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Doença altamente contagiosa

Janeiro Roxo alerta para importância do tratamento precoce da hanseníase

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Janeiro Roxo Hanseníase
Foto/Imagem: Freepik


A hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, que afeta principalmente a pele e os nervos periféricos. É uma doença altamente contagiosa, mas pode ser tratada e curada se diagnosticada precocemente. A campanha conhecida como Janeiro Roxo faz referência à conscientização e à prevenção da hanseníase, regularizada pelo Ministério da Saúde e assegurada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SDB). De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em junho de 2022, mais de 1 milhão e 900 mil adultos brasileiros apresentaram sintomas da doença, como manchas ou dormência na pele.

“As campanhas são importantes, pois, de forma clara e educativa, esclarecem dúvidas da população, deixando o estigma existente diante do diagnóstico, que hoje quando descoberta de forma precoce, tem tratamentos que são eficazes. Doença milenar, crônica e curável, mas ainda cercada de mitos, estigmas e preconceitos”, pontua a psicóloga Soraya Oliveira, do Instituto Neurológico de Goiânia. Ela destaca, sobretudo, a importância do diagnóstico precoce para evitar a ocorrência de sequelas graves, que geram incapacidades físicas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a hanseníase é uma das doenças mais antigas do mundo, sendo conhecida desde a época dos egípcios. No entanto, apesar de ser uma doença relativamente rara em países desenvolvidos, ainda é um problema de saúde pública em países em desenvolvimento, especialmente na África, na América Latina e no Sudeste Asiático.

Os sintomas da hanseníase podem incluir alterações na pele, como manchas brancas ou amareladas, inchaço dos nervos, perda de sensibilidade e fraqueza muscular. Em casos graves, a doença pode levar à deformidades e à incapacidade.

Tratamento e prevenção

O tratamento da hanseníase inclui o uso de medicamentos específicos, como antibióticos prescritos por médicos, administrados para acelerar a cura e evitar recaídas. O tratamento é geralmente realizado em conjunto com o apoio psicossocial e físico, já que a doença pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes.

“Existem graves riscos em negligenciar o tratamento da doença, quando se trata da hanseníase que é uma doença curável, mas que dependendo do seu estágio de evolução pode deixar sequelas em seu portador. Optar por não buscar a cura pode trazer consequências como deficiências ou transmissão da bactéria para pessoas que convivam com o mesmo”, explica o médico Victor Bertollo, infectologista do Hospital Anchieta de Brasília.

A prevenção da hanseníase inclui a vacinação contra o bacilo, a promoção de medidas de higiene pessoal e o aumento da conscientização sobre a doença. É importante que as pessoas com suspeita de hanseníase procurem atendimento médico imediatamente, pois o tratamento precoce é fundamental para evitar complicações e garantir uma recuperação completa. Além disso, o acompanhamento psicológico, ainda no início do diagnóstico, se torna significativo e relevante devido ao impacto que a descoberta causa.

Segundo a psicóloga Soraya Oliveira, do Instituto de Neurologia de Goiânia, tratar um paciente com hanseníase envolve não só o cuidado com ele, mas, principalmente, com a família. “O impacto psicológico que o paciente sente ao receber o diagnóstico demanda possibilidades de enfrentamento tanto do paciente como dos familiares, que lhes causam reações psicológicas confusas, como o afastamento social, a vergonha, a negação diante do diagnóstico, questionamentos com sentimentos de raiva e revolta, sentimentos de culpa, medo da morte, exclusão, alteração de humor. Tudo isso é provocado por um auto estigma, devido à falta de informação a respeito da doença e do preconceito que ela carrega. É recorrente a dificuldade de compreensão e aceitação da doença por parte dos pacientes”, afirma.

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Centro Especializado em Diabetes no DF combate obesidade infantil

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Foto/Imagem: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Uma história de superação e dedicação que merece ser celebrada! Aos sete anos, Miguel já enfrentava o sobrepeso e o preocupante risco de desenvolver diabetes, uma realidade que acendeu um alerta para sua família. Graças ao acompanhamento especializado no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) e, posteriormente, no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh), Miguel, agora com nove anos, vive uma verdadeira transformação. Seus resultados são visíveis: mais disposição, uma alimentação muito mais equilibrada e um novo e saudável olhar sobre a vida.

A gente reorganizou a alimentação em casa, introduziu atividades físicas e, com o apoio da equipe, conseguimos evitar que ele precisasse de medicação. A glicemia dele caiu bastante, e o risco de diabetes diminuiu. Foi uma transformação que envolveu toda a família”, compartilha Valdizia Apolinário, 41, mãe de Miguel, com um orgulho que irradia esperança.

A história de Miguel ressalta a urgência e a importância de iniciativas como a do Cedoh. Celebrado no início deste mês (3), o Dia de Conscientização contra a Obesidade Infantil chama a atenção para os graves riscos do excesso de peso na infância e reforça a necessidade de bons hábitos desde cedo. No Distrito Federal, os números são um alerta: uma em cada dez crianças está acima do peso, conforme o último Boletim de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) do Ministério da Saúde.

