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Alerta do Ministério da Saúde

Dieta sem carboidrato pode causar danos à saúde

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Foto/Imagem: Pixabay


Dietas que cortam o carboidrato da alimentação restringem o acesso a componentes essenciais para o bom funcionamento do organismo. Dessa forma, regimes extremamente restritivos, como a dieta sem carboidrato, podem causar danos à saúde.

“Seja em sua quantidade ou mesmo qualidade, as dietas muito restritivas deixam de fora da alimentação algum grupo de alimentos. Isso pode ser perigoso para a saúde, pois a longo prazo pode causar a deficiência de alguns nutrientes essenciais para o organismo, como vitaminas, minerais e aminoácidos”, explica a analista técnica de Políticas Sociais, Simone Costa Guadagnin, da Coordenação de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde.

De acordo com o Guia alimentar para a população brasileira, uma alimentação saudável é harmônica em quantidade e qualidade e deve atender aos princípios da variedade, equilíbrio, moderação e prazer. “Em contrapartida, as dietas da moda usualmente se limitam a considerar apenas a ingestão de nutrientes e calorias e não considera a individualidade de cada um e o contexto em que vive”, ressalta Simone.

Segundo a especialista, dietas que prometem redução de peso de forma rápida e sem sacrifícios tendem a fugir do costume alimentar das pessoas. Por isso, dificilmente conseguem ser mantidas a longo prazo. “Inicialmente pode haver resultados rápidos, especialmente na perda de peso, causados pelo entusiasmo inicial. Mas depois as chances de recuperar o peso perdido são grandes”, alerta.

Perigos das dietas da moda

O Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) repudia práticas relacionadas ao emagrecimento rápido, desintoxicação do organismo ou à “limpeza do corpo” que prometem facilidades ou benefícios baseados no senso comum, com pouca ou nenhuma evidência científica, induzindo a modismos e padrões alimentares que podem causar danos à saúde e comprometer a segurança alimentar e nutricional.

“Especialmente no verão, aumenta o número de dietas que propõem emagrecimento rápido, desintoxicação do organismo ou mesmo mais disposição e vitalidade. Isso pode colocar a sua saúde em risco. O CFN recomenda que as pessoas analisem de forma crítica as informações divulgadas e busquem acompanhamento clínico somente do profissional inscrito no Conselho Regional de Nutricionistas (CRN) com jurisdição em seu estado”, declara a autarquia.

E para evitar futuras complicações, o CFN reforça a importância da consulta presencial para a elaboração do planejamento alimentar. Cada pessoa tem necessidades nutricionais e calóricas diferentes, por isso cada caso deve ser analisado individualmente.

Para que você pense um pouco melhor antes de aderir às dietas da moda, ou qualquer tipo de proposta rápida e milagrosa, o Saúde Brasil explica alguns riscos da dieta sem carboidrato:

Diminuição da energia e do rendimento físico

O carboidrato, encontrado em maior quantidade nos pães, cereais e massas, auxilia na recuperação muscular e é a primeira fonte de energia para os músculos. Portanto, a presença de carboidratos na alimentação, nas quantidades adequadas, não provoca aumento da gordura corporal.

“O carboidrato é a principal fonte de energia para o organismo, por isso pode ser prejudicial para quem exclui da alimentação a longo prazo. No caso de praticantes de atividades físicas, a restrição do componente pode ter um impacto negativo ainda maior”, sinaliza Simone.

Desregulação do organismo

A ingestão elevada de proteínas, característica das dietas com restrição de carboidratos, pode provocar sobrecarga renal e a desregulação do organismo, além de efeitos desagradáveis como desidratação e desmaios.

Dietas restritivas podem levar ainda a à cetoacidose, caracterizada por hiperglicemia (alta taxa de glicose no sangue), vômitos, dificuldade respiratória, entre outros sintomas, informa o material de apoio para profissionais de saúde Desmistificando dúvidas sobre alimentação e nutrição.

