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Centro de Zoonoses atua na vigilância de animais com doenças que oferecem risco à população

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Com apenas uma carrocinha na garagem, o Centro de Controle de Zoonoses do Distrito Federal desmistifica o imaginário de parte da população que acredita que o local é cenário de maus-tratos. Desde 2013, o departamento pertencente à Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde, da Secretaria de Saúde, não recolhe cães e gatos das ruas para serem sacrificados. O carro é usado para a coleta de animais doentes ou que apresentam risco — como cachorros agressivos que invadem casas e áreas públicas —, e as ações são voltadas ao controle e à prevenção de doenças virais como raiva, leishmaniose, hantavirose, leptospirose e febre amarela.

Ao contrário do que ocorria antes, não se recolhem cães e gatos abandonados. “As pessoas costumavam deixar seus bichos de estimação aqui por qualquer motivo. Percebemos que a acolhida incentivava o abandono”, explica o veterinário chefe do Núcleo de Vigilância de Animais Domésticos do Centro de Zoonoses, Frederico Tôrres Braz. O espaço só abriga animais em situação de risco de doenças. Após os testes necessários, aqueles que estão comprovadamente saudáveis são vacinados e colocados para adoção.

Caso chegue um bicho sem sintomas de doenças virais, os funcionários orientam o dono ou a pessoa que o encontrou a procurar abrigos e organizações não governamentais (ONGs) responsáveis por esse trabalho de proteção. Por meio de material educativo, o centro também incentiva a conscientização sobre a posse responsável.

Para adotar, basta ser maior de 18 anos e comprometer-se a cuidar do cão ou do gato. A pessoa assina um termo de posse e recebe instruções sobre o estado de saúde. “Apesar de não sermos um local de doação, fazemos este serviço e estamos sempre abertos para os interessados”, lembra Braz.

Exames e vacinas
Outra função do Centro de Controle de Zoonoses do DF, que tem parceria com acadêmicos e pesquisadores da área veterinária da Universidade de Brasília, é garantir a segurança por meio do desenvolvimento de pesquisas e de programas de educação em saúde pública. Para minorar o risco de transmissão da leishmaniose, que acomete cães, o centro oferece materiais educativos com sugestões de medidas preventivas.

Além disso, um exame de sangue gratuito, que pode ser feito de segunda a sexta-feira, das 8 h às 17 h, detecta a doença. Em caso positivo, o teste é repetido. Se houver a confirmação e o dono permitir, o cachorro é sacrificado.

No caso da raiva, há campanha de vacinação antirrábica anual nas áreas urbana e rural do DF. A ação deste ano está prevista para o segundo semestre.

Saiba mais

Quais são os serviços prestados pelo Centro de Controle de Zoonoses?
Como o próprio nome sugere, o centro faz a vigilância e o controle de animais doentes que oferecem risco de contaminação aos humanos. Morcegos, roedores, pombos, cães e gatos são testados e mapeados regularmente pelo órgão, criado em 1978. O local é dividido em laboratórios e setores específicos para cada tipo de bicho e enfermidade. Um setor especializado recolhe os animais domésticos no caso de risco à saúde ou à segurança pública. Aqueles com leishmaniose são eutanasiados. Se contaminados com a raiva, acabam morrendo em até 10 dias devido ao ciclo da doença. Segundo o veterinário Frederico Braz, graças a campanhas de vacinação e conscientização, o último caso de raiva registrado no DF é de 2001. As espécies saudáveis podem ser adotadas.

No ano passado, 827 cães e 34 gatos foram sacrificados por estarem contaminados ou em sofrimento decorrente de acidentes como atropelamentos. No mesmo período, adotaram-se 274 cães e 104 gatos.

Quando os coletores de animais devem ser acionados?
Apenas quando houver risco à saúde pública, a exemplo de cachorros sob suspeita de contaminação com leishmaniose ou raiva e que tiveram contato com outros bichos, como em condomínios. Aqueles que invadem casas ou lugares públicos e causam transtorno também podem ser recolhidos, mas é preciso ter cuidado. “Antes de recorrerem ao centro, as pessoas precisam ter a certeza de que se trata de animal sem dono”, ressalta Braz.

O canil serve como abrigo para cães abandonados?
Não mais. Desde o fim de 2013, o centro não faz mais a captura para testes, a não ser em casos de risco de contaminação. Atualmente, trabalha para que a população tenha consciência da posse responsável, ou seja, para que não abandone e entenda que adotar implica obrigações. Com panfletagem sobre o assunto, o órgão participa ainda de feiras e eventos, em parceria com as administrações regionais.

Há limite de tempo para os animais à procura de um novo lar?
Não. Eles permanecem abrigados até encontrarem um dono. Atualmente, há 11 à espera de adoção: dois gatos adultos, seis cães adultos e três filhotes (estes só podem ser adotados após 40 dias de vida, tempo necessário para o desmame).

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sociedade ativa

DPDF Atende Mais de 44 Mil Mulheres Vulneráveis

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Foto/Imagem: Divulgação/DPDF

Com ações mensais desde maio de 2023, o projeto Dia da Mulher da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) acaba de completar 25 edições, somando impressionantes 44.857 atendimentos gratuitos a mulheres em situação de vulnerabilidade. A iniciativa se destaca por promover dignidade, acolhimento e transformação social, oferecendo uma gama de serviços nas áreas jurídica, de saúde, assistência social, cidadania e bem-estar.

