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Dia do Artesão

Ibaneis entrega 500 carteiras a artesãos e manualistas do DF

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Governador Ibaneis Rocha
Foto/Imagem: Renato Alves/Agência Brasília


Criado mundialmente pelas Organizações das Nações Unidas (ONU), em homenagem a São José, santo cristão carpinteiro, pai de Jesus, o Dia do Artesão foi marcado pelo reconhecimento desses profissionais que, pela primeira vez, receberam, do governador Ibaneis Rocha, a carteira de artesão. Com ela, eles podem trabalhar formalmente em feiras de artesanato e outros eventos afins.

Durante a festa preparada pela Secretaria de Turismo na Feira da Torre de TV, o governador entregou, simbolicamente, 500 carteiras nacionais aos profissionais do ramo, exaltando o trabalho da Secretaria de Turismo em prol da categoria.

“Temos que valorizar as pessoas que mais precisam, que trabalham para ajudar suas famílias e complementam a renda com suas mãos. Esse trabalho da Secretaria de Turismo de valorização dos artesãos e manualistas é maravilhoso”, elogiou. “Hoje é um dia muito importante, que é o do reconhecimento dessa profissão maravilhosa, pelas mãos de vocês coisas lindas são feitas, vocês transmitem carinho através das mãos”, destacou.

O artista plástico e artesão Fábio Mendes, 47 anos, esteve na festa desta manhã na Feira da Torre de TV. Ele trabalha há mais de 20 anos no local. Sua especialidade é a feitura de quadros em metal a partir da prata boliviana ou cobre. “Eu tirei minha carteira pela Secretaria de Turismo, que tem feito muito pela classe”, agradeceu. “Esse registro abriu muitos espaços para a gente. Já consegui levar meu trabalho para expor em Olinda, em Pernambuco, e apresentei obras em galerias dos artesãos na cidade”, detalhou.

Bastante animada com o encontro, a secretária Vanessa Mendonça destacou que a força do trabalho manual brasiliense é determinante para impulsionar a economia criativa do DF. Daí a importância, segundo a gestora, do registro profissional de cada trabalhador apto a desenvolver a profissão na região.

“Desde 1º de janeiro de 2019 nós iniciamos um trabalho de reconhecimento e acolhemos os artesãos e os manualistas”, enfatizou. “Fomos atrás de cada um deles, das associações, de todas as regiões administrativas, e buscamos não apenas qualificar esses profissionais, mas também dar oportunidade para que todos comercializassem seus trabalhos”, relatou.

Reforma na Feira

Na festa, que contou também com a presença do vice-governador Paco Britto, do secretário de Governo, José Humberto, e do presidente da Câmara Legislativa do DF, deputado Rafael Prudente, o governador antecipou que determinou ao presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, que cuide da reforma do local. “O projeto está pronto, nós vamos tocar essa reforma ainda este ano”, informou.

O trabalho de artesão e manualista é um dos mais antigos da humanidade, data de pelo menos 6 mil anos antes de Cristo, ainda no período paleolítico. Atualmente existem no DF mais de 12,6 mil artesãos cadastrados no Sistema de Informação do Artesão Brasileiro (Sicab). Esse grupo é responsável por manter, financeiramente, cerca de 100 mil pessoas na região. Ainda de acordo com cálculos do Sicab, a categoria é responsável por injetar, anualmente, em torno de R$ 184 milhões de recursos na economia criativa local.

A história da feira de artesanato da Torre de TV se confunde com o surgimento do próprio monumento, inaugurado em 1967. Reza a lenda que o comércio no local teria sido incentivado pelo presidente Juscelino Kubitschek, que teria ficado encantado com a venda de artesanato parisiense embaixo da Torre Eiffel.

Cultura indígena

Para celebrar o Dia do Artesão, uma extensa programação cultural, com participação de vários artistas da cidade, se estenderá no espaço até a tarde deste domingo (20). Entre as atrações estão cantores de pagode e sertanejo, além de festejos juninos e dança indígena.

Este ano há uma novidade para os visitantes e os próprios comerciantes do local. Pela primeira vez as nações indígenas que trabalham na Feira da Torre ganharam uma oca para expor, com exclusividade, seus trabalhos ricos em técnicas ancestrais de tecelagem e traçados.

“Muito importante esse apoio dado pelo governo ao nosso trabalho, valorizando a arte de várias etnias do país nesse espaço”, comentou o artesão Gilberto da Cruz, da etnia Fulni-ô. “O trabalho indígena é muito rico, somos um povo que sabe fazer essa arte e tudo a mão, uma tradição passada de geração para geração”, disse.

