Curta nossa página

política

Estudo mira bancada da bala, mas acerta na falta de ação

Publicado

Foto/Imagem: © Marcello Casal Jr. (EBC)
Autor: Marta Borges

Um levantamento divulgado na noite de domingo (25) pelo Instituto Fogo Cruzado aponta que, embora apresente alta produtividade legislativa, a chamada “bancada da bala” tem baixa efetividade em projetos relacionados a armas e munições — principal bandeira do grupo.

O estudo revela que os 23 parlamentares eleitos com apoio do movimento PROARMAS protocolaram 739 projetos de lei (PLs) entre 2023 e 2024. No entanto, apenas 52 (7%) tratam diretamente de armamentos. A maior parte das propostas tem foco em segurança pública, endurecimento penal e pautas de cunho conservador e moralizante.

De acordo com os pesquisadores, os congressistas priorizam a mobilização de suas bases eleitorais em vez da aprovação de legislações efetivas. “São parlamentares que atuam mais para fora do que para dentro do Parlamento, apesar da alta produtividade de PLs”, analisa Terine Coelho, gerente de pesquisa do instituto.

O relatório “PROARMAS no Congresso Nacional: uma análise da atuação parlamentar” mapeou 569 PLs da Câmara dos Deputados e 170 do Senado. A maioria dos parlamentares ligados ao PROARMAS é filiada ao PL (19), além de dois do Republicanos e dois do União Brasil. O grupo é composto majoritariamente por homens (87%) e mais de um terço possui histórico nas forças de segurança pública (35%).

Entre os temas mais frequentes estão propostas para alterar o Código Penal (73 PLs), sendo 53 deles voltados ao endurecimento de penas, além de 78 focados em segurança pública. Apenas quatro projetos foram convertidos em lei até o momento — nenhum deles relacionado à pauta armamentista. As leis aprovadas tratam de assuntos diversos, como o Festival Folclórico de Parintins (AM), o “Ano Nacional Fernando Sabino” e produtos regionais como a farinha de mandioca de Cruzeiro do Sul (AC).

O relatório ainda aponta que a produção legislativa da bancada está 68% acima da média do Congresso, com uma média de 32 projetos por parlamentar nos dois primeiros anos da atual legislatura. Apesar disso, apenas 21 PLs avançaram de casa, enquanto 22 foram arquivados e 15 retirados pelos próprios autores.

Além da baixa efetividade legislativa, o estudo aponta para uma “agenda conservadora e punitivista”. Segundo os pesquisadores, há propostas para proibir conteúdos escolares sobre identidade de gênero, restringir eventos LGBTQIA+ e ampliar a internação de adolescentes infratores. Muitas dessas medidas, segundo Terine Coelho, priorizam punição em vez de ampliar direitos ou fortalecer redes de proteção.

“O que se percebe é o uso de temas sociais complexos, como violência doméstica ou insegurança nas escolas, para justificar pautas armamentistas ou de restrição de direitos. Isso revela mais uma estratégia de discurso político do que um esforço legislativo efetivo”, conclui Terine.

economia

Haddad Defende Mais Impostos Para as Bets no Brasil

Publicado

Por

Fonte em Foco
Foto/Imagem: © Diogo Zacarias/MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta terça-feira (8) uma maior taxação para as casas de apostas virtuais (bets) no Brasil. Para ele, o setor deveria ter impostos mais elevados, seguindo o modelo de tributação de produtos como cigarros e bebidas alcoólicas.

“O governo anterior tratou as bets como se fosse a Santa Casa de Misericórdia, sem cobrar um centavo de impostos das bets durante quatro anos”, criticou Haddad em entrevista. Ele questionou o benefício para o país, já que “os caras estão ganhando uma fortuna no Brasil, gerando muito pouco emprego, mandando para fora o dinheiro arrecadado aqui”. O ministro reforçou a necessidade de “enquadrar esse setor de uma vez por todas”.

