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Parada do Orgulho LGBT+ em São Paulo

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Foto/Imagem: © Paulo Pinto/Agência Brasil
Reporter: Paulo Andrade

A avenida paulista foi palco de um evento histórico neste sábado (21), com a Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo reunindo milhões de pessoas e, pela primeira vez em 29 edições, colocando o envelhecimento da população LGBTQIA+ no centro das discussões e da celebração. Estimada em 4 milhões de participantes pela organização, a parada contou com 17 trios elétricos que desfilaram desde as 13h, rumo ao centro da cidade.

Considerada a maior parada pela diversidade no mundo, o evento ganhou um tom especial com o ativista Norivaldo Júnior, membro do conselho nacional dos direitos da pessoa idosa, do ministério dos direitos humanos e da cidadania. Acompanhado do marido, o publicitário Rodrigo Souza, Norivaldo expressou sua alegria com a escolha do tema.

“Quando a diretoria da parada anunciou que o tema seria o envelhecer foi uma grande alegria para nós, do conselho. A comunidade lgbt passou por uma lacuna durante a década de 80 e ela perdeu muito da sua referência. Hoje a gente consegue fazer ou tentar fazer com que esta geração tenha uma velhice melhor do que a minha”, disse Nori. Ele alertou para a invisibilidade que os idososLGBT podem enfrentar: “infelizmente temos uma geração, chegando, que é muito ligada às questões do corpo e que nos devolve para o armário, pois não consegue nos ver, enquanto idosos, como pertencentes ao movimento. De certa forma não aceitam que irão chegar aos meus 62 anos. Ela volta a nos invibilizar, e faz com que você passe tudo aquilo que muitas vezes você passa na sua juventude, que foi ser expulso de casa, não ser aceito em uma escola, ser difícil conseguir trabalho. Quando você chega à idade, à velhice LGBT, você volta a passar por todo esse ciclo novamente. Por isso a importância muito grande de a parada deste ano ter um tema de envelhecimento”, relatou.

Rodrigo Souza, marido de Nori, com quem tem 27 anos de diferença de idade e 14 anos de relacionamento, resumiu a essência do amor e do companheirismo: “não importa a diferença de idade, mas, se você tem um amor, se você tem um carinho, tem que pensar que amor é construção. ele leva tempo, paciência e muito companheirismo”.

Diversidade e representatividade em cada bloco

Ao som de música eletrônica e da batida dos leques, a parada foi um caldeirão de amizades, casais de todas as idades e famílias, promovendo um ambiente de celebração e conscientização. Um dos blocos que chamou atenção foi o das famílias de crianças transgênero, o bloco crianças e adolescentes trans existem, que desfila há quatro anos. Thamirys Nunes, 35 anos, presidente da ONG Minha Criança Trans e mãe de uma criança trans de 10 anos, destacou a importância da visibilidade:

“A gente vem numa busca de trazer visibilidade, de mostrar que as crianças e adolescentes trans existem, que precisamos de direitos, que as nossas famílias são famílias como qualquer outra família, que as nossas crianças são como qualquer outra criança. A gente sabe que existe um movimento aí que insiste em negar a existência das nossas filhas e filhos e insiste em dizer que não precisa de políticas públicas, em dizer que somos famílias disfuncionais. Estamos aqui no chão para dizer que somos famílias, como quaisquer outras famílias. E que vamos estar aqui lutando sempre pelas nossas crianças e adolescentes trans, porque, se precisam de futuro, o futuro começa com reconhecimento”, afirmou Thamirys.

Com uma trajetória longa na parada, Mey ling, 45 anos, acompanha a mobilização desde 1996 e desfila “montada” desde 2001. Para ela, é vital continuar resistindo e se fazendo presente: “tem protesto, tem mobilização, e é sempre festa. E montada a gente tem mais visibilidade, chama mais atenção, tem mais foto, todo mundo quer falar, todo mundo quer… aí é isso, quando a pessoa vem, a gente consegue abrir o leque maior, consegue representar, consegue protestar, consegue colocar pra fora.”

O argentino German Rocha, debutando na festa também “montado”, desfilou com alegria. Em sua terceira idade, ele viajou de Buenos Aires com o marido e um amigo para acompanhar a luta pelos direitos além de seu país. “viemos para participar da festa, para demostrar que tanto na argentina como no Brasil, em muitos lugares, temos a mesma ideologia, de sustentar nossos direitos e conquistas, de buscar mais revolução e mais luta. A América Latina não será vencida”, declarou. Sobre o ativismo na Argentina, ele mencionou: “a Argentina tem muitos direitos, mas estamos passando mal com o presidente, que é terrível e nos envergonha, mas seguimos lutando para preservar o que temos construído”.

