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Orçamento

Câmara Legislativa economizou R$ 118,7 milhões em 2017, aponta relatório

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CLDF - Câmara Legislativa do DF
Foto/Imagem: Silvio Abdon/CLDF
José Coury Neto

Em função da não utilização do orçamento em sua totalidade, a Câmara Legislativa devolveu aos cofres do Distrito Federal em 2017 parte da sua sobra orçamentária no total de R$ 71,2 milhões. A este total se soma a sobra orçamentária de R$ 47 milhões ao final do exercício do ano passado, perfazendo-se um total de economia orçamentaria de R$ 118,7 milhões, a maior dos últimos 4 anos. Esses dados constam do último Relatório Analítico de Acompanhamento da Execução Orçamentária da CLDF, relativo ao encerramento do exercício de 2017, publicado no Diário da Câmara Legislativa (DCL) desta segunda-feira (5).

De acordo com o documento, o índice que mede a participação das despesas com pessoal da CLDF em relação à Receita Corrente Líquida do DF (RCL) alcançou 1,46% no 3º Quadrimestre de 2017, quando foram computados os últimos doze meses (janeiro a dezembro de 2017), mantendo-se constante em relação aos resultados obtidos nos dois primeiros quadrimestres do ano passado e inferior ao último quadrimestre de 2016, que foi de 1,47%.

O índice de 1,46% permaneceu inalterado em relação aos dois primeiros quadrimestres de 2017, sem registrar variação durante todo o ano, fato inédito desde que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) passou a vigorar. Analisando a série histórica dos Relatórios de Gestão Fiscal da CLDF, este resultado é o melhor registrado para o 3° quadrimestre, igualando-se apenas ao índice obtido no 3° quadrimestre de 2011.

Despesa total – De acordo com o relatório, a Câmara Legislativa encerrou o exercício financeiro de 2017 com uma despesa total de RS 405,5 milhões, já incluído nesse valor o montante de R$ 8,2 milhões referente às despesas inscritas no final do exercício em “Restos a Pagar”. Foi utilizado 77,4% do orçamento consignado inicialmente à Lei Orçamentária Anual – LOA 2017. As despesas com pessoal e encargos sociais representaram a maior parte do total gasto (80,9% ou R$ 327,8 milhões). As despesas com manutenção e custeio da Casa totalizaram R$ 73,4 milhões (18,1% da despesa empenhada). Já os investimentos (obras e aquisição de novas máquinas e equipamentos) foram de R$ 4,2 milhões, o que corresponde a 1% do orçamento empenhado.

Os recursos orçamentários destinados ao pagamento de despesas com ”Administração de Pessoal da CLDF” finalizaram 2017 no valor de R$ 332 milhões, com redução de R$ 35,2 milhões em relação ao valor inicialmente previsto na Lei Orçamentária Anual, da ordem de R$ 367,2 milhões.

Analisando apenas o volume de despesas realizadas pela CLDF nos últimos anos, observa-se que em 2017 houve crescimento, em termos nominais, de apenas 5,0% frente ao exercício 2016, enquanto a inflação foi de 2,95% pelo IPCA (IBGE). A principal razão foi a reposição de perdas inflacionárias passadas aprovadas. Em relação ao exercício de 2014 o crescimento acumulado foi de 16,5%, ficando 12 pontos percentuais abaixo da inflação do período, que foi de 28,9% de janeiro de 2014 a dezembro de 2017, medida pelo IPCA (IBGE).

Esses dados mostram que o volume de despesas realizadas em 2017 alcançou o menor índice de execução frente aos recursos orçamentários previstos inicialmente na Lei Orçamentária Anual (77,4%), o menor percentual dos últimos quatro períodos em análise (2014·2017).

Economia – Um ano depois de tomar posse, a atual Mesa Diretora da CLDF já anunciou que pretende intensificar os esforços voltados para maior economia e transparência da instituição, promovendo, logo no início do semestre, um corte de R$ 12,5 milhões no orçamento da Casa. A Câmara pretende diminuir os gastos com comunicação institucional (R$ 8,6 milhões), as despesas com envio de correspondências (R$ 3,3 milhões); e suspender os gastos com diárias e passagens (R$ 0,6 milhão).

Com os cortes, a Câmara Legislativa poderá alcançar desempenho superior ao verificado no ano passado quando a Casa economizou R$ 118,7 milhões de seu orçamento (o melhor desempenho verificado nos últimos quatro anos).

Mesmo levando-se em consideração que os gastos com pessoal poderão subir com a nomeação, ainda este ano, de servidores concursados, a economia acumulada no período 2017-2018 deverá ser superior a R$ 230 milhões, segundo as expectativas da Mesa Diretora.

O corte mais emblemático diz respeito às despesas com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Depois de reduzir o valor do contrato em 25% em 2017, haverá agora um novo corte de 90%. Com isso o valor do contrato que era de R$ 5 milhões no início de 2017 cairá para R$ 375 mil.

Além de reduzir em 25% o valor do contrato com a ECT, a CLDF proibiu a distribuição pelos correios de material que pudesse ser relacionado a promoção pessoal (cartões de aniversário, cartões de Natal, etc.), transformou as cotas a que os deputados têm direito em cotas trimestrais e proibiu sua cumulatividade ao longo do ano. Com isso, fechou o exercício de 2017 contabilizando uma despesa de R$ 100.000,00 com a ECT (economia de 95% em relação a igual período de 2016).

