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BC suspende mais 3 instituições após ataque cibernético

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Foto/Imagem: © Marcello Casal JrAgência Brasil
Reporter: Fabíola Fonseca

O Banco Central (BC) intensificou as medidas de segurança no Pix ao suspender cautelarmente mais três instituições financeiras. A decisão ocorre após suspeitas de que essas empresas teriam recebido recursos desviados no ataque cibernético contra a provedora de serviços tecnológicos C&M Software. As instituições afetadas nesta nova etapa são Voluti Gestão Financeira, Brasil Cash e S3 Bank. Anteriormente, Transfeera, Soffy e Nuoro Pay já haviam sido desconectadas do sistema de pagamentos instantâneos.

O BC investiga a possível relação das seis empresas com o ataque que desviou recursos de contas que os bancos mantêm como reserva na autoridade monetária. A TV Brasil confirmou que o montante desviado ultrapassa R$ 530 milhões.

A suspensão, com duração de 60 dias, está prevista pelo Artigo 95-A da Resolução 30 do Banco Central, de outubro de 2020, que regulamentou o Pix. A norma permite que o BC “suspenda cautelarmente, a qualquer tempo, a participação no Pix do participante cuja conduta esteja colocando em risco o regular funcionamento do arranjo de pagamentos”.

 

Posicionamento das empresas e o andamento das investigações

A Transfeera, uma sociedade de capital fechado autorizada pelo Banco Central, confirmou a suspensão da funcionalidade do Pix, mas assegurou que seus demais serviços de gestão financeira para empresas continuam operando normalmente. Em nota, a companhia destacou: “Nossa instituição, tampouco nossos clientes, foram afetados pelo incidente noticiado no início da semana e estamos colaborando com as autoridades para liberação da funcionalidade de pagamento instantâneo”.

As fintechs Soffy e Nuoro Pay não possuem autorização direta do BC para operar no Pix, mas participam do sistema por meio de parcerias com outras instituições financeiras. Nenhuma das duas, assim como Voluti Gestão Financeira, Brasil Cash e S3 Bank, havia se manifestado até a publicação desta reportagem.

A justificativa do Banco Central para a suspensão é proteger a integridade do Pix e garantir a segurança do sistema de pagamentos, enquanto as investigações sobre o desvio de recursos são conduzidas.

 

Entenda o ataque e as prisões

O ataque cibernético ocorreu na noite da última terça-feira (1º). Os sistemas da C&M Software, empresa que presta serviços tecnológicos a diversas instituições financeiras, foram invadidos, resultando no desvio de recursos de contas reservas que os bancos mantêm no BC. O dinheiro desviado foi rapidamente transferido via Pix e convertido em criptomoedas.

Embora a C&M não realize transações financeiras diretamente, ela conecta várias instituições ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), operado pelo Banco Central. Na quinta-feira (3), o BC autorizou a C&M a retomar suas operações Pix.

O caso está sendo investigado pela Polícia Federal, Polícia Civil de São Paulo e o próprio Banco Central. A C&M informou em seu site que nenhum dado de cliente foi vazado.

Nesta sexta-feira (4), um desenvolvimento crucial: a Polícia Civil de São Paulo prendeu um funcionário da C&M. O suspeito confessou ter recebido R$ 15 mil para fornecer a senha de acesso e criar um sistema para os hackers invadirem os sistemas da empresa.

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Inflação no Brasil Cai Pela Sexta Vez

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Foto/Imagem: © José Cruz/Agência Brasil/Arquivo

A expectativa do mercado financeiro para a inflação oficial (IPCA) no Brasil registrou a sexta queda consecutiva, passando de 5,2% para 5,18% este ano. A estimativa foi publicada no Boletim Focus desta segunda-feira (30), divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC).

Para 2026, a projeção da inflação permanece em 4,5%. As previsões para 2027 e 2028 são de 4% e 3,8%, respectivamente. A estimativa para 2025 ainda está acima do teto da meta de inflação do BC, que é de 3% com margem de tolerância até 4,5%.

Em maio, a inflação oficial desacelerou para 0,26%, acumulando 2,75% no ano e 5,32% em 12 meses.

