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Auxiliares operacionais da Saúde lutam por reclassificação profissional

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Os auxiliares operacionais de serviços diversos (AOSDs) da Secretaria de Saúde lotaram o plenário e as galerias da Câmara Legislativa na manhã desta segunda-feira (30) para debater a principal reivindicação da categoria, considerada extinta pelo governo local: a revisão do plano de carreira e a reclassificação profissional. Os servidores foram unânimes em acusar “discriminação” e cobraram a abertura de negociação com o Executivo para resolver distorções acumuladas ao longo de anos, como a prática de desvio de função. A audiência pública foi realizada por iniciativa da presidente da CLDF, deputada Celina Leão (PDT).

Ao final do evento, Celina e o deputado Juarezão (PRTB) anunciaram que irão marcar uma reunião com o governador Rodrigo Rollemberg, para buscar o atendimento das demandas apresentadas. Os distritais também decidiram que a Câmara Legislativa irá realizar visitas técnicas aos hospitais a fim de checar as más condições de trabalho denunciadas pelos servidores de apoio às atividades de saúde – muitos dos quais reclamaram, por exemplo, da insalubridade no funcionamento das lavanderias e da utilização de pessoas não qualificadas.

“Vocês não podem continuar sendo tratados como invisíveis, mesmo exercendo tarefas tão importantes nas unidades de saúde. Acredito que a luta pela reclassificação será vitoriosa, e o governador precisa ser bem informado sobre o que está acontecendo na saúde do DF”, afirmou Celina. A deputada ainda reclamou da ausência do secretário de Saúde e de representantes da pasta na audiência pública: “Isso é um desrespeito aos servidores e ao Poder Legislativo”.

“O secretário de Saúde está demonstrando não estar preocupado com a difícil situação dos servidores. Mas nós vamos diretamente ao governador cobrar a valorização dos AOSDs, tão explorados e discriminados dentro dos hospitais”, criticou o deputado Juarezão. Ele alertou que as visitas dos distritais às unidades de saúde serão realizadas sem avisar aos diretores, “para que não possam maquiar o mau funcionamento das unidades e os casos de insalubridade enfrentado pelos profissionais”.

Discriminação
“Eu sempre sonhei estar aqui, pois a nossa luta contra a discriminação é de mais de 20 anos. E esta Casa é a mais importante do DF, onde a gente tem voz e pode resolver o nosso problema”, enfatizou, com a voz embargada e sob aplausos das galerias, a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues. “Os AOSDs não podem continuar sendo extremamente explorados. São 1.700 profissionais que fizeram concurso de nível básico e que exercem funções de nível médico”, advertiu.

O diretor jurídico do Sindicato dos Médicos, Antônio José Santos, foi outro que se emocionou ao defender a reclassificação dos AOSDs. “Enquanto o GDF extinguiu esses cargos e não fez a reposição de servidores, nas outras unidades da Federação os concursos públicos continuam sendo realizados com as mesmas atribuições”, enfatizou.

Entre os servidores que se revezaram na tribuna prevaleceu o clima de revolta. Uma das principais queixas diz respeito à proibição pela Secretaria de Saúde do pagamento de horas extras para os AOSDs, ao contrário do que ocorre com médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem. “Eles são o nosso braço direito no atendimento aos pacientes”, apontou Estela Krause, técnica de enfermagem que atua no Hospital de Ceilândia.

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Venezuelanas no Brasil precisam de mais apoio integrado

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Foto/Imagem: © Reuters/Carlos Garcia Rawlins/Proibida reprodução

A integração e o acolhimento da população venezuelana no Brasil necessitam, urgentemente, de maior articulação com outras políticas públicas. Uma pesquisa conduzida pela Acnur, UNFPA e ONU Mulheres, com apoio do governo de Luxemburgo, aponta a necessidade de um foco especial na igualdade de gênero, abrangendo saúde, moradia, educação e trabalho, em níveis nacional e local.

