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Dr. Ricardo Ferreira

Doença de Chagas: como ela afeta a saúde do coração e pode até matar

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Doença de Chagas
Foto/Imagem: Freepik


A Doença de Chagas é uma doença parasitária, causada pelo Trypanosoma cruzi, normalmente transmitida pelas fezes contaminadas do inseto conhecido como barbeiro ou pela ingestão de alimentos contaminados. Estima-se, segundo dados do Instituto Carlos Chagas, que haja atualmente perto de 1 milhão de pessoas com a doença no Brasil. E 6 milhões em toda a América Latina, com 14 mil mortes por ano, na região.

E quais são os riscos para essa população? De acordo com o cardiologista e especialista em arritmias cardíacas, Dr. Ricardo Ferreira, a Doença de Chagas é uma das principais causas da arritmia, que, em uma definição simples, é a alteração de ritmo nos batimentos do coração. “Apesar de existirem arritmias benignas, esse não é o caso daquelas causadas pela Doença de Chagas. Normalmente, as arritmias relacionadas ao Chagas representam danos sérios ao coração e podem levar à morte súbita. Por isso, é tão importante o diagnóstico e, claro, o acompanhamento médico”, explica.

Ainda de acordo com o Instituto Carlos Chagas, menos de 10% das pessoas com a doença são diagnosticadas nas Américas, e menos de 1% recebem o tratamento antiparasitário – medicamentos eficazes na fase aguda e início da fase crônica, que podem impedir o avanço para casos mais graves.

O Dr. Ricardo Ferreira orienta atenção aos sintomas na fase aguda da doença como febre, dor de cabeça, gânglios linfáticos aumentados, erupções na pele, náuseas e dificuldade para respirar. O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue, para identificação do parasita.

Com a evolução dos casos, os sintomas cardíacos estão relacionados a dois tipos de alterações: danos na musculatura do coração e danos na parte elétrica. No primeiro tipo, os pacientes podem ter sintomas de insuficiência cardíaca como tontura, cansaço, falta de ar, desmaios, acúmulo de água nos pulmões e inchaço nas pernas, a depender da gravidade. Já os danos elétricos é que estão relacionados às arritmias cardíacas, podendo impactar a qualidade de vida e levar à morte súbita.

Os tratamentos também irão depender do tipo de acometimento do órgão, variando desde de um acompanhamento clínico regular, sem necessidade de medicamentos ou intervenções, até implantes de marcapassos ou outros dispositivos. Alguns exemplos são os ressincronizadores e cardiomoduladores, que melhoram a qualidade e a eficiência da contração do coração, e os cardiodesfibriladores, para prevenção de morte súbita. Segundo o Dr. Ricardo são “a investigação e o acompanhamento médico que ajudarão a entender cada caso, para a garantia do melhor tratamento”.

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Anvisa Alerta para Riscos de Alisantes Capilares Irregulares

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Foto/Imagem: © Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um novo alerta de segurança sobre os perigos do uso de alisantes capilares, especialmente aqueles que contêm substâncias proibidas como o formol (formaldeído) e o ácido glioxílico. Produtos irregulares podem causar sérios problemas de saúde e danos irreversíveis aos cabelos, variando de irritações na pele a dificuldades respiratórias.

O informe da Anvisa destaca que o formol só é permitido em cosméticos no Brasil como conservante, em concentrações muito baixas (até 0,2%), ou como endurecedor de unhas (até 5%). Seu uso como agente alisante é estritamente proibido devido aos graves riscos à saúde. A agência também alerta que o ácido glioxílico, igualmente proibido para alisamento, pode causar danos severos quando aquecido, sendo ainda mais perigoso se combinado com outros procedimentos, como a descoloração dos fios.

 

Orientações para consumidores e profissionais

O documento da Anvisa traz orientações claras para garantir a segurança de quem usa ou aplica alisantes capilares:

  • Consumidores devem:
    • Sempre verificar se o produto possui registro e é regularizado pela Anvisa.
    • Evitar produtos sem rótulo ou com promessas excessivamente mirabolantes.
    • Seguir rigorosamente as instruções de uso do fabricante.
    • Ficar atentos a qualquer sinal de reação adversa, como coceira, ardência ou problemas respiratórios.
  • Profissionais de salões de beleza devem:
    • Utilizar apenas produtos regularizados.
    • Recusar-se a usar substâncias proibidas, mesmo que o cliente insista.
    • Adotar medidas de proteção individual (luvas, máscaras) e garantir que o ambiente esteja sempre bem ventilado.

A Anvisa ressalta que a adição de formol a cosméticos com finalidade alisante é considerada uma infração sanitária grave e pode ser configurada como crime hediondo, conforme o artigo 273 do Código Penal brasileiro. A agência reforça a importância do monitoramento contínuo de produtos cosméticos para proteger a saúde pública.

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saúde

Brasil reduz mortalidade por hepatites, mostra boletim

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Foto/Imagem: © Valter Campanato/Agência Brasil

O Brasil conseguiu uma redução significativa na mortalidade por hepatites virais na última década, impulsionada pelo avanço da vacinação. Dados do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, lançado nesta terça-feira (8) pelo Ministério da Saúde, revelam um panorama positivo que integra as ações do Julho Amarelo, mês de conscientização sobre a doença.

Entre 2014 e 2024, o coeficiente de mortalidade por hepatite B caiu 50%, passando de 0,2 para 0,1 óbito por grupo de 100 mil habitantes. A redução foi ainda mais expressiva para a hepatite C, com queda de 60% no mesmo período, de uma para 0,4 morte por 100 mil habitantes em 2024.

 

Meta da OMS e cobertura vacinal

O país está no caminho para cumprir a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de reduzir os óbitos por hepatites virais em 65% e a incidência em 90% até 2030. “Em 2025, nós já estamos atingindo 60%, isso nos coloca realmente, de fato, no caminho para eliminar essas doenças como problema de saúde pública, dentro desse prazo, até 2030”, destacou Mario Gonzales, coordenador-geral de Vigilância das Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, agradeceu o trabalho dos profissionais de saúde e celebrou a melhora na cobertura vacinal contra hepatite B em crianças e recém-nascidos. “Saímos de 82,7% em 2022, voltamos para 94,19% em 2023 e agora nossa missão é só crescer cada vez mais”, afirmou o ministro. Padilha também ressaltou o desenvolvimento de sistemas de dados que permitem ao Brasil monitorar e expandir a oferta de vacinas.

 

Nova plataforma e campanha de conscientização

Para fortalecer o combate às hepatites, o Ministério da Saúde lançou uma plataforma inédita de monitoramento e apoio à busca ativa e ao cuidado da população. Segundo Mario Gonzales, a ferramenta ajudará estados e municípios a identificar as principais lacunas na eliminação das hepatites virais no país.

Alex Rosewell, coordenador de Emergências, Evidência e Inteligência em Saúde da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, elogiou a consistência do Ministério da Saúde na condução da eliminação das hepatites, alinhada às metas do Programa Brasil Saudável do SUS. “Gostaria parabenizar o Ministério da Saúde e do SUS pelos avanços impressionantes na redução da transmissão e mortalidade que acabamos de ver na apresentação”, ressaltou.

Como parte das ações do Julho Amarelo, também foi lançada a campanha publicitária “Um Teste Pode Mudar Tudo”, reforçando a importância da testagem, vacinação e tratamento da doença.

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