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Rede pública de ensino

Ano letivo: Escola em Casa DF já registrou mais de 500 mil contas

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Foto/Imagem: Divulgação


As 683 escolas da rede pública de ensino do Distrito Federal deram início a um dos maiores desafios que já tiveram: realizar a enturmação virtual dos seus 456.109 estudantes, para que possam retomar o ano letivo, no dia 29 de junho, com validação de frequência em três opções ofertadas pela Secretaria de Educação:

  • Internet – plataforma Google Sala de Aula
  • Teleaulas
  • Atividades impressas entregues pelas unidades escolares

Números

Até o fim desta segunda-feira (22), foram registradas 525.766 contas ativas entre professores efetivos, substitutos, gestores e estudantes, sem contar com a educação infantil, que será enturmada até esta quinta-feira (25). Número próximo do limite de 630 mil contas possíveis.

“Considerando que temos esta semana para trabalhar, com certeza vamos iniciar o ano letivo, na semana que vem, com todos a bordo”, afirma David Nogueira, coordenador do Escola em Casa DF, esclarecendo que as contas ativas ainda não indicam uma preferência dos estudantes entre a Internet, TV ou impressos, porque todos devem abrir uma conta de e-mail para participar do programa. A conta dos estudantes é terminada em @estudante.se.df.gov.br.

Só será possível indicar a preferência dos estudantes até o final desta semana, embora o número de acessos à plataforma nos últimos 60 dias, entre 22 de abril e 22 de junho, tenha sido de 800 mil acessos de 156 mil usuários diferentes. David acredita que os acessos devem apresentar uma curva de crescimento expressiva durante esta semana e, especialmente, na próxima, início do ano letivo com registro de presença.

Todos os participantes do programa devem ter contas ativas, por isso o número ultrapassa muito a soma simples de professores e estudantes. Inclui ainda todo o pessoal da carreira de assistência à educação e das instituições parceiras da Secretaria de Educação, que atendem à educação infantil.

Plataforma

“Os pais e estudantes que conseguiram acessar a plataforma nos deram retornos positivos. Estamos orientando aqueles com alguma dificuldade, principalmente por não estarem habituados ao e-mail @estudante. Até o final desta semana será possível saber quantos vão participar pela plataforma e quantos precisarão de material impresso”, diz a orientadora educacional da unidade Danielle Aptta do CEF 3 de Sobradinho, com 1.140 alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental em 36 turmas.

A direção do CEF 3 fez um vídeo para os estudantes e suas famílias apresentando o novo jeito de estudar. A ideia foi tranquilizá-los. Também foram enviadas dicas de estudo para que eles saibam manter a calma na hora de ter contato com o conteúdo e reservem tempo para o estudo. A escola está apurando a necessidade que terá de material impresso por meio dos grupos de mensagens organizados por turmas, muito embora esteja incentivando preferencialmente o uso da plataforma. “Alguns pais ainda estão receosos, mas estamos mostrando a eles que a plataforma pode ser mais útil nesse momento”, conta Danielle.

Doações e criatividade

Esta segunda-feira (22) foi um dia de ajuda mútua e esclarecimentos a professores, estudantes e seus familiares. A vice-diretora Juliana Cândida Pereira, Escola Classe Aspalha, reuniu a equipe gestora da unidade e bateu na tecla que vem batendo seguidamente: “Estamos realizando reuniões virtuais com as famílias por meio de aplicativos de vídeo e passando todas as instruções sobre o uso da plataforma, a necessidade da autorização para uso das ferramentas Google, a disponibilidade das atividades impressas e demais assuntos e dúvidas relacionadas”. A escola, que atende 221 estudantes do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, faz parte de uma rede integradora de crianças em situação de vulnerabilidade social residentes no Varjão, núcleos rurais do Lago Norte, Paranoá Park, Paranoá e Itapoã.

Juliana conta que a unidade tem feito campanha junto à comunidade para doação de computadores, tablets e notebooks que serão disponibilizados para os alunos que não possuem esses meios. Para doar, basta entrar em contato com a Escola Classe Aspalha pelos telefones (61) 98206-3690 ou 3901-7537.

Por conta da pandemia e da distância entre a escola e as localidades onde moram os estudantes, a Escola Classe Aspalha montou um sistema de delivery semanal dos materiais impressos. Foram criados pontos de coleta em cada uma das regiões administrativas atendidas em que pais, mães ou responsáveis podem buscar os materiais.

“Para minimizar os transtornos, também tomamos a iniciativa de cadastrar os estudantes, gerar suas senhas e incluí-los nas turmas. Na próxima semana entregaremos os kits com os materiais que estão na escola, como cadernos, livros, lápis e borracha, para que eles realizem as atividades.