Observando-se apenas o mês de dezembro de 2017, verifica-se que a disciplina estabelecida por meio de Ato da Mesa Diretora fez com que as despesas com o envio de correspondências caíssem de R$ 1.291.154,35 (2016) para R$ 3.754,68 (2017), o que corresponde a uma redução de 99,7% em relação à despesa realizada em dezembro de 2016.

Verba indenizatória – A Câmara Legislativa poderá obter também uma economia anual de R$ 7,3 milhões para os cofres públicos. Este é o valor previsto de redução de gastos pela Casa com o fim da verba indenizatória para os deputados distritais – que inclui despesas com aluguel de imóveis e veículos, compra de combustível e assessoria jurídica. A medida consta em projeto de resolução, de autoria da Mesa Diretora da CLDF, apresentado no dia 1º de janeiro.

Segundo o presidente da CLDF, deputado Joe Valle (PDT), a previsão é de que a matéria seja votada em plenário na primeira semana de março, após passar pela análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF). “Ao mesmo tempo um grupo de trabalho discutirá formas de atender as reais necessidades para que os parlamentares cumpram as funções de legislar, fiscalizar e representar”, explicou.

sociedade ativa

Venezuelanas No Brasil Precisam de Mais Apoio Integrado

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Foto/Imagem: © Reuters/Carlos Garcia Rawlins/Proibida reprodução

A integração e o acolhimento da população venezuelana no Brasil necessitam, urgentemente, de maior articulação com outras políticas públicas. Uma pesquisa conduzida pela Acnur, UNFPA e ONU Mulheres, com apoio do governo de Luxemburgo, aponta a necessidade de um foco especial na igualdade de gênero, abrangendo saúde, moradia, educação e trabalho, em níveis nacional e local.

Desde abril de 2018, mais de 150 mil venezuelanos foram realocados voluntariamente de Boa Vista para mais de 1,1 mil cidades brasileiras. O estudo reconhece avanços na integração, como o aumento de 12% no rendimento médio mensal individual e de 8% no rendimento domiciliar per capita. No entanto, as entidades alertam que persistem desigualdades significativas entre homens e mulheres na inserção no mercado de trabalho e no acesso a serviços essenciais, especialmente para mulheres e famílias monoparentais.

 

Desafios e vulnerabilidades das mulheres venezuelanas

Os dados da pesquisa indicam que homens venezuelanos sem filhos e com maior nível educacional têm mais chances de conseguir oportunidades de interiorização. Em contraste, mulheres venezuelanas enfrentam mais vulnerabilidades, constituindo a maioria das chefes de famílias monoparentais e apresentando maiores taxas de desemprego e informalidade.

Embora o tempo médio sem trabalho tenha diminuído de 6,7 para 4,7 meses, o estudo ressalta que, apesar de uma melhora na inserção laboral das mulheres ao longo do tempo, essa ainda é aquém quando comparada ao tempo médio dos homens. No quesito educação e língua, crianças e adolescentes abrigados ainda enfrentam dificuldades de acesso à escola, apesar da melhora na compreensão do português, especialmente entre as mulheres.

 

Saúde, alimentação e discriminação

Na área de saúde reprodutiva, o uso de métodos contraceptivos entre venezuelanos interiorizados cresceu. Contudo, barreiras no acesso ao pré-natal e problemas na prevenção do câncer entre mulheres abrigadas ainda persistem.

A pesquisa também lança um alerta sobre o aumento da insegurança alimentar e da discriminação tanto entre mulheres venezuelanas abrigadas quanto na população interiorizada de modo geral.

A pesquisa, iniciada em 2021, foi realizada em três fases de coleta de dados quantitativos, com entrevistas de venezuelanos interiorizados e residentes em abrigos em Boa Vista. Os estudos foram conduzidos pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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sociedade ativa

DPDF Atende Mais de 44 Mil Mulheres Vulneráveis

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Foto/Imagem: Divulgação/DPDF

Com ações mensais desde maio de 2023, o projeto Dia da Mulher da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) acaba de completar 25 edições, somando impressionantes 44.857 atendimentos gratuitos a mulheres em situação de vulnerabilidade. A iniciativa se destaca por promover dignidade, acolhimento e transformação social, oferecendo uma gama de serviços nas áreas jurídica, de saúde, assistência social, cidadania e bem-estar.

Para o defensor público-geral, Celestino Chupel, o projeto já se consolidou como uma política pública permanente de atenção às mulheres. “A cada edição, o Dia da Mulher fortalece o compromisso com uma instituição mais próxima, sensível e transformadora. São diversos atendimentos que refletem a força de uma rede comprometida com a equidade, a inclusão e a justiça social. Essa ação é sobre cuidar, escutar e transformar realidades”, celebrou.

 

Serviços que transformam vidas

A 25ª edição do evento, por exemplo, atendeu 2.008 mulheres, oferecendo suporte essencial. Valdirene Almeida, moradora do Paranoá, de 68 anos, foi uma das beneficiadas. Ela recebeu orientação jurídica, aferição de pressão, atendimento psicológico, além de um voucher para exames laboratoriais e corte de cabelo.

“É muito bom ver um evento voltado para nós, mulheres, que muitas vezes não temos acesso fácil a esses serviços. São diversos atendimentos oferecidos em um só lugar, o que facilita muito a vida de quem precisa. Estão todos de parabéns pela organização e pelo cuidado com a gente”, elogiou Valdirene.

O sucesso do Dia da Mulher da DPDF reforça o papel fundamental da instituição em aproximar serviços essenciais da população que mais precisa, contribuindo diretamente para a qualidade de vida e a autonomia das mulheres no Distrito Federal.

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