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Inverno aumenta vírus respiratórios SRAG

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Foto/Imagem: © Tomaz Silva/Agência Brasil
Reporter: Jeferson Nunes

O início oficial do inverno, nesta sexta-feira (20), traz consigo um alerta preocupante para a saúde pública no Brasil. Os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) registrados nas primeiras 24 semanas epidemiológicas de 2025 foram 30% superiores aos notificados no mesmo período do ano passado. Esse aumento é um indicativo do maior risco de infecções e quadros graves, impulsionado pela circulação intensa de vírus respiratórios em baixas temperaturas.

A infectologista e professora do Instituto de Educação Médica, Silvia Fonseca, explica o cenário: “No inverno as pessoas ficam mais dentro de casa, nos escritórios, andam no transporte público com as janelas fechadas. Isso aumenta a proximidade das pessoas, e a maioria das infecções respiratórias se transmite por gotículas. Quando a gente tosse, fala, espirra, essas gotículas podem cair perto do olho, do nariz e da boca de outras pessoas e contaminá-las. Ou também podem cair na superfície, aí a pessoa toca e leva para o rosto sem perceber”.

Além da maior proximidade, o frio e o tempo seco irritam as vias respiratórias, tornando-as mais vulneráveis a infecções. O vírus Influenza, causador da gripe, também se torna mais transmissível e replicável no organismo humano em baixas temperaturas, agravando o quadro.

Influenza e mortalidade: Urgência na vacinação

Dados do Boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revelam um aumento significativo de infecções por influenza. Dos mais de 103 mil casos graves de síndrome respiratória contabilizados este ano, quase 53 mil tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus. Desses, cerca de 27% foram causados por algum tipo de influenza A ou B. Contudo, entre meados de maio e meados de junho, a incidência de influenza subiu para mais de 40%.

A preocupação é ainda maior nos dados de mortalidade. A influenza responde por metade das quase 3 mil mortes causadas por SRAG após infecção viral. Essa proporção salta para 74,6% quando considerados apenas os óbitos com diagnóstico positivo para vírus respiratório nas últimas quatro semanas.

Para a infectologista Silvia Fonseca, a percepção de que a gripe é uma doença leve compromete a principal forma de prevenção dessas mortes. “O vírus influenza pode evoluir rapidamente para quadros de insuficiência respiratória, infecções pulmonares e internações prolongadas, especialmente em idosos e pacientes com doenças crônicas. A vacinação anual é a forma mais eficaz de reduzir esse risco”, alerta a professora de medicina.

Baixa cobertura vacinal e outros vírus preocupantes

Apesar do alerta, a cobertura vacinal contra a influenza está abaixo do esperado. De acordo com o painel de vacinação do Ministério da Saúde, até esta sexta-feira (20), menos de 40% do público-alvo havia se vacinado este ano. A campanha começou em abril, visando imunizar os mais vulneráveis antes do período de maior circulação da doença. O imunizante protege contra os subtipos A H1N1, A H3N2 e B, com alta eficácia contra casos graves e óbitos.

A covid-19 também continua sendo uma preocupação. Embora sua incidência entre os óbitos causados por vírus tenha diminuído, ela ainda representou 30,9% nas 24 semanas epidemiológicas contabilizadas este ano. Nas últimas quatro semanas, apesar dos testes positivos para covid-19 corresponderem a apenas 1,6% dos casos graves causados por vírus, a proporção entre as mortes foi de 4,2%, evidenciando a letalidade do coronavírus, especialmente em idosos.

Entre as crianças, o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador da bronquiolite, continua sendo uma grande preocupação, podendo levar a óbito, especialmente em menores de 2 anos. Há vacina contra o VSR para idosos e gestantes – que transmitem anticorpos para o recém-nascido – mas, por enquanto, apenas em clínicas particulares. O Ministério da Saúde já anunciou a incorporação da vacina para gestantes no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir do segundo semestre. O período de maior circulação do VSR começa no outono e, embora esteja em queda, os casos ainda são numerosos, sendo o patógeno mais prevalente (45,3%) em casos graves causados por vírus em 2025 e responsável por 13% das mortes com diagnóstico positivo nas últimas quatro semanas.

Medidas preventivas essenciais

Andréia Neves de Sant’Anna, professora de Enfermagem da Faculdade Estácio, reforça que as normas de etiqueta respiratória são cruciais para diminuir a propagação dos vírus:

  • Evitar aglomerações e ambientes fechados.
  • Lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel.
  • Usar lenço descartável para higiene nasal.
  • Cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir.
  • Evitar tocar olhos, nariz e boca.
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal (talheres, pratos, copos ou garrafas).
  • Manter os ambientes bem ventilados.
  • Evitar contato próximo com pessoas com sintomas gripais.

Além disso, Andréia destaca que repouso, alimentação equilibrada e bastante hidratação podem auxiliar o organismo a se recuperar mais facilmente.