Para lidar com os casos mais graves de obesidade infantil, o Cedoh se destaca por oferecer um atendimento multidisciplinar de excelência a crianças e jovens de todas as regiões de saúde do DF, por meio do seu Programa de Obesidade Infantil e do Adolescente. Miguel é um exemplo do sucesso dessa abordagem, sendo acompanhado por uma equipe dedicada de endocrinopediatra, nutricionista, psicóloga e terapeuta ocupacional.

Durante o tratamento, as crianças participam de oficinas educativas lúdicas e eficazes sobre alimentação saudável, a importância da prática de atividades físicas, a organização da rotina familiar e a saúde emocional. “O que me encantou foi a forma como eles falam direto com as crianças. É um trabalho sensível e muito próximo. Um verdadeiro achado na nossa rede”, elogia Valdizia, destacando a singularidade e a qualidade do atendimento.

Camila Pessoa, nutricionista do Cedoh, reforça que a obesidade infantil é uma doença crônica, multifatorial e, infelizmente, ainda pouco reconhecida pelas famílias em toda a sua seriedade. “Muitos pacientes já chegam ao centro com comorbidades, como diabetes e hipertensão. A importância da data, portanto, está em conscientizar pais e responsáveis a agir antes que o quadro se agrave”, explica a profissional, sublinhando o papel crucial da prevenção.

A especialista alerta que o excesso de peso na infância não é apenas uma questão estética, podendo desencadear mais de 200 doenças, problemas cardíacos e distúrbios osteomusculares. “Essas complicações surgem cada vez mais cedo e tornam o tratamento ainda mais complexo. A prevenção é o melhor caminho”, ressalta.

Além dos impactos físicos, os efeitos emocionais podem ser devastadores. “Fatores como preconceito com a aparência e bullying afetam a autoestima e podem desencadear compulsão alimentar, ansiedade e depressão. O acompanhamento psicológico é essencial para romper esse ciclo”, argumenta a psicóloga do Cedoh, Caroline Yonaha.

Na rede pública, quando uma criança ou adolescente é identificado com obesidade em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), ele é inserido no Sistema de Regulação para receber o encaminhamento adequado, garantindo que o cuidado especializado esteja ao alcance de todos. Iniciativas como a do Cedoh são faróis de esperança, mostrando que é possível reverter o quadro e construir um futuro mais saudável para as novas gerações.

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Junho Vermelho reforça doação de sangue em Brasília e alerta para estoques críticos

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Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

No mês que celebra o amor, um gesto pode salvar vidas: doar sangue. Em meio à campanha Junho Vermelho, Brasília se une ao movimento nacional para incentivar a solidariedade e fortalecer os estoques do Hemocentro, especialmente os de tipos sanguíneos negativos, atualmente em níveis críticos.

Até o dia 30, quem tem sangue dos tipos O-, A-, B- ou AB- poderá doar sem agendamento prévio, com atendimento preferencial na unidade. A estratégia visa ampliar o número de doadores em um período de queda nos estoques, típico do início do inverno — época em que infecções respiratórias tornam muitas pessoas temporariamente inaptas para a doação.

Queremos garantir que 100% da demanda transfusional dos hospitais seja atendida”, afirma Kelly Barbi, gerente de Captação de Doadores da Fundação Hemocentro. Ela reforça que o Junho Vermelho não é apenas uma campanha pontual, mas um convite à criação do hábito da doação. “Doar sangue deve fazer parte da rotina, como ir ao mercado ou à farmácia.

Segundo as regras atuais, homens podem doar a cada dois meses (até quatro vezes por ano) e mulheres a cada três meses (até três vezes por ano). Para doar, é necessário estar em boas condições de saúde, pesar ao menos 51 quilos, estar alimentado, hidratado e apresentar documento oficial com foto. Sintomas como dor de cabeça ou mal-estar impedem temporariamente a doação, por segurança.

A campanha já inspira novos doadores, como a assistente administrativa Verônica Góes, de 44 anos, que fez sua primeira doação nesta semana. “Hoje talvez eu não precise, mas alguém sim. E no futuro, pode ser eu ou alguém que amo”, compartilhou.

Para a servidora Maria Gabryella de Oliveira, de 29 anos, doar é um compromisso pessoal. “Sempre que posso, vou ao Hemocentro. Muitas vezes é questão de vida ou morte para quem está no hospital”, reforça. Já o servidor Bruno Vidal, de 39, soma mais de dez doações: “Não sou médico, mas posso ajudar de um jeito simples. Isso faz a diferença.

O Hemocentro de Brasília funciona de segunda a sábado, das 7h15 às 18h, sem pausa para o almoço. As doações podem ser agendadas pelo site Agenda DF ou pela Central 160 (opção 2). Porém, quem optar por chegar espontaneamente também será atendido — uma alternativa importante, já que metade dos agendamentos não são cumpridos.

Neste Junho Vermelho, colocar a solidariedade na agenda pode ser o gesto que salva uma vida.

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