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Abraço simbólico

Manifestação no Hospital da Criança defende gestão do Icipe

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Foto/Imagem: Tony Winston/Agência Brasília
Guilherme Pera

Autoridades do governo de Brasília, funcionários, pacientes e representantes da sociedade manifestaram-se na manhã desta quarta-feira (18) contra a decisão judicial que determinou retirar o Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada (Icipe) da gestão do Hospital da Criança de Brasília José Alencar.

“Não há jeito melhor de servir do que por meio da saúde. Como brasiliense, fiquei orgulhoso de ouvir da boca da maior autoridade de saúde mundial [diretor-geral da Organização Mundial da Saúde] que o Hospital da Criança é um exemplo que deveria ser levado para o mundo”, destacou o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg.

Ele lembrou que o hospital foi criado, doado e gerido pela sociedade, é 100% público e que, no início do governo, deixou de alocar R$ 40 milhões para a Universíade [Jogos Universitários Mundiais] em 2019. “Cancelamos o evento aqui e destinamos o recurso para a construção do Bloco 2 do Hospital da Criança.”

O governador reiterou que vai tentar reverter a determinação da Justiça. “Confio nas instituições brasilienses. Vamos, por meio da audiência de conciliação, mostrar todos os argumentos, fazer ajustes formais, se for o caso, mas não abrimos mão de ter o hospital gerido por pessoas sérias, de forma competente”, justificou Rollemberg.

Em entrevista logo antes do abraço, o chefe do Executivo local disse que “os planos A, B, C e D do governo” são a audiência de conciliação na terça-feira (24). A reunião contará com:

  • o desembargador do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios responsável pelo caso, Alfeu Gonzaga Machado
  • o secretário de Saúde, Humberto Fonseca
  • a procuradora-geral do DF, Paola Aires
  • o procurador-geral de Justiça do DF, Leonardo Bessa

Para o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, o Hospital da Criança de Brasília é o mais bem avaliado do DF. “São 2,7 milhões de atendimentos e 98,8% de aprovação. É um sonho em expansão, inauguraremos em breve o Bloco 2. Não deixaremos que caprichos de uma ou duas pessoas fechem a unidade”.

O diretor-presidente do Icipe, Newton Alarcão, ressaltou a experiência da organização social para gerir o hospital. “Não existe acusação de desvio de recursos, de ineficiência. São formalidades, de dizer que o Icipe não tem experiência como organização social, mas a experiência não está no prédio, está nas pessoas. E nós temos”.

Também participaram do ato em defesa do modelo de gestão da unidade de saúde especializada em tratamento de câncer infantojuvenil o superintendente-executivo, Renílson Rehem, e a diretora-técnica, Isis Magalhães. O evento reuniu ainda membros do setor produtivo, da Câmara Legislativa e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A decisão judicial pela transferência de gestão do hospital é do juiz titular da 7ª Vara da Fazenda Pública, Paulo Afonso Cavichioli Carmona. Ela proíbe o Icipe de ter contratos com o poder público durante três anos. Para o magistrado, a entidade não cumpriu requisitos necessários para ter qualificação como organização social.

Entre os manifestantes estava a presidente da Associação Brasileira de Assistência às Famílias Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace), Maria Ângela Marini. A entidade é a responsável pela construção do Hospital da Criança de Brasília.

Para Maria Ângela, o ato de hoje demonstra o interesse da sociedade na unidade de saúde. “Como mãe de ex-paciente, digo que as crianças são a razão de o hospital existir.”

Assim como Maria Ângela, a contadora Ana Maria Batista Alves, de 35 anos, e o militar Márcio Sandro Alves da Silva, de 40 anos, conviveram com o câncer de um filho.

Em 2012, Eduardo Augusto Alves Batista, à época com 4 anos (hoje com 10), foi diagnosticado com leucemia. Atendido no Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib), o garoto foi encaminhado para o Hospital da Criança.

Foram três anos e meio de tratamento, que culminaram na cura do garoto. “O Hospital da Criança é um ninho de amor. Quando a gente chamava Eduardo para o hospital, ele queria ir, porque tinha brinquedoteca, contadores de história, gente do teatro, as paredes pintadas. A criança se sente dentro de um parque”, contou Ana Maria.

“A estrutura e os profissionais são de excelência. Passamos por um período muito difícil, mas sentimos o amor e o comprometimento de quem trabalha aqui”, disse Márcio Sandro, logo complementado pelo filho. “É muito legal”, sintetizou Eduardo, que, superado o câncer, sonha em ser cirurgião plástico ou jogador de futebol.

Modelo do Hospital da Criança de Brasília – Inaugurado em 23 de novembro de 2011, com 7 mil metros quadrados, o Bloco 1 do hospital foi construído pela Abrace e doado ao governo de Brasília.

É uma unidade pública, que atende exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e faz parte da rede da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. A administração, no entanto, é feita pelo Icipe — associação de direito privado sem fins econômicos ou lucrativos criada pela Abrace.

Por ser de especialidades, o Hospital da Criança não atende emergências — os pacientes chegam encaminhados pelas unidades básicas de saúde (UBS).

