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sábado, 6 dezembro 2025, 18:07:08
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Inverno aumenta vírus respiratórios SRAG

Publicado em:

Reporter: Jeferson Nunes

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O início oficial do inverno, nesta sexta-feira (20), traz consigo um alerta preocupante para a saúde pública no Brasil. Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) registrados nas primeiras 24 semanas epidemiológicas de 2025 foram 30% superiores aos notificados no mesmo período do ano passado. Esse aumento é um indicativo do maior risco de infecções e quadros graves, impulsionado pela circulação intensa de vírus respiratórios em baixas temperaturas.

A infectologista e professora do Instituto de Educação Médica, Silvia Fonseca, explica o cenário: “No inverno as pessoas ficam mais dentro de casa, nos escritórios, andam no transporte público com as janelas fechadas. Isso aumenta a proximidade das pessoas, e a maioria das infecções respiratórias se transmite por gotículas. Quando a gente tosse, fala, espirra, essas gotículas podem cair perto do olho, do nariz e da boca de outras pessoas e contaminá-las. Ou também podem cair na superfície, aí a pessoa toca e leva para o rosto sem perceber”.

Além da maior proximidade, o frio e o tempo seco irritam as vias respiratórias, tornando-as mais vulneráveis a infecções. O vírus Influenza, causador da gripe, também se torna mais transmissível e replicável no organismo humano em baixas temperaturas, agravando o quadro.

Influenza e mortalidade: Urgência na vacinação

Dados do Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revelam um aumento significativo de infecções por influenza. Dos mais de 103 mil casos graves de síndrome respiratória contabilizados este ano, quase 53 mil tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus. Desses, cerca de 27% foram causados por algum tipo de influenza A ou B. Contudo, entre meados de maio e meados de junho, a incidência de influenza subiu para mais de 40%.

A preocupação é ainda maior nos dados de mortalidade. A influenza responde por metade das quase 3 mil mortes causadas por SRAG após infecção viral. Essa proporção salta para 74,6% quando considerados apenas os óbitos com diagnóstico positivo para vírus respiratório nas últimas quatro semanas.

Para a infectologista Silvia Fonseca, a percepção de que a gripe é uma doença leve compromete a principal forma de prevenção dessas mortes. “O vírus influenza pode evoluir rapidamente para quadros de insuficiência respiratória, infecções pulmonares e internações prolongadas, especialmente em idosos e pacientes com doenças crônicas. A vacinação anual é a forma mais eficaz de reduzir esse risco”, alerta a professora de medicina.

Baixa cobertura vacinal e outros vírus preocupantes

Apesar do alerta, a cobertura vacinal contra a influenza está abaixo do esperado. De acordo com o painel de vacinação do Ministério da Saúde, até esta sexta-feira (20), menos de 40% do público-alvo havia se vacinado este ano. A campanha começou em abril, visando imunizar os mais vulneráveis antes do período de maior circulação da doença. O imunizante protege contra os subtipos A H1N1, A H3N2 e B, com alta eficácia contra casos graves e óbitos.

A covid-19 também continua sendo uma preocupação. Embora sua incidência entre os óbitos causados por vírus tenha diminuído, ela ainda representou 30,9% nas 24 semanas epidemiológicas contabilizadas este ano. Nas últimas quatro semanas, apesar dos testes positivos para covid-19 corresponderem a apenas 1,6% dos casos graves causados por vírus, a proporção entre as mortes foi de 4,2%, evidenciando a letalidade do coronavírus, especialmente em idosos.

Entre as crianças, o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador da bronquiolite, continua sendo uma grande preocupação, podendo levar a óbito, especialmente em menores de 2 anos. Há vacina contra o VSR para idosos e gestantes – que transmitem anticorpos para o recém-nascido – mas, por enquanto, apenas em clínicas particulares. O Ministério da Saúde já anunciou a incorporação da vacina para gestantes no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir do segundo semestre. O período de maior circulação do VSR começa no outono e, embora esteja em queda, os casos ainda são numerosos, sendo o patógeno mais prevalente (45,3%) em casos graves causados por vírus em 2025 e responsável por 13% das mortes com diagnóstico positivo nas últimas quatro semanas.

Medidas preventivas essenciais

Andréia Neves de Sant’Anna, professora de Enfermagem da Faculdade Estácio, reforça que as normas de etiqueta respiratória são cruciais para diminuir a propagação dos vírus:

  • Evitar aglomerações e ambientes fechados.
  • Lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel.
  • Usar lenço descartável para higiene nasal.
  • Cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir.
  • Evitar tocar olhos, nariz e boca.
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal (talheres, pratos, copos ou garrafas).
  • Manter os ambientes bem ventilados.
  • Evitar contato próximo com pessoas com sintomas gripais.

Além disso, Andréia destaca que repouso, alimentação equilibrada e bastante hidratação podem auxiliar o organismo a se recuperar mais facilmente.

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