Haddad enfatizou que medidas como essa são cruciais para a meta de alcançar resultados fiscais robustos, visando crescimento econômico contínuo, baixo desemprego e inflação em queda. “A impressão que dá é que tem algumas pessoas querendo sabotar o crescimento econômico do país a troco da eleição do ano que vem”, pontuou.

 

IOF e diálogo com o Congresso

Em entrevista ao portal Metrópoles, Haddad também abordou o impasse entre o governo e o Congresso Nacional sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ele minimizou a questão, afirmando que não pode ser vista como um “Fla x Flu” e que prefere pensar institucionalmente.

Recentemente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, suspendeu os decretos do Executivo que elevavam o IOF e a medida do Congresso que derrubava essa elevação. Moraes determinou uma audiência de conciliação entre as partes para o próximo dia 15 de julho, em Brasília.

Haddad disse que o governo está trabalhando para resolver a questão do IOF e não pode se antecipar à decisão do Supremo. Ele reforçou o compromisso com o diálogo no Congresso e confirmou que se reunirá em breve com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. “Quando um não quer, dois não brigam. E nós não vamos brigar porque, no caso, nenhum dos dois quer brigar”, afirmou, destacando seu compromisso com a negociação e acordos.

 

Otimismo sobre Imposto de Renda

Durante a entrevista, o ministro expressou confiança na aprovação do projeto sobre o Imposto de Renda, que prevê a isenção para quem ganha até R$ 5 mil. Haddad mencionou as reuniões frequentes com o deputado Arthur Lira, relator do projeto, e acredita que a proposta será aprovada “com larga margem de apoio”.

CONTINUAR LENDO

esporte

Basquete Feminino Brasil está na Final da AmeriCup

Publicado

Por

Fonte em Foco
Foto/Imagem: © Foto: Fiba/Divulgação

A seleção brasileira feminina de basquete confirmou seu favoritismo e está na final da AmeriCup 2025, no Chile. Na noite do último sábado (5), as brasileiras dominaram a Argentina, vencendo por 108 a 68, no Centro de Deportes Colectivos, em Santiago. A grande decisão será neste domingo (6), às 21h10 (horário de Brasília), no mesmo local, contra os Estados Unidos.

Este confronto reedita a final da última edição do torneio, que reúne seleções das Américas do Sul, Central e Norte. Em 2023, o Brasil conquistou seu sexto título continental ao bater as norte-americanas por 69 a 58 em León, no México. O Brasil é o maior campeão da AmeriCup, disputada desde 1989.

 

Em busca da vaga no mundial

A conquista de um eventual sétimo título na AmeriCup garantirá ao Brasil uma vaga direta na Copa do Mundo de Basquete Feminino do próximo ano, que será realizada em Berlim, na Alemanha, em setembro. Caso fique com o vice-campeonato, a seleção terá que disputar um torneio classificatório, ainda a ser definido pela Federação Internacional de Basquete (Fiba).

Na vitória sobre a Argentina, Bella Nascimento foi o grande destaque, com 22 pontos, sendo 18 deles em cestas de três pontos. A ala-armadora de 22 anos, nascida nos Estados Unidos e com atuação no basquete universitário norte-americano, possui mãe brasileira. As pivôs Kamilla Cardoso (Chicago Sky) e Damiris Dantas (Indiana Fever), ambas da WNBA, também foram cruciais, marcando 16 pontos cada. Entre as atletas da Liga de Basquete Feminino (LBF), a ala Thayná Silva, do Sampaio Corrêa, contribuiu com 11 pontos e nove rebotes.

 

Campanha invicta até a final

A equipe comandada pela técnica norte-americana Pokey Chatman chega à final da AmeriCup invicta, com seis vitórias em seis jogos. Na primeira fase, as brasileiras superaram Argentina (71 a 50), Canadá (74 a 65), República Dominicana (73 a 46) e El Salvador (106 a 49). Nas quartas de final, o time verde e amarelo venceu o México por 84 a 61, antes de reencontrar as argentinas na semifinal.

CONTINUAR LENDO
PUBLICIDADE

Mais Lidas da Semana

Fonte em Foco. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, assessorias de imprensa e colaboradores