O Governo Estadual mobilizou 1,5 mil agentes de segurança para garantir a tranquilidade do evento, tanto na extensão da parada quanto nas delegacias. As autoridades recomendaram atenção aos pertences e o bloqueio de celulares em caso de furto ou roubo. Equipes de saúde e o esquema de transporte também foram reforçados para atender à grande demanda.

economia

Haddad Defende Mais Impostos Para as Bets no Brasil

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Foto/Imagem: © Diogo Zacarias/MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta terça-feira (8) uma maior taxação para as casas de apostas virtuais (bets) no Brasil. Para ele, o setor deveria ter impostos mais elevados, seguindo o modelo de tributação de produtos como cigarros e bebidas alcoólicas.

“O governo anterior tratou as bets como se fosse a Santa Casa de Misericórdia, sem cobrar um centavo de impostos das bets durante quatro anos”, criticou Haddad em entrevista. Ele questionou o benefício para o país, já que “os caras estão ganhando uma fortuna no Brasil, gerando muito pouco emprego, mandando para fora o dinheiro arrecadado aqui”. O ministro reforçou a necessidade de “enquadrar esse setor de uma vez por todas”.

Haddad enfatizou que medidas como essa são cruciais para a meta de alcançar resultados fiscais robustos, visando crescimento econômico contínuo, baixo desemprego e inflação em queda. “A impressão que dá é que tem algumas pessoas querendo sabotar o crescimento econômico do país a troco da eleição do ano que vem”, pontuou.

 

IOF e diálogo com o Congresso

Em entrevista ao portal Metrópoles, Haddad também abordou o impasse entre o governo e o Congresso Nacional sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ele minimizou a questão, afirmando que não pode ser vista como um “Fla x Flu” e que prefere pensar institucionalmente.

Recentemente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, suspendeu os decretos do Executivo que elevavam o IOF e a medida do Congresso que derrubava essa elevação. Moraes determinou uma audiência de conciliação entre as partes para o próximo dia 15 de julho, em Brasília.

Haddad disse que o governo está trabalhando para resolver a questão do IOF e não pode se antecipar à decisão do Supremo. Ele reforçou o compromisso com o diálogo no Congresso e confirmou que se reunirá em breve com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. “Quando um não quer, dois não brigam. E nós não vamos brigar porque, no caso, nenhum dos dois quer brigar”, afirmou, destacando seu compromisso com a negociação e acordos.

 

Otimismo sobre Imposto de Renda

Durante a entrevista, o ministro expressou confiança na aprovação do projeto sobre o Imposto de Renda, que prevê a isenção para quem ganha até R$ 5 mil. Haddad mencionou as reuniões frequentes com o deputado Arthur Lira, relator do projeto, e acredita que a proposta será aprovada “com larga margem de apoio”.

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esporte

Basquete Feminino Brasil está na Final da AmeriCup

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Foto/Imagem: © Foto: Fiba/Divulgação

A seleção brasileira feminina de basquete confirmou seu favoritismo e está na final da AmeriCup 2025, no Chile. Na noite do último sábado (5), as brasileiras dominaram a Argentina, vencendo por 108 a 68, no Centro de Deportes Colectivos, em Santiago. A grande decisão será neste domingo (6), às 21h10 (horário de Brasília), no mesmo local, contra os Estados Unidos.

Este confronto reedita a final da última edição do torneio, que reúne seleções das Américas do Sul, Central e Norte. Em 2023, o Brasil conquistou seu sexto título continental ao bater as norte-americanas por 69 a 58 em León, no México. O Brasil é o maior campeão da AmeriCup, disputada desde 1989.

 

Em busca da vaga no mundial

A conquista de um eventual sétimo título na AmeriCup garantirá ao Brasil uma vaga direta na Copa do Mundo de Basquete Feminino do próximo ano, que será realizada em Berlim, na Alemanha, em setembro. Caso fique com o vice-campeonato, a seleção terá que disputar um torneio classificatório, ainda a ser definido pela Federação Internacional de Basquete (Fiba).

Na vitória sobre a Argentina, Bella Nascimento foi o grande destaque, com 22 pontos, sendo 18 deles em cestas de três pontos. A ala-armadora de 22 anos, nascida nos Estados Unidos e com atuação no basquete universitário norte-americano, possui mãe brasileira. As pivôs Kamilla Cardoso (Chicago Sky) e Damiris Dantas (Indiana Fever), ambas da WNBA, também foram cruciais, marcando 16 pontos cada. Entre as atletas da Liga de Basquete Feminino (LBF), a ala Thayná Silva, do Sampaio Corrêa, contribuiu com 11 pontos e nove rebotes.

 

Campanha invicta até a final

A equipe comandada pela técnica norte-americana Pokey Chatman chega à final da AmeriCup invicta, com seis vitórias em seis jogos. Na primeira fase, as brasileiras superaram Argentina (71 a 50), Canadá (74 a 65), República Dominicana (73 a 46) e El Salvador (106 a 49). Nas quartas de final, o time verde e amarelo venceu o México por 84 a 61, antes de reencontrar as argentinas na semifinal.

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