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Mutirão fiscal termina e acerta a vida de 35 mil contribuintes

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Carlos Eller, 33 anos, tirou um peso das costas. Depois de quase uma década, o comerciante finalmente conseguiu limpar o nome com o governo do Distrito Federal. A dívida de mais de R$ 16 mil com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) caiu para R$ 8,3 mil, montante que ele pagará em 27 parcelas. O acordo foi fechado em pouco mais de 20 minutos, na tarde desta sexta-feira (27), último dia do mutirão fiscal, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

“Meu nome saiu da dívida ativa em 40 minutos. Foi uma ótima iniciativa do governo propor essas condições para quem está em situação financeira complicada”, afirmou Carlos Eller. Ele é uma das cerca de 35 mil pessoas beneficiadas com a redução de juros e multas sobre os mais diversos tributos locais nos dez dias de realização da ação promovida pela Secretaria de Fazenda.

O mutirão, que começou no dia 18, atendeu neste último dia cerca de 3 mil contribuintes que buscaram os conciliadores para renegociar os passivos. O governador Rodrigo Rollemberg visitou o local e conversou com servidores e cidadãos. Para ele, o resultado da ação foi extremamente positivo. “Foi fantástico. Mais de 35 mil pessoas tiveram a oportunidade de quitar suas dívidas”, disse.

Rollemberg estava acompanhado da corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, do presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), desembargador Getúlio de Moraes, e do líder do governo na Câmara Legislativa, deputado Julio César (PRB). “Isso (mutirão) foi uma demonstração do Pacto por Brasília. Todos se uniram em torno de um mesmo objetivo, que é garantir o equilíbrio financeiro do DF e permitir ao cidadão o resgaste da sua cidadania”, afirmou o governador.

A ministra Nancy Andrighi informou que a ideia é estender o programa para outras unidades da Federação. “Contamos com a bondade do governador, que permitiu que o DF servisse de projeto piloto. Neste domingo (29), seguiremos para o Maranhão e esperamos a mesma receptividade”, destacou.

Alívio
O desembargador Getúlio de Moraes destacou que o programa de refinanciamento de débitos vai impactar substancialmente a redução de processos na Justiça. “Devemos extinguir mais de 50 mil processos referentes a débitos tributários. É positivo para o devedor, que se livra da angústia da dívida; para o credor, no caso o DF, que recebe os créditos; e, naturalmente, para o tribunal, que alivia a carga de processos”.

Para a comerciante Luciana de Sousa Roriz, 31 anos, a renegociação representa um recomeço nos negócios. “Tinha uma dívida (de IPTU) de R$ 5,5 mil que caiu para R$ 700. É a oportunidade que eu precisava para me reerguer”, disse ela, dona de uma loja de bolsas em Ceilândia Norte.

Renegociação até 30 de junho
Quem não conseguiu aproveitar os dez dias de mutirão tem até 30 de junho para negociar com o governo recebendo descontos de até 99% sobre juros e multas. As agências da Secretaria de Fazenda e as varas fiscais do Tribunal de Justiça estarão abertas para receber esse público. Além do abatimento nos valores, o contribuinte poderá parcelar os passivos em até 120 vezes.

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Venezuelanas no Brasil precisam de mais apoio integrado

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Foto/Imagem: © Reuters/Carlos Garcia Rawlins/Proibida reprodução

A integração e o acolhimento da população venezuelana no Brasil necessitam, urgentemente, de maior articulação com outras políticas públicas. Uma pesquisa conduzida pela Acnur, UNFPA e ONU Mulheres, com apoio do governo de Luxemburgo, aponta a necessidade de um foco especial na igualdade de gênero, abrangendo saúde, moradia, educação e trabalho, em níveis nacional e local.

Desde abril de 2018, mais de 150 mil venezuelanos foram realocados voluntariamente de Boa Vista para mais de 1,1 mil cidades brasileiras. O estudo reconhece avanços na integração, como o aumento de 12% no rendimento médio mensal individual e de 8% no rendimento domiciliar per capita. No entanto, as entidades alertam que persistem desigualdades significativas entre homens e mulheres na inserção no mercado de trabalho e no acesso a serviços essenciais, especialmente para mulheres e famílias monoparentais.

 

Desafios e vulnerabilidades das mulheres venezuelanas

Os dados da pesquisa indicam que homens venezuelanos sem filhos e com maior nível educacional têm mais chances de conseguir oportunidades de interiorização. Em contraste, mulheres venezuelanas enfrentam mais vulnerabilidades, constituindo a maioria das chefes de famílias monoparentais e apresentando maiores taxas de desemprego e informalidade.

Embora o tempo médio sem trabalho tenha diminuído de 6,7 para 4,7 meses, o estudo ressalta que, apesar de uma melhora na inserção laboral das mulheres ao longo do tempo, essa ainda é aquém quando comparada ao tempo médio dos homens. No quesito educação e língua, crianças e adolescentes abrigados ainda enfrentam dificuldades de acesso à escola, apesar da melhora na compreensão do português, especialmente entre as mulheres.

 

Saúde, alimentação e discriminação

Na área de saúde reprodutiva, o uso de métodos contraceptivos entre venezuelanos interiorizados cresceu. Contudo, barreiras no acesso ao pré-natal e problemas na prevenção do câncer entre mulheres abrigadas ainda persistem.

A pesquisa também lança um alerta sobre o aumento da insegurança alimentar e da discriminação tanto entre mulheres venezuelanas abrigadas quanto na população interiorizada de modo geral.

A pesquisa, iniciada em 2021, foi realizada em três fases de coleta de dados quantitativos, com entrevistas de venezuelanos interiorizados e residentes em abrigos em Boa Vista. Os estudos foram conduzidos pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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sociedade ativa

DPDF Atende Mais de 44 Mil Mulheres Vulneráveis

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Foto/Imagem: Divulgação/DPDF

Com ações mensais desde maio de 2023, o projeto Dia da Mulher da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) acaba de completar 25 edições, somando impressionantes 44.857 atendimentos gratuitos a mulheres em situação de vulnerabilidade. A iniciativa se destaca por promover dignidade, acolhimento e transformação social, oferecendo uma gama de serviços nas áreas jurídica, de saúde, assistência social, cidadania e bem-estar.

Para o defensor público-geral, Celestino Chupel, o projeto já se consolidou como uma política pública permanente de atenção às mulheres. “A cada edição, o Dia da Mulher fortalece o compromisso com uma instituição mais próxima, sensível e transformadora. São diversos atendimentos que refletem a força de uma rede comprometida com a equidade, a inclusão e a justiça social. Essa ação é sobre cuidar, escutar e transformar realidades”, celebrou.

 

Serviços que transformam vidas

A 25ª edição do evento, por exemplo, atendeu 2.008 mulheres, oferecendo suporte essencial. Valdirene Almeida, moradora do Paranoá, de 68 anos, foi uma das beneficiadas. Ela recebeu orientação jurídica, aferição de pressão, atendimento psicológico, além de um voucher para exames laboratoriais e corte de cabelo.

“É muito bom ver um evento voltado para nós, mulheres, que muitas vezes não temos acesso fácil a esses serviços. São diversos atendimentos oferecidos em um só lugar, o que facilita muito a vida de quem precisa. Estão todos de parabéns pela organização e pelo cuidado com a gente”, elogiou Valdirene.

O sucesso do Dia da Mulher da DPDF reforça o papel fundamental da instituição em aproximar serviços essenciais da população que mais precisa, contribuindo diretamente para a qualidade de vida e a autonomia das mulheres no Distrito Federal.

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