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Projeto inovador

Menina de 4 anos recebe prótese 3D desenvolvida por estudantes do IESB

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prótese 3D
Foto/Imagem: Divulgação


Alunos do Centro Universitário IESB estão transformando sonho em realidade de crianças e adultos com deficiência em membros superiores. Por meio de um projeto inovador, eles estão imprimindo, montando e distribuindo, gratuitamente, um tipo de prótese de mãos feitas em impressoras 3D. Pessoas que não possuem um ou todos os dedos ou qualquer membro abaixo do cotovelo podem se beneficiar do dispositivo criado no laboratório da instituição com supervisão dos professores.

A primeira entrega foi realizada no laboratório de Design do IESB, no campus Sul (614 Sul). Maria Beattriz Santana da Costa, de quatro anos, recebeu o dispositivo, feito especialmente e com a cor que ela mesmo escolheu: rosa.

“Essas próteses são úteis para aqueles que não têm a opção de um modelo convencional devido ao custo, tempo de troca ou individualidade dos seus membros. Além disso, há o impacto na autoestima dessas pessoas. E para o IESB é também uma oportunidade de colaborar com a sociedade, mostrando ainda que os nossos alunos estão fazendo coisas incríveis, inovadora e relevantes, impactando a vida das pessoas”, afirma o coordenador do projeto, Renan Balzani, professor dos cursos de Arquitetura, Design de Interiores, Moda e Design Gráfico do Centro Universitário IESB.

Moradora da Candangolândia, Maria Beattriz perdeu as mãozinhas devido uma infecção generalizada quando ela tinha apenas dois anos. “Receber uma ajuda assim é muito importante. Nós, como pais, ficamos muito felizes com essa oportunidade, que deixa o nosso coração mais leve. Sabemos que a Maria vai conseguir viver a vida dela, mas toda ajuda é muito bem-vinda”, conta Gisely da Mota Santana, mãe da criança.

Inovação e trabalho em equipe

A iniciativa faz parte da rede de voluntários do projeto e-Nable Brasil, que conta com a parceria de profissionais da saúde para atender de forma segura e eficaz essas pessoas que mais precisam de ajuda. Um trabalho feito em equipe.

No IESB, além do professor Renan, participam desta primeira etapa a professora Larissa Cayres, coordenadora dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Design de Interiores do IESB; o laboratorista Paulo Henrique Moreira de Carvalho Faria; e os estudantes da instituição, Ana Karolina Alves Ferreira, de Design de Interiores; Luisa Farani e Renata Damasceno, alunas do curso de Arquitetura e Urbanismo.

“Participar do projeto e-Nable tem sido uma oportunidade valiosa de crescimento acadêmico e pessoal, devido a importância de impactar a vida de outras pessoas, dentro e fora da comunidade acadêmica”, destaca Renata, que atualmente está no 6º semestre do curso no IESB. Ela reforça que o aprendizado com o laboratório vai além do trabalho com os softwares e as impressoras 3D. “A gente acompanha o processo de entrega e o pós-entrega, diretamente com a família. E tudo é uma emoção profunda. Conseguir trazer esperança para o dia a dia de uma criança que está em processo de desenvolvimento é de grande valia. É uma emoção enorme para quem está participando desde o começo”, completa a estudante.

“O que o IESB está fazendo com esse projeto é aliar teoria e prática, dando a oportunidade para nós, alunos, colocarmos em prática o que aprendemos em sala de aula e ainda podermos ajudar pessoas que precisam. O meu papel no trabalho é desenvolver uma forma de conectar a prótese ao membro da pessoa. Isso pode acontecer com luvas, tiras, depende do tipo de prótese que está sendo desenvolvida. E como eu tenho experiência em moda, atuei no projeto com esse toque final”, explica Luisa.

