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Dr. Alexandre Sallum

Além da próstata: descubra os segredos da verdadeira saúde masculina

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Dr. Alexandre Sallum
Foto/Imagem: Dr. Alexandre Sallum Bull/Divulgação


Quando pensamos no Novembro Azul, a primeira coisa que vem à mente é o exame de próstata. E não é por acaso. Durante anos, a campanha de conscientização sobre o câncer de próstata tem sido um grande avanço na saúde masculina, encorajando milhões de homens a fazer o exame de PSA e o toque retal. Mas será que a saúde masculina se resume a isso?

Dr. Alexandre Sallum, urologista, professor da Faculdade de Medicina da USP e especialista em saúde integral masculina, destaca que, embora o rastreamento do câncer de próstata seja essencial, é apenas uma peça de um quebra-cabeça muito maior. “A saúde do homem vai muito além do exame anual. Ela envolve uma visão integrada, que inclui desde a saúde física até o bem-estar mental e emocional,” explica.

Saúde cardiovascular

Um dos grandes perigos que muitos homens ignoram é a saúde do coração. Doenças cardiovasculares, como infarto e hipertensão, são a principal causa de morte entre homens no Brasil. O problema é que muitos acreditam que basta monitorar a pressão arterial de vez em quando ou cortar o sal para estar a salvo.

“A saúde cardiovascular deve ser prioridade. Mudanças simples, como manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente e controlar os níveis de colesterol, são fundamentais. Além disso, exames regulares como o eletrocardiograma e o ecocardiograma são cruciais para a prevenção”, alerta o Dr. Sallum.

Saúde mental

Outro grande tabu quando se fala em saúde masculina é o cuidado com a mente. Por décadas, o homem foi culturalmente condicionado a esconder suas emoções e resistir ao estresse. Mas essa postura cobra um preço alto: segundo dados da Organização Mundial da Saúde, homens têm três vezes mais chances de cometer suicídio do que as mulheres.

A saúde mental é um pilar crucial. Os homens precisam entender que buscar apoio psicológico não é um sinal de fraqueza, mas um ato de coragem e autocuidado.

Participar de atividades que promovem o bem-estar emocional, e, se necessário, terapia com um profissional de saúde mental, pode ser um divisor de águas.

Check-ups completos

É importante entender que um check-up masculino deve incluir muito mais do que o exame de PSA. A lista de exames anuais recomendados para homens acima dos 40 anos é extensa e inclui desde análises de sangue, como níveis de glicose e colesterol, até testes mais específicos, dependendo do histórico familiar.

A falta de uma abordagem completa na saúde masculina é um problema. Exames simples como a avaliação de vitamina D, testosterona, função renal e saúde hepática são fundamentais para garantir que tudo esteja funcionando bem.

Saúde sexual

Disfunção erétil e problemas de libido são questões delicadas, mas extremamente comuns. Muitas vezes, são sinais de problemas cardiovasculares, hormonais ou psicológicos que podem e devem ser investigados. Entretanto, a vergonha de falar sobre o assunto ainda afasta muitos homens dos consultórios médicos.

“A disfunção erétil não é apenas um problema sexual, mas um marcador importante de saúde geral. Pode ser o primeiro sinal de doenças cardiovasculares, diabetes ou desequilíbrios hormonais,” alerta o especialista.

Prevenção do câncer

Embora o câncer de próstata seja um dos principais focos da campanha de Novembro Azul, existem outros tipos de câncer que também afetam os homens com alta frequência, como o câncer de pulmão, intestino e pele.

Dr. Alexandre Sallum Bull recomenda: “É importante que os homens também façam exames regulares para detecção de cânceres mais prevalentes. O uso de protetor solar, exames de colonoscopia e a redução do tabagismo são medidas essenciais para a prevenção de outros tipos de câncer.”

Estilo de vida: pequenas mudanças, grandes impactos

Adotar um estilo de vida saudável não precisa ser complicado. Pequenas atitudes, como caminhar 30 minutos por dia, reduzir o consumo de álcool, parar de fumar e dormir melhor, podem ter impactos profundos na saúde geral.

Uma alimentação rica em frutas, vegetais e alimentos integrais, além da redução de carnes processadas e gordura saturada, faz uma enorme diferença para manter o corpo em equilíbrio.

É hora de olhar para a saúde de uma forma completa, de buscar equilíbrio e de quebrar os tabus que ainda envolvem o cuidado masculino. Este mês não é apenas sobre a próstata; é sobre criar um estilo de vida que valoriza a saúde física, mental e emocional.

“A prevenção é a chave. Não espere até sentir um sintoma para procurar ajuda. Visitas regulares ao médico, um estilo de vida saudável e atenção à saúde mental são a fórmula para uma vida longa e plena,” conclui Dr. Alexandre Sallum.

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Centro Especializado em Diabetes no DF combate obesidade infantil

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Foto/Imagem: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Uma história de superação e dedicação que merece ser celebrada! Aos sete anos, Miguel já enfrentava o sobrepeso e o preocupante risco de desenvolver diabetes, uma realidade que acendeu um alerta para sua família. Graças ao acompanhamento especializado no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) e, posteriormente, no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh), Miguel, agora com nove anos, vive uma verdadeira transformação. Seus resultados são visíveis: mais disposição, uma alimentação muito mais equilibrada e um novo e saudável olhar sobre a vida.

A gente reorganizou a alimentação em casa, introduziu atividades físicas e, com o apoio da equipe, conseguimos evitar que ele precisasse de medicação. A glicemia dele caiu bastante, e o risco de diabetes diminuiu. Foi uma transformação que envolveu toda a família”, compartilha Valdizia Apolinário, 41, mãe de Miguel, com um orgulho que irradia esperança.