Desde abril de 2018, mais de 150 mil venezuelanos foram realocados voluntariamente de Boa Vista para mais de 1,1 mil cidades brasileiras. O estudo reconhece avanços na integração, como o aumento de 12% no rendimento médio mensal individual e de 8% no rendimento domiciliar per capita. No entanto, as entidades alertam que persistem desigualdades significativas entre homens e mulheres na inserção no mercado de trabalho e no acesso a serviços essenciais, especialmente para mulheres e famílias monoparentais.

 

Desafios e vulnerabilidades das mulheres venezuelanas

Os dados da pesquisa indicam que homens venezuelanos sem filhos e com maior nível educacional têm mais chances de conseguir oportunidades de interiorização. Em contraste, mulheres venezuelanas enfrentam mais vulnerabilidades, constituindo a maioria das chefes de famílias monoparentais e apresentando maiores taxas de desemprego e informalidade.

Embora o tempo médio sem trabalho tenha diminuído de 6,7 para 4,7 meses, o estudo ressalta que, apesar de uma melhora na inserção laboral das mulheres ao longo do tempo, essa ainda é aquém quando comparada ao tempo médio dos homens. No quesito educação e língua, crianças e adolescentes abrigados ainda enfrentam dificuldades de acesso à escola, apesar da melhora na compreensão do português, especialmente entre as mulheres.

 

Saúde, alimentação e discriminação

Na área de saúde reprodutiva, o uso de métodos contraceptivos entre venezuelanos interiorizados cresceu. Contudo, barreiras no acesso ao pré-natal e problemas na prevenção do câncer entre mulheres abrigadas ainda persistem.

A pesquisa também lança um alerta sobre o aumento da insegurança alimentar e da discriminação tanto entre mulheres venezuelanas abrigadas quanto na população interiorizada de modo geral.

A pesquisa, iniciada em 2021, foi realizada em três fases de coleta de dados quantitativos, com entrevistas de venezuelanos interiorizados e residentes em abrigos em Boa Vista. Os estudos foram conduzidos pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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sociedade ativa

DPDF Atende Mais de 44 Mil Mulheres Vulneráveis

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Foto/Imagem: Divulgação/DPDF

Com ações mensais desde maio de 2023, o projeto Dia da Mulher da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) acaba de completar 25 edições, somando impressionantes 44.857 atendimentos gratuitos a mulheres em situação de vulnerabilidade. A iniciativa se destaca por promover dignidade, acolhimento e transformação social, oferecendo uma gama de serviços nas áreas jurídica, de saúde, assistência social, cidadania e bem-estar.

Para o defensor público-geral, Celestino Chupel, o projeto já se consolidou como uma política pública permanente de atenção às mulheres. “A cada edição, o Dia da Mulher fortalece o compromisso com uma instituição mais próxima, sensível e transformadora. São diversos atendimentos que refletem a força de uma rede comprometida com a equidade, a inclusão e a justiça social. Essa ação é sobre cuidar, escutar e transformar realidades”, celebrou.

 

Serviços que transformam vidas

A 25ª edição do evento, por exemplo, atendeu 2.008 mulheres, oferecendo suporte essencial. Valdirene Almeida, moradora do Paranoá, de 68 anos, foi uma das beneficiadas. Ela recebeu orientação jurídica, aferição de pressão, atendimento psicológico, além de um voucher para exames laboratoriais e corte de cabelo.

“É muito bom ver um evento voltado para nós, mulheres, que muitas vezes não temos acesso fácil a esses serviços. São diversos atendimentos oferecidos em um só lugar, o que facilita muito a vida de quem precisa. Estão todos de parabéns pela organização e pelo cuidado com a gente”, elogiou Valdirene.

O sucesso do Dia da Mulher da DPDF reforça o papel fundamental da instituição em aproximar serviços essenciais da população que mais precisa, contribuindo diretamente para a qualidade de vida e a autonomia das mulheres no Distrito Federal.

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