Curta nossa página

Meta para 2022

Acordo pretende reduzir 144 mil toneladas de açúcar de alimentos

Publicado

Foto/Imagem: Pixabay
Mariana Tokarnia

O governo brasileiro assinou nesta segunda-feira (26) acordo com a indústria de alimentos para reduzir o consumo de 144 mil toneladas de açúcar até 2022. Isso representa, por exemplo, uma redução de até 62,4% do açúcar presente hoje em biscoitos.

“Estamos gradativamente melhorando a saúde da nossa população”, diz o ministro da Saúde, Gilberto Occhi. “Dentro do que a OMS [Organização Mundial da Saúde] recomenda, vamos buscar sempre que o cidadão tenha informação e, gradativamente, com a redução do nível de açúcar desses alimentos, eles se tornarão mais saudáveis.”

De acordo com o Ministério da Saúde, os brasileiros consomem, em média, 80 gramas de açúcar por dia, o que equivale a 18 colheres de chá. A maior parte, 64% desse consumo, é de açúcar adicionado ao alimento. Os outros 36% tratam-se do açúcar presente nos alimentos industrializados.

A meta, seguindo a recomendação da OMS, é reduzir o consumo de açúcar, por pessoa, para 50 gramas por dia, o equivalente a cerca de 12 colheres de chá de açúcar. Se possível, esse consumo deverá ser reduzido para 25 gramas, aproximadamente, 6 colheres de chá.

Segundo a OMS, o consumo de açúcar deve ser equivalente a até 10% do total das calorias diárias. Se possível, deve chegar a 5% das calorias diárias.

De acordo com o Ministério da Saúde, maus hábitos como alimentação inadequada, além de tabagismo, inatividade física e uso nocivo do álcool aumentam a obesidade em mais de 60%, o diabetes em homens em 54% e em mulheres, 28%. A estimativa de casos de câncer aumenta em 27,6% com esses hábitos.

Segundo o ministro, é necessária também a conscientização da população, que é a responsável pela adição de açúcar nos alimentos. “[O acordo assinado] é uma parte, que é papel do Estado e da indústria, procurar oferecer ao cidadão alimentos mais saudáveis para que possa evitar doenças crônicas não transmissíveis”.

Porcentagens de redução

O acordo foi firmado com a indústria brasileira que se compromete a reduzir o açúcar em cinco categorias de alimentos: bebidas açucaradas, biscoitos, bolos e misturas, achocolatados e produtos lácteos.

As metas serão monitoradas a cada dois anos e valerão para os produtos em cada uma das categorias que têm a maior quantidade de açúcar consumido pela população. Até 2022, os bolos reduzirão até 32,4%; as misturas para bolos, 46,1%; as bebidas açucaradas, 33,8%; os produtos lácteos, 53,9%; os achocolatados, 10,5%; os biscoitos, 62,4%.

Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), Wilson Mello, os termos do acordo assinado hoje foram discutidos ao longo do último ano. Desde 2007, vários acordos com a indústria são firmados para tornar os alimentos mais saudáveis. Primeiro, de acordo com Mello, foi pactuada a redução de gordura trans, depois, do sal.

“[Vamos] movimentar toda a indústria para que reduza, dentro do maior nível possível, os índices de açúcar nos alimentos. Fizemos isso com o sódio e vamos fazer com os açúcares”, diz. “É um compromisso, assinado agora, mas é movimento que vem sendo feito nos últimos anos sob demanda do próprio consumidor”.

Assinaram o acordo o Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que fará o monitoramento, a Abia, a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcóolicas, a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados e a Associação Brasileira de Laticínios.

saúde

Brasil reduz mortalidade por hepatites, mostra boletim

Publicado

Por

Fonte em Foco
Foto/Imagem: © Valter Campanato/Agência Brasil

O Brasil conseguiu uma redução significativa na mortalidade por hepatites virais na última década, impulsionada pelo avanço da vacinação. Dados do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, lançado nesta terça-feira (8) pelo Ministério da Saúde, revelam um panorama positivo que integra as ações do Julho Amarelo, mês de conscientização sobre a doença.