Coordenadora dos cursos de Arquitetura e Design de Interiores, Larissa Cayres destaca ainda a importância do incentivo a pesquisa que o Centro Universitário oferece. “Desde a sua fundação, o IESB é uma instituição inovadora, com muito apoio a pesquisas. E isso nos anima a estarmos sempre trabalhando e propondo novos desafios. E o projeto e-Nable chegou como uma oportunidade fantástica para podermos aliar os estudos dos nossos alunos com os modernos equipamentos que temos em nossos laboratórios em prol de uma ação que envolve a comunidade. Trazer a comunidade para dentro da instituição é o que acreditamos ser uma extensão universitária de verdade”, completa a professora.

Como as próteses funcionam

As próteses funcionam com movimento de agarrar. O professor Renan explica que elas abrem e fecham usando a flexão do punho ou cotovelo para criar a tensão para fechar os dedos. Portanto, o indivíduo que vai recebê-las deve ter um punho ou cotovelo funcional para poder tirar o máximo proveito na utilização dos dispositivos recomendados pela e-NABLE. Além disso, as próteses devem ser prescritas por um profissional de saúde e seu uso deve ser acompanhado por um responsável da área de reabilitação. “Só com a prescrição de prótese é iniciado o processo de modelagem e impressão do dispositivo de acordo com as medidas do paciente e necessidades de adaptação. Também é feito avaliação junto a família e ao futuro usuário da prótese, explicando como é feito o uso, indicando as possibilidades e limitações”, destaca Renan.

As próteses são feitas por meio das impressoras 3D do laboratório IESB, utilizando plásticos ABS ou PLA. Atualmente, são cinco opções de modelos diferentes. “Com a orientação de um profissional de saúde, modificamos o tamanho original do modelo, permitindo que crianças e adultos possam ter próteses mais adequada para cada corpo, levando em conta as limitações, já que os dispositivos têm o papel de ajudar, mas não terão o mesmo movimento de uma mão orgânica. Depois de impressas, elas são montadas pelos nossos estudantes, laboratoristas e professores”, afirma Renan.

Após a doação, é necessário um período de adaptação, que não é demorado. “Depois que a prótese está pronta, nossa equipe de profissionais e estudantes do IESB vão ensinar o beneficiário a usar as novas mãos. Elas são colocadas no punho utilizando uma faixa, como se fosse uma luva”, explica o professor.

As próteses são registradas e sua comercialização é proibida por lei. “Todo o nosso trabalho é voluntário. Ao aceitar os termos, o usuário também se compromete a não comercializar os dispositivos”, completa Renan.

Saiba como solicitar a prótese

O interessado em adquirir a prótese de mão confeccionada pelo IESB deve entrar no site da e-NABLE Brasil, clicar em solicitação, indicar a localidade e marcar o Centro Universitário IESB para que o laboratório da instituição possa receber a demanda e iniciar o processo de atendimento. Há também a possibilidade de entrar em contato direto com o IESB pelo e-mail fablab@iesb.br.

cidadania

DPDF realiza a nona edição da Quarta do Cidadão

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Foto/Imagem: Divulgação/DPDF

A nona edição da Quarta do Cidadão, promovida pela Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF), ocorreu na quarta-feira (18), das 9h às 15h, na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto. O projeto, que se consolidou como um ponto de cidadania e acolhimento em Brasília, teve como foco principal oferecer inclusão e apoio a homens em situação de vulnerabilidade.

Com o apoio de diversos parceiros, a iniciativa disponibilizou uma série de serviços gratuitos. Entre eles, estiveram atendimento jurídico, orientação sobre pensão alimentícia, reconhecimento de paternidade, e a realização de exames de DNA. Além disso, a ação ofereceu assistência social, serviços de saúde, corte de cabelo, encaminhamento profissional e distribuição de lanches. A cada edição, a DPDF buscou firmar mais parcerias para ampliar a gama de serviços oferecidos.

Um compromisso com a transformação social no DF

Desde sua primeira edição, realizada em agosto de 2024, a Quarta do Cidadão já contabilizou mais de 3,2 mil atendimentos, demonstrando o impacto positivo do projeto na vida da população do Distrito Federal.

