O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira (12) que o Brasil vai propor, durante a COP30 em Belém (PA), a criação de uma taxa para que os países ricos contribuam financeiramente para conter as mudanças climáticas. Em entrevista, Lula afirmou que a COP no Brasil será a “COP da verdade” e que os países ricos têm uma dívida de mais de US$ 1,3 trilhão por ano.
O presidente disse que questionará os chefes de Estado sobre o aquecimento global, destacando que a responsabilidade do Brasil é não permitir que o aquecimento se agrave.
Educação ambiental e exploração mineral
Lula defendeu a inclusão da educação ambiental no currículo escolar, citando o potencial das crianças para educar pais e mães sobre temas como a coleta seletiva. Ele mencionou fenômenos climáticos extremos, como neve na Arábia Saudita, como prova da “irresponsabilidade humana”.
Além disso, o presidente anunciou a criação de um conselho para discutir a exploração mineral do país, subordinado à Presidência da República. A nova política exigirá que, em acordos com outros países, o minério seja processado no Brasil, visando agregar valor e garantir que o país dê um “salto de qualidade”. Lula criticou o modelo atual de exportação de minério bruto e importação de produtos industrializados.
Desmatamento zero e a importância da Amazônia
O presidente defendeu as políticas ambientais do seu governo, que resultaram na redução de 50% do desmatamento na Amazônia, e reafirmou o compromisso de alcançar o desmatamento zero até 2030. Ele ressaltou a importância de o Brasil ter orgulho de sua floresta e de outros biomas como o Pantanal, a Caatinga e o Cerrado.
Lula também enfatizou que a defesa do meio ambiente está diretamente ligada à qualidade de vida da população que vive nesses locais, como pescadores, seringueiros e indígenas, que dependem da floresta para sobreviver.