Para o defensor público-geral, Celestino Chupel, o projeto já se consolidou como uma política pública permanente de atenção às mulheres. “A cada edição, o Dia da Mulher fortalece o compromisso com uma instituição mais próxima, sensível e transformadora. São diversos atendimentos que refletem a força de uma rede comprometida com a equidade, a inclusão e a justiça social. Essa ação é sobre cuidar, escutar e transformar realidades”, celebrou.

 

Serviços que transformam vidas

A 25ª edição do evento, por exemplo, atendeu 2.008 mulheres, oferecendo suporte essencial. Valdirene Almeida, moradora do Paranoá, de 68 anos, foi uma das beneficiadas. Ela recebeu orientação jurídica, aferição de pressão, atendimento psicológico, além de um voucher para exames laboratoriais e corte de cabelo.

“É muito bom ver um evento voltado para nós, mulheres, que muitas vezes não temos acesso fácil a esses serviços. São diversos atendimentos oferecidos em um só lugar, o que facilita muito a vida de quem precisa. Estão todos de parabéns pela organização e pelo cuidado com a gente”, elogiou Valdirene.

O sucesso do Dia da Mulher da DPDF reforça o papel fundamental da instituição em aproximar serviços essenciais da população que mais precisa, contribuindo diretamente para a qualidade de vida e a autonomia das mulheres no Distrito Federal.

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infraestrutura

Conferência de Cidades Debate Futuro Urbano no DF

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Foto/Imagem: Divulgação/Seduh

No último sábado (5), mais de 850 pessoas participaram da quarta reunião preparatória da 6ª Conferência Distrital das Cidades (CDC), em Brasília. O encontro promoveu um debate entre a sociedade e o poder público para construir propostas sustentáveis para os problemas urbanos do Distrito Federal, com o tema da habitação registrando a maior participação popular.

A reunião abrangeu diversas regiões, incluindo Plano Piloto, Candangolândia, Cruzeiro, Sudoeste/Octogonal, Lago Sul, Lago Norte, Park Way, Varjão, Paranoá, São Sebastião, Jardim Botâni

o e Itapoã. Representantes de movimentos populares, ONGs, trabalhadores, empresários e academia compareceram, participando de painéis, grupos de discussão e plenárias.

Nesta etapa, a população elegeu 104 delegados que serão responsáveis por aprovar as propostas locais a serem encaminhadas à 6ª CDC. A conferência distrital ocorrerá nos dias 29, 30 e 31 de agosto, em local ainda a ser definido, com participação aberta a toda a população.

“Estamos promovendo esses encontros para debater os rumos da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano”, resumiu Tereza Lodder, coordenadora executiva da Comissão Organizadora da 6ª CDC e secretária adjunta de Desenvolvimento Urbano e Habitação. Ela destacou que as propostas visam a construção de “cidades mais inclusivas, democráticas, sustentáveis e com justiça social”.

Thiago Trindade, representante do Ministério das Cidades e coordenador do Observatório das Metrópoles em Brasília, enfatizou a importância da participação popular. “Não é possível fazer um bom planejamento urbano sem ouvir o que a sociedade tem a dizer. O que será falado aqui se tornará política pública, o que mostra a importância desse evento”, ressaltou. A reitora da UnB, Rozana Naves, também reforçou a expectativa de que o DF leve propostas relevantes e executáveis para o âmbito nacional.

 

Dinâmica dos debates e propostas aprovadas

Os participantes foram divididos em salas para discutir cinco grupos temáticos: habitação; mobilidade e infraestrutura; gestão democrática; meio ambiente e clima; e trabalho e renda. Devido à alta demanda, mais salas foram abertas para o tema da habitação.

Após os debates, os 104 delegados eleitos aprovaram 13 propostas. Entre elas, destacam-se:

  • Reduzir a dependência do automóvel e expandir ciclovias, ciclofaixas e calçadas seguras, com acessibilidade universal.
  • Garantir investimentos em tecnologias e infraestrutura para melhorar o clima e a drenagem urbana.
  • Garantir moradia adequada a famílias vulneráveis, por meio da destinação de imóveis vazios, construção popular e financiamento acessível.

As propostas aprovadas serão encaminhadas à 6ª CDC e, posteriormente, à 6ª Conferência Nacional das Cidades, organizada pelo Ministério das Cidades e prevista para outubro.

 

Próxima reunião preparatória em Sobradinho

A próxima reunião preparatória acontecerá em Sobradinho, no próximo sábado (12). O objetivo é eleger delegados e aprovar propostas apresentadas anteriormente em Planaltina. O encontro será retomado do ponto em que foi interrompido em 14 de junho, quando a eleição de delegados precisou ser suspensa por falta de consenso. Apenas quem já se credenciou em Planaltina poderá participar novamente, sem abertura de novas inscrições.

Confira as informações sobre a próxima reunião preparatória:

  • Data: 12/7 (Sábado)
  • Local: Ginásio de Esportes de Sobradinho
  • Endereço: Quadra 2, Área Especial 3
  • Regiões de abrangência: Planaltina, Sobradinho, Sobradinho II, Fercal e Arapoanga

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