Ganho de peso subsequente

Regimes que restringem carboidrato, além da dificuldade de serem mantidos em longo prazo, não promovem a adoção de uma alimentação adequada e saudável e a adoção de outros hábitos de vida saudáveis. Por isso, podem provocar ganho de peso subsequente.

Pesquisa com indivíduos que adotaram a dieta Dunkan (rica em proteínas, restrita em gorduras e com baixo teor de carboidratos) mostrou que, aproximadamente, 75% retornam ao peso anterior.

Dieta saudável para o dia a dia

“A adoção de uma alimentação adequada e saudável, a prática regular de atividade física e a adoção de outros hábitos de vida saudáveis são sempre as melhores escolhas”, destaca Simone. “Apenas uma alimentação variada, baseada em alimentos in natura e minimamente processados, adequada em qualidade e quantidade e que respeite nossas tradições e cultura pode promover a saúde. É o que preconiza o Guia alimentar para a população brasileira.” O cardiologista Fausto Stauffer, titular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), acrescenta que restrição de carboidrato de forma moderada e “não tão extremada” pode trazer benefícios para a saúde como o controle de peso e das taxas de açúcar, além de redução no nível triglicerídeos, medidas que em conjunto melhoram o perfil cardiovascular a longo prazo.

“Você não precisa fazer o extremo de ir para uma dieta cetogênica, que corta praticamente todo o carboidrato, mas reduzir o carboidrato na dieta tem mais benefícios que, por exemplo, fazer uma dieta com baixa gordura. Em termos de controle de peso, as dietas com baixo carboidrato se mostram mais eficazes que as com baixa gordura – portanto, a gordura não é a vilã”, observa o cardiologista.

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Centro Especializado em Diabetes no DF combate obesidade infantil

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Foto/Imagem: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Uma história de superação e dedicação que merece ser celebrada! Aos sete anos, Miguel já enfrentava o sobrepeso e o preocupante risco de desenvolver diabetes, uma realidade que acendeu um alerta para sua família. Graças ao acompanhamento especializado no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) e, posteriormente, no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh), Miguel, agora com nove anos, vive uma verdadeira transformação. Seus resultados são visíveis: mais disposição, uma alimentação muito mais equilibrada e um novo e saudável olhar sobre a vida.

A gente reorganizou a alimentação em casa, introduziu atividades físicas e, com o apoio da equipe, conseguimos evitar que ele precisasse de medicação. A glicemia dele caiu bastante, e o risco de diabetes diminuiu. Foi uma transformação que envolveu toda a família”, compartilha Valdizia Apolinário, 41, mãe de Miguel, com um orgulho que irradia esperança.

A história de Miguel ressalta a urgência e a importância de iniciativas como a do Cedoh. Celebrado no início deste mês (3), o Dia de Conscientização contra a Obesidade Infantil chama a atenção para os graves riscos do excesso de peso na infância e reforça a necessidade de bons hábitos desde cedo. No Distrito Federal, os números são um alerta: uma em cada dez crianças está acima do peso, conforme o último Boletim de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) do Ministério da Saúde.

Para lidar com os casos mais graves de obesidade infantil, o Cedoh se destaca por oferecer um atendimento multidisciplinar de excelência a crianças e jovens de todas as regiões de saúde do DF, por meio do seu Programa de Obesidade Infantil e do Adolescente. Miguel é um exemplo do sucesso dessa abordagem, sendo acompanhado por uma equipe dedicada de endocrinopediatra, nutricionista, psicóloga e terapeuta ocupacional.

Durante o tratamento, as crianças participam de oficinas educativas lúdicas e eficazes sobre alimentação saudável, a importância da prática de atividades físicas, a organização da rotina familiar e a saúde emocional. “O que me encantou foi a forma como eles falam direto com as crianças. É um trabalho sensível e muito próximo. Um verdadeiro achado na nossa rede”, elogia Valdizia, destacando a singularidade e a qualidade do atendimento.

