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loterias

Fim da farra publicitária das bets?

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Foto/Imagem: © EBC
Autor: Fabíola Fonseca

A era dourada da publicidade irrestrita das casas de apostas pode estar com os dias contados. Um projeto de lei aprovado pelo Senado nesta semana impõe uma série de restrições às propagandas das chamadas bets — plataformas de apostas esportivas de quota fixa que, nos últimos anos, se infiltraram em estádios, transmissões, uniformes e até na linguagem do torcedor.

O texto, de autoria do senador Styvenson Valentim (PSDB-RN), ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados. Ele proíbe o uso de atletas, ex-atletas (exceto após 5 anos da aposentadoria), artistas, comunicadores, influenciadores digitais e autoridades em qualquer ação publicitária envolvendo apostas esportivas. A medida quer estancar a normalização do jogo entre públicos vulneráveis, como crianças e adolescentes, além de conter a glamurização da atividade.

Segundo o relator Carlos Portinho (PL-RJ), a proposta busca proteger o interesse público e garantir uma comunicação mais responsável. O projeto passou pela Comissão de Esporte e foi enviado diretamente ao plenário com pedido de urgência, já que a Comissão de Comunicação e Direito Digital ainda não foi instalada.

O texto é uma resposta direta ao marketing agressivo e onipresente das bets, que passaram a associar apostas a sucesso financeiro, estilo de vida atrativo e ascensão social — uma distorção perigosa, especialmente para jovens e pessoas em situação de vulnerabilidade. Agora, será proibido qualquer conteúdo que apresente o jogo como solução financeira, investimento ou meio de obter status.

Também ficam vetadas animações, mascotes ou qualquer recurso audiovisual voltado ao público infantojuvenil, inclusive se gerado por inteligência artificial. Mensagens não solicitadas via apps, redes sociais ou notificações também serão proibidas.

O projeto estabelece horários restritos para propagandas: no rádio, apenas das 9h às 11h e das 17h às 19h30; na TV e plataformas digitais, entre 19h30 e 0h. Propagandas fora desses períodos — mesmo que impulsionadas em canais oficiais — estão vetadas.

Cotações em tempo real (odds) durante jogos ao vivo também estão proibidas, salvo nos próprios sites ou aplicativos das operadoras licenciadas. E toda peça publicitária deve conter um alerta visível com a frase:

Apostas causam dependência e prejuízos a você e à sua família”.

Ainda será permitido o patrocínio de eventos esportivos e culturais, desde que a exposição da marca se limite à identificação do patrocinador, sem convite ao jogo ou exibição de bônus e promoções.

As bets também continuarão podendo estampar uniformes de times adultos — o que levanta questionamentos sobre a eficácia das restrições — mas será proibida qualquer referência em uniformes infantis, mesmo em versões vendidas ao público.

Por outro lado, as operadoras poderão se beneficiar de leis de incentivo fiscal para patrocinar eventos culturais e esportivos, o que acende o alerta: até onde vai o poder financeiro dessas plataformas num país onde o esporte e a cultura ainda lutam por recursos?

A regulamentação proposta é um passo necessário, mas tardio. O Brasil assistiu, praticamente sem freio, à entrada massiva de bets nos campos, nas telas e no cotidiano. O perigo mora na sutileza: transformar aposta em passatempo, aposta em “investimento”, e azar em estilo de vida. O vício em jogo é silencioso — e lucrativo, para quem opera.

O projeto de lei é uma tentativa de desligar o holofote da sedução e ligar o alerta da responsabilidade.

cultura

Guns N’ Roses anuncia show em Brasília e mais quatro cidades no Brasil

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Foto/Imagem: Gary Miller

A banda de americana Guns N’ Roses anunciou show em Brasília e para mais quatro cidades no Brasil e que estão previstos para acontecerem em outubro deste ano.

As apresentações que acontecerão em Brasília, São Paulo, Florianópolis, Curitiba e Cuiabá, fazem parte da etapa de shows da turnê “Because What You Want and What You Get Are Two Completely Different Things”, que passa na América Latina entre outubro e novembro.

A informação foi compartilhada no site oficial da banda e em suas redes sociais. A primeira parada do grupo de rock no Brasil será em Florianópolis, na Arena Opus, seguindo para São Paulo (Allianz Parque), Curitiba (Pedreira Paulo Leminski), Cuiabá (Arena Pantanal) e finalizando com em Brasília (Arena BRB).

As vendas de ingressos para Brasília iniciarão em 10 de junho.

Para Brasília e São Paulo haverá pré-venda exclusiva para o fã-clube, com cadastro previamente realizado no site da banda, com duração de 24h, que começa no dia 9 de junho às 10h, no site da Eventim.

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economia

Dólar fecha em queda e atinge menor valor desde outubro de 2024

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Foto/Imagem: Foto de Arquivo

Na contramão do mercado global, o real se valorizou nesta sexta-feira (6), puxado pela expectativa em torno do novo pacote fiscal do governo. O dólar comercial recuou pelo segundo dia consecutivo, fechando a R$ 5,57 — menor valor desde outubro de 2024. Já a bolsa de valores seguiu em baixa, encerrando a terceira queda seguida.

A moeda norte-americana teve variação ao longo do dia, chegando à máxima de R$ 5,61 por volta de 12h15, mas cedeu à tarde e atingiu a mínima de R$ 5,56 às 16h30. Com a queda de 0,28% nesta sexta, o dólar acumula baixa de 2,63% em junho e de 9,85% no ano.

Bolsa em baixa: Ibovespa no menor nível em um mês

O movimento positivo no câmbio não se repetiu na bolsa de valores. O Ibovespa, principal índice da B3, caiu 0,1%, fechando aos 136.102 pontos — o menor nível desde 7 de maio. Na semana, o índice acumulou recuo de 0,67%.

Entre os fatores internos que influenciaram o mercado está a expectativa pela divulgação de medidas fiscais que substituam a proposta de aumento do IOF. A possibilidade de alternativas menos onerosas ao setor produtivo animou o câmbio, favorecendo o real.

Juros e tensão política afetam ações

A possível alta de 0,25 ponto percentual na Selic, que pode ser anunciada pelo Banco Central nos dias 17 e 18 de junho, também impactou negativamente o mercado de ações. A expectativa de juros mais altos tende a afastar investidores da bolsa, favorecendo aplicações em renda fixa, consideradas mais seguras.

Influência externa: empregos nos EUA e reunião entre EUA e China

No cenário internacional, a divulgação de dados positivos sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos pressionou o dólar para cima pela manhã. No entanto, o anúncio de que representantes comerciais dos EUA e da China se reunirão na próxima segunda-feira (9), em Londres, trouxe alívio aos mercados e contribuiu para a queda da moeda americana no fim do dia.

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