Entre 2014 e 2024, o coeficiente de mortalidade por hepatite B caiu 50%, passando de 0,2 para 0,1 óbito por grupo de 100 mil habitantes. A redução foi ainda mais expressiva para a hepatite C, com queda de 60% no mesmo período, de uma para 0,4 morte por 100 mil habitantes em 2024.

 

Meta da OMS e cobertura vacinal

O país está no caminho para cumprir a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de reduzir os óbitos por hepatites virais em 65% e a incidência em 90% até 2030. “Em 2025, nós já estamos atingindo 60%, isso nos coloca realmente, de fato, no caminho para eliminar essas doenças como problema de saúde pública, dentro desse prazo, até 2030”, destacou Mario Gonzales, coordenador-geral de Vigilância das Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, agradeceu o trabalho dos profissionais de saúde e celebrou a melhora na cobertura vacinal contra hepatite B em crianças e recém-nascidos. “Saímos de 82,7% em 2022, voltamos para 94,19% em 2023 e agora nossa missão é só crescer cada vez mais”, afirmou o ministro. Padilha também ressaltou o desenvolvimento de sistemas de dados que permitem ao Brasil monitorar e expandir a oferta de vacinas.

 

Nova plataforma e campanha de conscientização

Para fortalecer o combate às hepatites, o Ministério da Saúde lançou uma plataforma inédita de monitoramento e apoio à busca ativa e ao cuidado da população. Segundo Mario Gonzales, a ferramenta ajudará estados e municípios a identificar as principais lacunas na eliminação das hepatites virais no país.

Alex Rosewell, coordenador de Emergências, Evidência e Inteligência em Saúde da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, elogiou a consistência do Ministério da Saúde na condução da eliminação das hepatites, alinhada às metas do Programa Brasil Saudável do SUS. “Gostaria parabenizar o Ministério da Saúde e do SUS pelos avanços impressionantes na redução da transmissão e mortalidade que acabamos de ver na apresentação”, ressaltou.

Como parte das ações do Julho Amarelo, também foi lançada a campanha publicitária “Um Teste Pode Mudar Tudo”, reforçando a importância da testagem, vacinação e tratamento da doença.

CONTINUAR LENDO

saúde

Anvisa suspende vendas de azeite, molho e polpa de fruta

Publicado

Por

Fonte em Foco
Foto/Imagem: © Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento de lotes de polpa de frutas, champignon em conserva e molho de alho de três marcas. A decisão veio após laudos de laboratórios públicos apontarem resultados insatisfatórios. Além disso, um azeite extravirgem de origem desconhecida foi apreendido e teve sua venda totalmente suspensa. As medidas sanitárias foram publicadas na segunda-feira (7) no Diário Oficial da União (DOU).

 

Produtos afetados e motivos do recolhimento

  • Polpa de Morango De Marchi: O lote 09437-181 (validade até 01/11/2026) foi recolhido devido a um resultado inconsistente na pesquisa de matérias estranhas, conforme laudo do Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen/SC).
  • Champignon Inteiro em Conserva Imperador: O lote 241023CHI (validade 10/2026), fabricado pela Indústria e Comércio Nobre, foi recolhido. O motivo foi a quantidade de dióxido de enxofre acima do limite permitido, atestado pelo Lacen-DF.
  • Molho de Alho Qualitá: O lote 29 (validade 01/2026), produzido pela Sakura Nakaya Alimentos, também teve seu recolhimento ordenado. O laudo do Lacen-DF indicou dióxido de enxofre acima do limite permitido.

 

Azeite Extravirgem Vale dos Vinhedos proibido

A medida mais drástica da Anvisa foi aplicada ao azeite extravirgem da marca Vale dos Vinhedos. A agência determinou a apreensão total e a proibição completa de sua comercialização, distribuição, fabricação, importação, propaganda e uso.

Segundo a Anvisa, o produto possui origem desconhecida e apresentou resultados insatisfatórios em ensaios de rotulagem e físico-químicos, descumprindo a legislação vigente. A empresa responsável pelo azeite, Intralogística Distribuidora Concept, está com o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) suspenso por inconsistências nos registros da Receita Federal.

CONTINUAR LENDO
PUBLICIDADE

Mais Lidas da Semana

Fonte em Foco. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, assessorias de imprensa e colaboradores