Camila Pessoa, nutricionista do Cedoh, reforça que a obesidade infantil é uma doença crônica, multifatorial e, infelizmente, ainda pouco reconhecida pelas famílias em toda a sua seriedade. “Muitos pacientes já chegam ao centro com comorbidades, como diabetes e hipertensão. A importância da data, portanto, está em conscientizar pais e responsáveis a agir antes que o quadro se agrave”, explica a profissional, sublinhando o papel crucial da prevenção.

A especialista alerta que o excesso de peso na infância não é apenas uma questão estética, podendo desencadear mais de 200 doenças, problemas cardíacos e distúrbios osteomusculares. “Essas complicações surgem cada vez mais cedo e tornam o tratamento ainda mais complexo. A prevenção é o melhor caminho”, ressalta.

Além dos impactos físicos, os efeitos emocionais podem ser devastadores. “Fatores como preconceito com a aparência e bullying afetam a autoestima e podem desencadear compulsão alimentar, ansiedade e depressão. O acompanhamento psicológico é essencial para romper esse ciclo”, argumenta a psicóloga do Cedoh, Caroline Yonaha.

Na rede pública, quando uma criança ou adolescente é identificado com obesidade em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), ele é inserido no Sistema de Regulação para receber o encaminhamento adequado, garantindo que o cuidado especializado esteja ao alcance de todos. Iniciativas como a do Cedoh são faróis de esperança, mostrando que é possível reverter o quadro e construir um futuro mais saudável para as novas gerações.

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Junho Vermelho reforça doação de sangue em Brasília e alerta para estoques críticos

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Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

No mês que celebra o amor, um gesto pode salvar vidas: doar sangue. Em meio à campanha Junho Vermelho, Brasília se une ao movimento nacional para incentivar a solidariedade e fortalecer os estoques do Hemocentro, especialmente os de tipos sanguíneos negativos, atualmente em níveis críticos.

Até o dia 30, quem tem sangue dos tipos O-, A-, B- ou AB- poderá doar sem agendamento prévio, com atendimento preferencial na unidade. A estratégia visa ampliar o número de doadores em um período de queda nos estoques, típico do início do inverno — época em que infecções respiratórias tornam muitas pessoas temporariamente inaptas para a doação.

Queremos garantir que 100% da demanda transfusional dos hospitais seja atendida”, afirma Kelly Barbi, gerente de Captação de Doadores da Fundação Hemocentro. Ela reforça que o Junho Vermelho não é apenas uma campanha pontual, mas um convite à criação do hábito da doação. “Doar sangue deve fazer parte da rotina, como ir ao mercado ou à farmácia.

Segundo as regras atuais, homens podem doar a cada dois meses (até quatro vezes por ano) e mulheres a cada três meses (até três vezes por ano). Para doar, é necessário estar em boas condições de saúde, pesar ao menos 51 quilos, estar alimentado, hidratado e apresentar documento oficial com foto. Sintomas como dor de cabeça ou mal-estar impedem temporariamente a doação, por segurança.

A campanha já inspira novos doadores, como a assistente administrativa Verônica Góes, de 44 anos, que fez sua primeira doação nesta semana. “Hoje talvez eu não precise, mas alguém sim. E no futuro, pode ser eu ou alguém que amo”, compartilhou.

Para a servidora Maria Gabryella de Oliveira, de 29 anos, doar é um compromisso pessoal. “Sempre que posso, vou ao Hemocentro. Muitas vezes é questão de vida ou morte para quem está no hospital”, reforça. Já o servidor Bruno Vidal, de 39, soma mais de dez doações: “Não sou médico, mas posso ajudar de um jeito simples. Isso faz a diferença.

O Hemocentro de Brasília funciona de segunda a sábado, das 7h15 às 18h, sem pausa para o almoço. As doações podem ser agendadas pelo site Agenda DF ou pela Central 160 (opção 2). Porém, quem optar por chegar espontaneamente também será atendido — uma alternativa importante, já que metade dos agendamentos não são cumpridos.

Neste Junho Vermelho, colocar a solidariedade na agenda pode ser o gesto que salva uma vida.

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