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economia

Haddad Defende Mais Impostos Para as Bets no Brasil

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Foto/Imagem: © Diogo Zacarias/MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta terça-feira (8) uma maior taxação para as casas de apostas virtuais (bets) no Brasil. Para ele, o setor deveria ter impostos mais elevados, seguindo o modelo de tributação de produtos como cigarros e bebidas alcoólicas.

“O governo anterior tratou as bets como se fosse a Santa Casa de Misericórdia, sem cobrar um centavo de impostos das bets durante quatro anos”, criticou Haddad em entrevista. Ele questionou o benefício para o país, já que “os caras estão ganhando uma fortuna no Brasil, gerando muito pouco emprego, mandando para fora o dinheiro arrecadado aqui”. O ministro reforçou a necessidade de “enquadrar esse setor de uma vez por todas”.

Haddad enfatizou que medidas como essa são cruciais para a meta de alcançar resultados fiscais robustos, visando crescimento econômico contínuo, baixo desemprego e inflação em queda. “A impressão que dá é que tem algumas pessoas querendo sabotar o crescimento econômico do país a troco da eleição do ano que vem”, pontuou.

 

IOF e diálogo com o Congresso

Em entrevista ao portal Metrópoles, Haddad também abordou o impasse entre o governo e o Congresso Nacional sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ele minimizou a questão, afirmando que não pode ser vista como um “Fla x Flu” e que prefere pensar institucionalmente.

Recentemente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, suspendeu os decretos do Executivo que elevavam o IOF e a medida do Congresso que derrubava essa elevação. Moraes determinou uma audiência de conciliação entre as partes para o próximo dia 15 de julho, em Brasília.

Haddad disse que o governo está trabalhando para resolver a questão do IOF e não pode se antecipar à decisão do Supremo. Ele reforçou o compromisso com o diálogo no Congresso e confirmou que se reunirá em breve com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. “Quando um não quer, dois não brigam. E nós não vamos brigar porque, no caso, nenhum dos dois quer brigar”, afirmou, destacando seu compromisso com a negociação e acordos.

 

Otimismo sobre Imposto de Renda

Durante a entrevista, o ministro expressou confiança na aprovação do projeto sobre o Imposto de Renda, que prevê a isenção para quem ganha até R$ 5 mil. Haddad mencionou as reuniões frequentes com o deputado Arthur Lira, relator do projeto, e acredita que a proposta será aprovada “com larga margem de apoio”.

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esporte

Basquete Feminino Brasil está na Final da AmeriCup

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Foto/Imagem: © Foto: Fiba/Divulgação

A seleção brasileira feminina de basquete confirmou seu favoritismo e está na final da AmeriCup 2025, no Chile. Na noite do último sábado (5), as brasileiras dominaram a Argentina, vencendo por 108 a 68, no Centro de Deportes Colectivos, em Santiago. A grande decisão será neste domingo (6), às 21h10 (horário de Brasília), no mesmo local, contra os Estados Unidos.

Este confronto reedita a final da última edição do torneio, que reúne seleções das Américas do Sul, Central e Norte. Em 2023, o Brasil conquistou seu sexto título continental ao bater as norte-americanas por 69 a 58 em León, no México. O Brasil é o maior campeão da AmeriCup, disputada desde 1989.

 

Em busca da vaga no mundial

A conquista de um eventual sétimo título na AmeriCup garantirá ao Brasil uma vaga direta na Copa do Mundo de Basquete Feminino do próximo ano, que será realizada em Berlim, na Alemanha, em setembro. Caso fique com o vice-campeonato, a seleção terá que disputar um torneio classificatório, ainda a ser definido pela Federação Internacional de Basquete (Fiba).

Na vitória sobre a Argentina, Bella Nascimento foi o grande destaque, com 22 pontos, sendo 18 deles em cestas de três pontos. A ala-armadora de 22 anos, nascida nos Estados Unidos e com atuação no basquete universitário norte-americano, possui mãe brasileira. As pivôs Kamilla Cardoso (Chicago Sky) e Damiris Dantas (Indiana Fever), ambas da WNBA, também foram cruciais, marcando 16 pontos cada. Entre as atletas da Liga de Basquete Feminino (LBF), a ala Thayná Silva, do Sampaio Corrêa, contribuiu com 11 pontos e nove rebotes.

 

Campanha invicta até a final

A equipe comandada pela técnica norte-americana Pokey Chatman chega à final da AmeriCup invicta, com seis vitórias em seis jogos. Na primeira fase, as brasileiras superaram Argentina (71 a 50), Canadá (74 a 65), República Dominicana (73 a 46) e El Salvador (106 a 49). Nas quartas de final, o time verde e amarelo venceu o México por 84 a 61, antes de reencontrar as argentinas na semifinal.

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