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Agricultores familiares ganham espaço de capacitação e comercialização na Ceasa

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Um centro de capacitação e comercialização de produtos oriundos da agricultura familiar e assentados da reforma agrária. Esse era o sonho dos 89 mil habitantes das áreas rurais do Distrito Federal, que vai se tornar realidade a partir de 25 de abril. O sistema público de agricultura irá inaugurar um espaço voltado ao homem do campo, mas com o qual a sociedade será beneficiada com um maior volume de alimentos de boa qualidade em suas mesas.

A ação do governo do Distrito Federal, com o apoio do governo federal, deve aquecer a agricultura familiar em toda a região – incluindo o Entorno. Os produtores receberão orientações técnicas da Emater/DF, apoio no transporte da safra e um espaço adequado para a comercialização na Ceasa/DF. “Esse incentivo é essencial para melhorarmos a qualidade dos produtos oferecidos em Brasília”, disse o secretário de agricultura e coordenador do projeto, José Guilherme Leal.

Projeto CCC
O Centro de Capacitação e Comercialização (CCC) visa o desenvolvimento da agricultura familiar no Distrito Federal e na região do Entorno. Para isso, o governo do DF irá inaugurar um espaço específico para capacitação profissional de produtores e espaço adequado para a comercialização de alimentos e artesanatos. São 5,5 mil metros quadrados, divididos em 660m² para a venda de produtos agrícolas, de agroindústrias e artesanatos, 1.400m² para a capacitação e o restante distribuídos entre área verde e estacionamentos. A gestão do CCC será da Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri), com o auxílio de suas vinculadas Emater/DF e Ceasa/DF.

Os agricultores familiares serão acolhidos em alojamento de 24 suítes – suficiente para hospedar 96 pessoas, durante a realização dos cursos. No espaço de capacitação tem um auditório para 100 pessoas, três salas de aulas, quatro salas de apoio administrativo, cozinha, refeitório, recepção, sala de ar condicionado e banheiros. “Os cursos serão sugeridos pela Seagri, Emater, Ceasa e, principalmente, pelos produtores beneficiados finais do projeto. Não deixaremos de abordar temas como gestão, administração, comercialização e agroecologia” disse o gerente de apoio às organizações rurais da Seagri, Luciano Mendes.

Já no prédio destinado à comercialização dos produtos, há um grande espaço para exposições e vendas, conjunto de banheiros para expositores e visitantes, depósitos, espaço para a instalação de agroindústria, uma câmara de resfriamento e outra de congelamento. Para o apoio ao transporte, já estão à disposição do projeto um veículo popular, um veículo utilitário cabine dupla, um caminhão baú isotérmico e outro caminhão com carroceria aberta. “A logística é suficiente para complementar a estrutura já existente nas associações”, acrescentou Luciano.

Atualmente, a Ceasa conta com mais de 280 boxes, os mercados de atacado e varejo, a área destinada à venda de flores e plantas ornamentais, o mercado orgânico e o mercado de peixe. “O Centro de Comercialização deve se inserir nesse contexto, sem promover concorrência com as estruturas já existentes”, concluiu o secretário José Guilherme.

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sociedade ativa

Venezuelanas no Brasil precisam de mais apoio integrado

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Foto/Imagem: © Reuters/Carlos Garcia Rawlins/Proibida reprodução

A integração e o acolhimento da população venezuelana no Brasil necessitam, urgentemente, de maior articulação com outras políticas públicas. Uma pesquisa conduzida pela Acnur, UNFPA e ONU Mulheres, com apoio do governo de Luxemburgo, aponta a necessidade de um foco especial na igualdade de gênero, abrangendo saúde, moradia, educação e trabalho, em níveis nacional e local.

Desde abril de 2018, mais de 150 mil venezuelanos foram realocados voluntariamente de Boa Vista para mais de 1,1 mil cidades brasileiras. O estudo reconhece avanços na integração, como o aumento de 12% no rendimento médio mensal individual e de 8% no rendimento domiciliar per capita. No entanto, as entidades alertam que persistem desigualdades significativas entre homens e mulheres na inserção no mercado de trabalho e no acesso a serviços essenciais, especialmente para mulheres e famílias monoparentais.

 

Desafios e vulnerabilidades das mulheres venezuelanas

Os dados da pesquisa indicam que homens venezuelanos sem filhos e com maior nível educacional têm mais chances de conseguir oportunidades de interiorização. Em contraste, mulheres venezuelanas enfrentam mais vulnerabilidades, constituindo a maioria das chefes de famílias monoparentais e apresentando maiores taxas de desemprego e informalidade.

Embora o tempo médio sem trabalho tenha diminuído de 6,7 para 4,7 meses, o estudo ressalta que, apesar de uma melhora na inserção laboral das mulheres ao longo do tempo, essa ainda é aquém quando comparada ao tempo médio dos homens. No quesito educação e língua, crianças e adolescentes abrigados ainda enfrentam dificuldades de acesso à escola, apesar da melhora na compreensão do português, especialmente entre as mulheres.

 

Saúde, alimentação e discriminação

Na área de saúde reprodutiva, o uso de métodos contraceptivos entre venezuelanos interiorizados cresceu. Contudo, barreiras no acesso ao pré-natal e problemas na prevenção do câncer entre mulheres abrigadas ainda persistem.

A pesquisa também lança um alerta sobre o aumento da insegurança alimentar e da discriminação tanto entre mulheres venezuelanas abrigadas quanto na população interiorizada de modo geral.

A pesquisa, iniciada em 2021, foi realizada em três fases de coleta de dados quantitativos, com entrevistas de venezuelanos interiorizados e residentes em abrigos em Boa Vista. Os estudos foram conduzidos pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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sociedade ativa

DPDF Atende Mais de 44 Mil Mulheres Vulneráveis

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Foto/Imagem: Divulgação/DPDF

Com ações mensais desde maio de 2023, o projeto Dia da Mulher da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) acaba de completar 25 edições, somando impressionantes 44.857 atendimentos gratuitos a mulheres em situação de vulnerabilidade. A iniciativa se destaca por promover dignidade, acolhimento e transformação social, oferecendo uma gama de serviços nas áreas jurídica, de saúde, assistência social, cidadania e bem-estar.

Para o defensor público-geral, Celestino Chupel, o projeto já se consolidou como uma política pública permanente de atenção às mulheres. “A cada edição, o Dia da Mulher fortalece o compromisso com uma instituição mais próxima, sensível e transformadora. São diversos atendimentos que refletem a força de uma rede comprometida com a equidade, a inclusão e a justiça social. Essa ação é sobre cuidar, escutar e transformar realidades”, celebrou.

 

Serviços que transformam vidas

A 25ª edição do evento, por exemplo, atendeu 2.008 mulheres, oferecendo suporte essencial. Valdirene Almeida, moradora do Paranoá, de 68 anos, foi uma das beneficiadas. Ela recebeu orientação jurídica, aferição de pressão, atendimento psicológico, além de um voucher para exames laboratoriais e corte de cabelo.

“É muito bom ver um evento voltado para nós, mulheres, que muitas vezes não temos acesso fácil a esses serviços. São diversos atendimentos oferecidos em um só lugar, o que facilita muito a vida de quem precisa. Estão todos de parabéns pela organização e pelo cuidado com a gente”, elogiou Valdirene.

O sucesso do Dia da Mulher da DPDF reforça o papel fundamental da instituição em aproximar serviços essenciais da população que mais precisa, contribuindo diretamente para a qualidade de vida e a autonomia das mulheres no Distrito Federal.

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