A expectativa do mercado financeiro para a inflação oficial (IPCA) no Brasil registrou a sexta queda consecutiva, passando de 5,2% para 5,18% este ano. A estimativa foi publicada no Boletim Focus desta segunda-feira (30), divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC).
Para 2026, a projeção da inflação permanece em 4,5%. As previsões para 2027 e 2028 são de 4% e 3,8%, respectivamente. A estimativa para 2025 ainda está acima do teto da meta de inflação do BC, que é de 3% com margem de tolerância até 4,5%.
Em maio, a inflação oficial desacelerou para 0,26%, acumulando 2,75% no ano e 5,32% em 12 meses.
Juros básicos e economia
Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 15% ao ano. Apesar da recente desaceleração inflacionária, o Copom elevou os juros em 0,25 ponto percentual na última reunião, marcando o sétimo aumento consecutivo em um ciclo de contração monetária.
O Copom indicou que deve manter os juros no patamar atual nas próximas reuniões, enquanto monitora os efeitos. Contudo, não descartou novos aumentos caso a inflação suba. Analistas preveem que a Selic encerre 2025 em 15% ao ano. Para o fim de 2026, a expectativa é que caia para 12,5% ao ano, reduzindo para 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
Aumento da Selic busca conter a demanda, encarecendo o crédito e estimulando a poupança. Já a redução barateia o crédito, incentivando produção e consumo.
Projeções para PIB e Dólar
A estimativa para o crescimento da economia brasileira este ano subiu de 2,21% para 2,23%. Para 2026, a projeção para o PIB foi ligeiramente reduzida para 1,86%. O mercado financeiro estima expansão de 2% para 2027 e 2028.
Impulsionada pela agropecuária no primeiro trimestre de 2025, a economia brasileira cresceu 1,4%. Em 2024, o PIB subiu 3,4%, sendo o quarto ano seguido de crescimento e a maior expansão desde 2021.
A previsão para o dólar é de R$ 5,70 para o fim deste ano e R$ 5,75 para o fim de 2026.