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Venezuelanas no Brasil precisam de mais apoio integrado

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Foto/Imagem: © Reuters/Carlos Garcia Rawlins/Proibida reprodução

A integração e o acolhimento da população venezuelana no Brasil necessitam, urgentemente, de maior articulação com outras políticas públicas. Uma pesquisa conduzida pela Acnur, UNFPA e ONU Mulheres, com apoio do governo de Luxemburgo, aponta a necessidade de um foco especial na igualdade de gênero, abrangendo saúde, moradia, educação e trabalho, em níveis nacional e local.

Desde abril de 2018, mais de 150 mil venezuelanos foram realocados voluntariamente de Boa Vista para mais de 1,1 mil cidades brasileiras. O estudo reconhece avanços na integração, como o aumento de 12% no rendimento médio mensal individual e de 8% no rendimento domiciliar per capita. No entanto, as entidades alertam que persistem desigualdades significativas entre homens e mulheres na inserção no mercado de trabalho e no acesso a serviços essenciais, especialmente para mulheres e famílias monoparentais.

 

Desafios e vulnerabilidades das mulheres venezuelanas

Os dados da pesquisa indicam que homens venezuelanos sem filhos e com maior nível educacional têm mais chances de conseguir oportunidades de interiorização. Em contraste, mulheres venezuelanas enfrentam mais vulnerabilidades, constituindo a maioria das chefes de famílias monoparentais e apresentando maiores taxas de desemprego e informalidade.

Embora o tempo médio sem trabalho tenha diminuído de 6,7 para 4,7 meses, o estudo ressalta que, apesar de uma melhora na inserção laboral das mulheres ao longo do tempo, essa ainda é aquém quando comparada ao tempo médio dos homens. No quesito educação e língua, crianças e adolescentes abrigados ainda enfrentam dificuldades de acesso à escola, apesar da melhora na compreensão do português, especialmente entre as mulheres.

 

Saúde, alimentação e discriminação

Na área de saúde reprodutiva, o uso de métodos contraceptivos entre venezuelanos interiorizados cresceu. Contudo, barreiras no acesso ao pré-natal e problemas na prevenção do câncer entre mulheres abrigadas ainda persistem.

A pesquisa também lança um alerta sobre o aumento da insegurança alimentar e da discriminação tanto entre mulheres venezuelanas abrigadas quanto na população interiorizada de modo geral.

A pesquisa, iniciada em 2021, foi realizada em três fases de coleta de dados quantitativos, com entrevistas de venezuelanos interiorizados e residentes em abrigos em Boa Vista. Os estudos foram conduzidos pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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sociedade ativa

DPDF Atende Mais de 44 Mil Mulheres Vulneráveis

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Foto/Imagem: Divulgação/DPDF

Com ações mensais desde maio de 2023, o projeto Dia da Mulher da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) acaba de completar 25 edições, somando impressionantes 44.857 atendimentos gratuitos a mulheres em situação de vulnerabilidade. A iniciativa se destaca por promover dignidade, acolhimento e transformação social, oferecendo uma gama de serviços nas áreas jurídica, de saúde, assistência social, cidadania e bem-estar.

Para o defensor público-geral, Celestino Chupel, o projeto já se consolidou como uma política pública permanente de atenção às mulheres. “A cada edição, o Dia da Mulher fortalece o compromisso com uma instituição mais próxima, sensível e transformadora. São diversos atendimentos que refletem a força de uma rede comprometida com a equidade, a inclusão e a justiça social. Essa ação é sobre cuidar, escutar e transformar realidades”, celebrou.

 

Serviços que transformam vidas

A 25ª edição do evento, por exemplo, atendeu 2.008 mulheres, oferecendo suporte essencial. Valdirene Almeida, moradora do Paranoá, de 68 anos, foi uma das beneficiadas. Ela recebeu orientação jurídica, aferição de pressão, atendimento psicológico, além de um voucher para exames laboratoriais e corte de cabelo.

“É muito bom ver um evento voltado para nós, mulheres, que muitas vezes não temos acesso fácil a esses serviços. São diversos atendimentos oferecidos em um só lugar, o que facilita muito a vida de quem precisa. Estão todos de parabéns pela organização e pelo cuidado com a gente”, elogiou Valdirene.

O sucesso do Dia da Mulher da DPDF reforça o papel fundamental da instituição em aproximar serviços essenciais da população que mais precisa, contribuindo diretamente para a qualidade de vida e a autonomia das mulheres no Distrito Federal.

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