Cedaw ter força de lei desde 1984, as mulheres representam apenas 17% dos parlamentares no Congresso Nacional.

Outra grande preocupação é com as 600 milhões de mulheres e meninas vivendo em zonas de conflito, 50% a mais que há uma década. Essa situação é um fator determinante para mortes maternas, com seis em cada dez mortes relacionadas à gravidez ocorrendo em países afetados por conflitos. A violência, incluindo estupros, é frequentemente usada como arma de guerra.

Ações propostas para o futuro

A ONU Mulheres cobra que lideranças globais, chefes de Estado e parlamentos reforcem os compromissos internacionais, como a Plataforma de Ação de Pequim e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). O objetivo é renovar o compromisso de Estados e instituições privadas, com 15 ações divulgadas nesta terça-feira (1º).

A principal delas é proteger as conquistas já obtidas, garantindo que sistemas legais, políticos e financeiros promovam a igualdade de gênero. Ana Querino ressalta a importância de vozes que reforcem o progresso, diante de discursos que se contrapõem a esses direitos.

Outras ações importantes incluem a inclusão digital das mulheres, pois a falta de acesso e de participação feminina na indústria digital pode levar a tecnologias que reproduzem misoginia e discriminação, além de aumentar a violência online.

Entre as prioridades para erradicar a pobreza está o combate à fome, já que uma em cada dez mulheres vive com menos de US$ 2,15 por dia, e mais mulheres do que homens enfrentam insegurança alimentar.

O combate à violência é fundamental: uma mulher ou menina é assassinada a cada dez minutos no mundo por parceiros ou parentes. A ONU Mulheres exige fortalecimento das leis, tolerância zero e apoio às sobreviventes. A participação feminina nas discussões sobre mudanças climáticas e a garantia de empregos dignos e salários iguais (elas ainda ganham 20% menos) são outras frentes essenciais.

esporte

Basquete Feminino Brasil está na Final da AmeriCup

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Foto/Imagem: © Foto: Fiba/Divulgação

A seleção brasileira feminina de basquete confirmou seu favoritismo e está na final da AmeriCup 2025, no Chile. Na noite do último sábado (5), as brasileiras dominaram a Argentina, vencendo por 108 a 68, no Centro de Deportes Colectivos, em Santiago. A grande decisão será neste domingo (6), às 21h10 (horário de Brasília), no mesmo local, contra os Estados Unidos.

Este confronto reedita a final da última edição do torneio, que reúne seleções das Américas do Sul, Central e Norte. Em 2023, o Brasil conquistou seu sexto título continental ao bater as norte-americanas por 69 a 58 em León, no México. O Brasil é o maior campeão da AmeriCup, disputada desde 1989.

 

Em busca da vaga no mundial

A conquista de um eventual sétimo título na AmeriCup garantirá ao Brasil uma vaga direta na Copa do Mundo de Basquete Feminino do próximo ano, que será realizada em Berlim, na Alemanha, em setembro. Caso fique com o vice-campeonato, a seleção terá que disputar um torneio classificatório, ainda a ser definido pela Federação Internacional de Basquete (Fiba).

Na vitória sobre a Argentina, Bella Nascimento foi o grande destaque, com 22 pontos, sendo 18 deles em cestas de três pontos. A ala-armadora de 22 anos, nascida nos Estados Unidos e com atuação no basquete universitário norte-americano, possui mãe brasileira. As pivôs Kamilla Cardoso (Chicago Sky) e Damiris Dantas (Indiana Fever), ambas da WNBA, também foram cruciais, marcando 16 pontos cada. Entre as atletas da Liga de Basquete Feminino (LBF), a ala Thayná Silva, do Sampaio Corrêa, contribuiu com 11 pontos e nove rebotes.

 

Campanha invicta até a final

A equipe comandada pela técnica norte-americana Pokey Chatman chega à final da AmeriCup invicta, com seis vitórias em seis jogos. Na primeira fase, as brasileiras superaram Argentina (71 a 50), Canadá (74 a 65), República Dominicana (73 a 46) e El Salvador (106 a 49). Nas quartas de final, o time verde e amarelo venceu o México por 84 a 61, antes de reencontrar as argentinas na semifinal.

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economia

5G no Brasil Completa 3 Anos com Mais de Mil Municípios Conectados

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Foto/Imagem: © CNI/José Paulo Lacerda/Direitos reservados

A tecnologia 5G celebra três anos de implantação no Brasil neste domingo (6), atingindo mais de mil municípios com acesso à rede de alta velocidade. Um balanço divulgado pela Conexis Brasil Digital, sindicato das empresas de telecomunicações, revela que 1.025 cidades e 47,2 milhões de clientes foram beneficiados nesse período. A cobertura 5G já alcança mais de 70% da população brasileira, concentrando-se nos municípios de maior porte.

Brasília foi a primeira capital a receber a tecnologia, em 6 de julho de 2022. Atualmente, o estado de São Paulo lidera a densidade 5G, com mais de 10,2 mil antenas em 622 municípios, o que corresponde a 25% do total nacional. Em contraste, o Acre possui o menor número de antenas 5G no país, com apenas 169 estruturas em cinco cidades.

 

Metas superadas e desafios da legislação

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As operadoras superaram as metas estabelecidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no edital de 2021. Elas não só atenderam 100% das capitais e Distrito Federal, além de 53 municípios com mais de 500 mil habitantes, conforme previsto para julho de 2025, como também avançaram em 60% nos compromissos estipulados para 2026.

“Em relação à infraestrutura em todo o Brasil, as empresas já instalaram 73% do número de antenas previstas nas metas do edital até 2030. São 45.281 de um total de 62.275 planejadas até 2030 para atender todas as metas do leilão”, informou a Conexis.

A tecnologia 5G, com sua alta velocidade, baixa latência e capacidade de conectar múltiplos dispositivos, é vista como um catalisador para avanços na indústria 4.0, telemedicina, agricultura de precisão e na Internet das Coisas (IoT).

No entanto, um dos principais desafios para a expansão do 5G é a falta de legislação local que discipline a instalação e o uso de antenas, conforme a Lei Geral das Antenas (Lei nº 13.116/2015). Dados da Anatel mostram que, em abril, 450 cidades com leis aprovadas concentravam cerca de 85% das estações 5G do país (41 mil estações). Por outro lado, 849 municípios operam sem legislação adequada, contando com apenas 6,3 mil estações (15% do total nacional).

A Anatel destaca a discrepância na cobertura “Em cidades com leis adequadas, há uma média de 3.189 habitantes por ERB, enquanto nos municípios sem a devida legislação esse número sobe para 7.031 habitantes.” A ausência de leis locais dificulta a instalação de novas antenas, prejudicando a cobertura e a qualidade do serviço, especialmente considerando que o 5G exige cinco vezes mais antenas que o 4G.

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