Para o defensor público-geral, Celestino Chupel, a iniciativa refletiu o compromisso da DPDF com a transformação social. “O intuito foi garantir que todos tivessem acesso às oportunidades necessárias para uma vida digna, fortalecendo os laços familiares e comunitários e melhorando a saúde mental e emocional dos atendidos”, afirmou.

Celso Murilo de Britto, chefe da Assessoria Especial da DPDF e coordenador do evento, ressaltou a importância da Quarta do Cidadão para assegurar direitos básicos e promover a cidadania, especialmente para aqueles que tiveram dificuldade em acessar o Sistema de Justiça de outra maneira. “A cada edição, a Quarta do Cidadão reafirmou seu papel como espaço de transformação e acolhimento. Mais do que resolver demandas jurídicas, a iniciativa resgatou a dignidade, fortaleceu vínculos e contribuiu para a reintegração social de pessoas invisibilizadas pelo sistema”, explicou.

Histórias de superação e acesso a direitos

Entre os beneficiados por edições anteriores esteve Yuri Sousa, de 19 anos, morador do Areal, que participou em agosto de 2024 para fazer um exame de paternidade. “As dúvidas e as incertezas podiam causar desconforto emocional e psicológico para todos ao longo do tempo. Realizar o teste de paternidade foi um passo fundamental para assegurar os direitos e deveres do pai e da criança”, disse o lavador de carros.

Outro exemplo foi o peruano Juan Portal, de 55 anos, morador do Paranoá, que buscou apoio para regularizar sua documentação. Ambulante, ele enfrentava dificuldades para acessar serviços básicos sem os documentos necessários. “Trabalho todos os dias para me sustentar, mas sem documentos, tudo fica mais difícil. Não conseguia abrir conta em banco, nem ter acesso a benefícios que poderiam me ajudar. Após o atendimento, finalmente resolvi a minha situação e tenho mais segurança para seguir em frente”, comemorou.

Os serviços oferecidos na Quarta do Cidadão foram essenciais para promover a cidadania e a inclusão social no Distrito Federal, abrangendo desde orientações para trabalhadores desempregados até serviços de saúde como testes de glicemia, vacinação e exames de vista.

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política

Encontro debate riscos para vigilantes em unidades de saúde

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Por iniciativa do deputado Chico Vigilante (PT), a Câmara Legislativa realizou audiência pública durante a noite da terça-feira (17) destinada a debater a precariedade das condições de trabalho e os riscos enfrentados por vigilantes que atuam nas unidades de saúde. O evento tem início previsto para 19h no plenário e será transmitido pela TV Câmara Distrital.

De acordo com o requerimento apresentado pelo parlamentar, o encontro é necessário diante das crescentes reclamações, manifestações e brigas do público, revoltado com as condições de atendimento dos serviços de saúde no DF.

Segundo o texto, “a justa revolta da população transborda para atitudes desesperadas e chega a explosões de violência contra o que veem pela frente: quebra-quebra, depredações, empurrões e agressões, como recentemente noticiado na UPA de Ceilândia. No meio disso tudo, [ficam] os vigilantes, responsáveis pela preservação do patrimônio do Distrito Federal. Esses profissionais, que já enfrentam as dificuldades próprias de sua precarização laboral, com baixos salários e más condições de trabalho, acabam por se tornar os para-choques do caos na saúde pública do DF”.

Eu nunca me afastei um minuto da luta dos vigilantes do Distrito Federal. Fui presidente do sindicato até 1990, seis anos à frente do sindicato. Eu me elegi deputado federal, mas nunca saí da luta dos vigilantes. Sempre estou na diretoria do sindicato para colaborar e ajudar os companheiros”, declara o deputado Chico Vigilante.

A audiência pública vai reunir vigilantes, profissionais de saúde, gestores e usuários. Entre os convidados estão o presidente do Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (SINDESV/DF), Francisco Paulo de Quadros e outros representantes da categoria. Além disso, o evento também vai marcar a celebração da semana do vigilante.

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