Até o fim de março de 2018, foram:

  • 2.757.279 atendimentos
  • 1.641.872 exames laboratoriais
  • 442.811 consultas
  • 66 mil diárias (27.037 internações e 39.836 hospital-dia)

Com mais de 95% das obras executadas, quando inaugurado, o Bloco 2 terá, em dois pavimentos:

  • 202 leitos — 164 para internação e 38 para unidade de terapia intensiva (UTI) e cuidados intermediários
  • 67 consultórios ambulatoriais
  • centro cirúrgico
  • centro de diagnóstico especializado
  • centro de ensino e pesquisa
  • laboratórios de análises clínicas e hematologia
  • unidade administrativa
  • área de apoio
  • serviços de hemodiálise, hemoterapia e quimioterapia

O Hospital da Criança de Brasília fica no Setor de Áreas Isoladas Norte (Sain), ao lado do Hospital de Apoio.

cultura

Guns N’ Roses anuncia show em Brasília e mais quatro cidades no Brasil

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Foto/Imagem: Gary Miller

A banda de americana Guns N’ Roses anunciou show em Brasília e para mais quatro cidades no Brasil e que estão previstos para acontecerem em outubro deste ano.

As apresentações que acontecerão em Brasília, São Paulo, Florianópolis, Curitiba e Cuiabá, fazem parte da etapa de shows da turnê “Because What You Want and What You Get Are Two Completely Different Things”, que passa na América Latina entre outubro e novembro.

A informação foi compartilhada no site oficial da banda e em suas redes sociais. A primeira parada do grupo de rock no Brasil será em Florianópolis, na Arena Opus, seguindo para São Paulo (Allianz Parque), Curitiba (Pedreira Paulo Leminski), Cuiabá (Arena Pantanal) e finalizando com em Brasília (Arena BRB).

As vendas de ingressos para Brasília iniciarão em 10 de junho.

Para Brasília e São Paulo haverá pré-venda exclusiva para o fã-clube, com cadastro previamente realizado no site da banda, com duração de 24h, que começa no dia 9 de junho às 10h, no site da Eventim.

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infraestrutura

Taguatinga comemora 67 anos com presente à altura de sua história

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Foto/Imagem: Lúcio Bernardo Jr.

No coração vibrante de Taguatinga, um símbolo foi devolvido à população em grande estilo: a Praça do Relógio, completamente revitalizada, foi entregue pelo governador Ibaneis Rocha, em um gesto que mescla carinho, compromisso e respeito à história de uma das cidades mais pulsantes do Distrito Federal.

A entrega marca não só os 67 anos de fundação de Taguatinga, mas também uma nova fase para a região, que nos últimos anos tem recebido investimentos estruturais robustos e estratégicos. Com um investimento de cerca de R$ 6 milhões, a nova Praça do Relógio ressurge como um ponto de encontro, memória e progresso — agora com nova iluminação em LED, calçadas com acessibilidade, sistema de drenagem, paisagismo renovado, baia de ônibus e a icônica estrutura do relógio restaurada.

Essa praça estava esquecida. Hoje, ela representa o nosso esforço em recuperar aquilo que outros deixaram para trás. Taguatinga tem uma história linda, e estamos deixando um legado à altura dela”, afirmou o governador Ibaneis, ex-morador da cidade, visivelmente emocionado.

Um presente com alma

O tom foi de celebração e orgulho. A entrega foi acompanhada por autoridades, moradores antigos e novas gerações que veem na requalificação da praça não só uma obra física, mas também o reconhecimento do valor da cidade para o DF.

Essa obra tem alma, tem propósito. Uma praça iluminada gera segurança, gera vida, gera esperança”, resumiu a vice-governadora Celina Leão.

Além da Praça, o governador anunciou a reforma da sede da Administração Regional de Taguatinga, reforçando o compromisso com o desenvolvimento urbano e institucional da cidade.

Mais do que concreto: um resgate simbólico

Fundada em 5 de junho de 1958, Taguatinga é considerada berço do empreendedorismo brasiliense. E a Praça do Relógio, com seu papel histórico e afetivo, carrega em cada pedra a memória da cidade que cresceu, resistiu e agora se renova. Para o aposentado Divino de Souza, de 79 anos, ver o relógio funcionando novamente foi motivo de emoção:

Esse relógio sempre esteve parado. Agora ele marca um novo tempo para Taguatinga.”

Um legado que pulsa

A revitalização da praça integra uma série de ações do GDF para transformar a infraestrutura urbana da cidade. Nos últimos anos, o governo investiu em obras como o Túnel Rei Pelé, a reforma do Boulevard, a entrega de novas creches e escolas, além da recuperação da DF-001 no Pistão Sul. Esses esforços somam mais de R$ 300 milhões aplicados apenas na região.

Segundo dados da Administração Regional, o número de empresas saltou de 15 mil para mais de 40 mil nos últimos anos, gerando mais de 500 mil empregos diretos e indiretos.

Esse crescimento é fruto de investimento, de confiança e de respeito por quem vive aqui. Taguatinga voltou a ser o centro das atenções. E isso nos enche de orgulho”, declarou o administrador regional, Renato Andrade.

Capital da qualidade de vida

Com cerca de 200 mil moradores, Taguatinga reafirma seu papel como motor econômico e social do DF. A nova Praça do Relógio é, hoje, um cartão-postal restaurado — mas também um retrato da Taguatinga que sonha alto, com pés firmes no chão e olhos voltados para o futuro.

E como disse o próprio Ibaneis:

Taguatinga é exemplo do que estamos construindo em todo o DF: cidades vivas, cuidadas e com dignidade para sua gente.

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