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Venezuelanas No Brasil Precisam de Mais Apoio Integrado

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Foto/Imagem: © Reuters/Carlos Garcia Rawlins/Proibida reprodução

A integração e o acolhimento da população venezuelana no Brasil necessitam, urgentemente, de maior articulação com outras políticas públicas. Uma pesquisa conduzida pela Acnur, UNFPA e ONU Mulheres, com apoio do governo de Luxemburgo, aponta a necessidade de um foco especial na igualdade de gênero, abrangendo saúde, moradia, educação e trabalho, em níveis nacional e local.

Desde abril de 2018, mais de 150 mil venezuelanos foram realocados voluntariamente de Boa Vista para mais de 1,1 mil cidades brasileiras. O estudo reconhece avanços na integração, como o aumento de 12% no rendimento médio mensal individual e de 8% no rendimento domiciliar per capita. No entanto, as entidades alertam que persistem desigualdades significativas entre homens e mulheres na inserção no mercado de trabalho e no acesso a serviços essenciais, especialmente para mulheres e famílias monoparentais.

 

Desafios e vulnerabilidades das mulheres venezuelanas

Os dados da pesquisa indicam que homens venezuelanos sem filhos e com maior nível educacional têm mais chances de conseguir oportunidades de interiorização. Em contraste, mulheres venezuelanas enfrentam mais vulnerabilidades, constituindo a maioria das chefes de famílias monoparentais e apresentando maiores taxas de desemprego e informalidade.

Embora o tempo médio sem trabalho tenha diminuído de 6,7 para 4,7 meses, o estudo ressalta que, apesar de uma melhora na inserção laboral das mulheres ao longo do tempo, essa ainda é aquém quando comparada ao tempo médio dos homens. No quesito educação e língua, crianças e adolescentes abrigados ainda enfrentam dificuldades de acesso à escola, apesar da melhora na compreensão do português, especialmente entre as mulheres.

 

Saúde, alimentação e discriminação

Na área de saúde reprodutiva, o uso de métodos contraceptivos entre venezuelanos interiorizados cresceu. Contudo, barreiras no acesso ao pré-natal e problemas na prevenção do câncer entre mulheres abrigadas ainda persistem.

A pesquisa também lança um alerta sobre o aumento da insegurança alimentar e da discriminação tanto entre mulheres venezuelanas abrigadas quanto na população interiorizada de modo geral.

A pesquisa, iniciada em 2021, foi realizada em três fases de coleta de dados quantitativos, com entrevistas de venezuelanos interiorizados e residentes em abrigos em Boa Vista. Os estudos foram conduzidos pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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sociedade ativa

DPDF Atende Mais de 44 Mil Mulheres Vulneráveis

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Foto/Imagem: Divulgação/DPDF

Com ações mensais desde maio de 2023, o projeto Dia da Mulher da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) acaba de completar 25 edições, somando impressionantes 44.857 atendimentos gratuitos a mulheres em situação de vulnerabilidade. A iniciativa se destaca por promover dignidade, acolhimento e transformação social, oferecendo uma gama de serviços nas áreas jurídica, de saúde, assistência social, cidadania e bem-estar.

Para o defensor público-geral, Celestino Chupel, o projeto já se consolidou como uma política pública permanente de atenção às mulheres. “A cada edição, o Dia da Mulher fortalece o compromisso com uma instituição mais próxima, sensível e transformadora. São diversos atendimentos que refletem a força de uma rede comprometida com a equidade, a inclusão e a justiça social. Essa ação é sobre cuidar, escutar e transformar realidades”, celebrou.

 

Serviços que transformam vidas

A 25ª edição do evento, por exemplo, atendeu 2.008 mulheres, oferecendo suporte essencial. Valdirene Almeida, moradora do Paranoá, de 68 anos, foi uma das beneficiadas. Ela recebeu orientação jurídica, aferição de pressão, atendimento psicológico, além de um voucher para exames laboratoriais e corte de cabelo.

“É muito bom ver um evento voltado para nós, mulheres, que muitas vezes não temos acesso fácil a esses serviços. São diversos atendimentos oferecidos em um só lugar, o que facilita muito a vida de quem precisa. Estão todos de parabéns pela organização e pelo cuidado com a gente”, elogiou Valdirene.

O sucesso do Dia da Mulher da DPDF reforça o papel fundamental da instituição em aproximar serviços essenciais da população que mais precisa, contribuindo diretamente para a qualidade de vida e a autonomia das mulheres no Distrito Federal.

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