 

Juros básicos e economia

Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 15% ao ano. Apesar da recente desaceleração inflacionária, o Copom elevou os juros em 0,25 ponto percentual na última reunião, marcando o sétimo aumento consecutivo em um ciclo de contração monetária.

O Copom indicou que deve manter os juros no patamar atual nas próximas reuniões, enquanto monitora os efeitos. Contudo, não descartou novos aumentos caso a inflação suba. Analistas preveem que a Selic encerre 2025 em 15% ao ano. Para o fim de 2026, a expectativa é que caia para 12,5% ao ano, reduzindo para 10,5% em 2027 e 10% em 2028.

Aumento da Selic busca conter a demanda, encarecendo o crédito e estimulando a poupança. Já a redução barateia o crédito, incentivando produção e consumo.

 

Projeções para PIB e Dólar

A estimativa para o crescimento da economia brasileira este ano subiu de 2,21% para 2,23%. Para 2026, a projeção para o PIB foi ligeiramente reduzida para 1,86%. O mercado financeiro estima expansão de 2% para 2027 e 2028.

Impulsionada pela agropecuária no primeiro trimestre de 2025, a economia brasileira cresceu 1,4%. Em 2024, o PIB subiu 3,4%, sendo o quarto ano seguido de crescimento e a maior expansão desde 2021.

A previsão para o dólar é de R$ 5,70 para o fim deste ano e R$ 5,75 para o fim de 2026.

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5G no Brasil Completa 3 Anos com Mais de Mil Municípios Conectados

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Foto/Imagem: © CNI/José Paulo Lacerda/Direitos reservados

A tecnologia 5G celebra três anos de implantação no Brasil neste domingo (6), atingindo mais de mil municípios com acesso à rede de alta velocidade. Um balanço divulgado pela Conexis Brasil Digital, sindicato das empresas de telecomunicações, revela que 1.025 cidades e 47,2 milhões de clientes foram beneficiados nesse período. A cobertura 5G já alcança mais de 70% da população brasileira, concentrando-se nos municípios de maior porte.

Brasília foi a primeira capital a receber a tecnologia, em 6 de julho de 2022. Atualmente, o estado de São Paulo lidera a densidade 5G, com mais de 10,2 mil antenas em 622 municípios, o que corresponde a 25% do total nacional. Em contraste, o Acre possui o menor número de antenas 5G no país, com apenas 169 estruturas em cinco cidades.

 

Metas superadas e desafios da legislação

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As operadoras superaram as metas estabelecidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no edital de 2021. Elas não só atenderam 100% das capitais e Distrito Federal, além de 53 municípios com mais de 500 mil habitantes, conforme previsto para julho de 2025, como também avançaram em 60% nos compromissos estipulados para 2026.

“Em relação à infraestrutura em todo o Brasil, as empresas já instalaram 73% do número de antenas previstas nas metas do edital até 2030. São 45.281 de um total de 62.275 planejadas até 2030 para atender todas as metas do leilão”, informou a Conexis.

A tecnologia 5G, com sua alta velocidade, baixa latência e capacidade de conectar múltiplos dispositivos, é vista como um catalisador para avanços na indústria 4.0, telemedicina, agricultura de precisão e na Internet das Coisas (IoT).

No entanto, um dos principais desafios para a expansão do 5G é a falta de legislação local que discipline a instalação e o uso de antenas, conforme a Lei Geral das Antenas (Lei nº 13.116/2015). Dados da Anatel mostram que, em abril, 450 cidades com leis aprovadas concentravam cerca de 85% das estações 5G do país (41 mil estações). Por outro lado, 849 municípios operam sem legislação adequada, contando com apenas 6,3 mil estações (15% do total nacional).

A Anatel destaca a discrepância na cobertura “Em cidades com leis adequadas, há uma média de 3.189 habitantes por ERB, enquanto nos municípios sem a devida legislação esse número sobe para 7.031 habitantes.” A ausência de leis locais dificulta a instalação de novas antenas, prejudicando a cobertura e a qualidade do serviço, especialmente considerando que o 5G exige cinco vezes mais antenas que o 4G.

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