A história de Miguel ressalta a urgência e a importância de iniciativas como a do Cedoh. Celebrado no início deste mês (3), o Dia de Conscientização contra a Obesidade Infantil chama a atenção para os graves riscos do excesso de peso na infância e reforça a necessidade de bons hábitos desde cedo. No Distrito Federal, os números são um alerta: uma em cada dez crianças está acima do peso, conforme o último Boletim de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) do Ministério da Saúde.

Para lidar com os casos mais graves de obesidade infantil, o Cedoh se destaca por oferecer um atendimento multidisciplinar de excelência a crianças e jovens de todas as regiões de saúde do DF, por meio do seu Programa de Obesidade Infantil e do Adolescente. Miguel é um exemplo do sucesso dessa abordagem, sendo acompanhado por uma equipe dedicada de endocrinopediatra, nutricionista, psicóloga e terapeuta ocupacional.

Durante o tratamento, as crianças participam de oficinas educativas lúdicas e eficazes sobre alimentação saudável, a importância da prática de atividades físicas, a organização da rotina familiar e a saúde emocional. “O que me encantou foi a forma como eles falam direto com as crianças. É um trabalho sensível e muito próximo. Um verdadeiro achado na nossa rede”, elogia Valdizia, destacando a singularidade e a qualidade do atendimento.

Camila Pessoa, nutricionista do Cedoh, reforça que a obesidade infantil é uma doença crônica, multifatorial e, infelizmente, ainda pouco reconhecida pelas famílias em toda a sua seriedade. “Muitos pacientes já chegam ao centro com comorbidades, como diabetes e hipertensão. A importância da data, portanto, está em conscientizar pais e responsáveis a agir antes que o quadro se agrave”, explica a profissional, sublinhando o papel crucial da prevenção.

A especialista alerta que o excesso de peso na infância não é apenas uma questão estética, podendo desencadear mais de 200 doenças, problemas cardíacos e distúrbios osteomusculares. “Essas complicações surgem cada vez mais cedo e tornam o tratamento ainda mais complexo. A prevenção é o melhor caminho”, ressalta.

Além dos impactos físicos, os efeitos emocionais podem ser devastadores. “Fatores como preconceito com a aparência e bullying afetam a autoestima e podem desencadear compulsão alimentar, ansiedade e depressão. O acompanhamento psicológico é essencial para romper esse ciclo”, argumenta a psicóloga do Cedoh, Caroline Yonaha.

Na rede pública, quando uma criança ou adolescente é identificado com obesidade em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), ele é inserido no Sistema de Regulação para receber o encaminhamento adequado, garantindo que o cuidado especializado esteja ao alcance de todos. Iniciativas como a do Cedoh são faróis de esperança, mostrando que é possível reverter o quadro e construir um futuro mais saudável para as novas gerações.

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Junho Vermelho reforça doação de sangue em Brasília e alerta para estoques críticos

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Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

No mês que celebra o amor, um gesto pode salvar vidas: doar sangue. Em meio à campanha Junho Vermelho, Brasília se une ao movimento nacional para incentivar a solidariedade e fortalecer os estoques do Hemocentro, especialmente os de tipos sanguíneos negativos, atualmente em níveis críticos.

Até o dia 30, quem tem sangue dos tipos O-, A-, B- ou AB- poderá doar sem agendamento prévio, com atendimento preferencial na unidade. A estratégia visa ampliar o número de doadores em um período de queda nos estoques, típico do início do inverno — época em que infecções respiratórias tornam muitas pessoas temporariamente inaptas para a doação.

Queremos garantir que 100% da demanda transfusional dos hospitais seja atendida”, afirma Kelly Barbi, gerente de Captação de Doadores da Fundação Hemocentro. Ela reforça que o Junho Vermelho não é apenas uma campanha pontual, mas um convite à criação do hábito da doação. “Doar sangue deve fazer parte da rotina, como ir ao mercado ou à farmácia.

Segundo as regras atuais, homens podem doar a cada dois meses (até quatro vezes por ano) e mulheres a cada três meses (até três vezes por ano). Para doar, é necessário estar em boas condições de saúde, pesar ao menos 51 quilos, estar alimentado, hidratado e apresentar documento oficial com foto. Sintomas como dor de cabeça ou mal-estar impedem temporariamente a doação, por segurança.

A campanha já inspira novos doadores, como a assistente administrativa Verônica Góes, de 44 anos, que fez sua primeira doação nesta semana. “Hoje talvez eu não precise, mas alguém sim. E no futuro, pode ser eu ou alguém que amo”, compartilhou.

Para a servidora Maria Gabryella de Oliveira, de 29 anos, doar é um compromisso pessoal. “Sempre que posso, vou ao Hemocentro. Muitas vezes é questão de vida ou morte para quem está no hospital”, reforça. Já o servidor Bruno Vidal, de 39, soma mais de dez doações: “Não sou médico, mas posso ajudar de um jeito simples. Isso faz a diferença.

O Hemocentro de Brasília funciona de segunda a sábado, das 7h15 às 18h, sem pausa para o almoço. As doações podem ser agendadas pelo site Agenda DF ou pela Central 160 (opção 2). Porém, quem optar por chegar espontaneamente também será atendido — uma alternativa importante, já que metade dos agendamentos não são cumpridos.

Neste Junho Vermelho, colocar a solidariedade na agenda pode ser o gesto que salva uma vida.

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