O 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) foi aberto na noite de sexta-feira (12), celebrando os 60 anos da mais tradicional mostra do país. A abertura contou com a exibição do filme “O Agente Secreto”, que representará o Brasil na disputa por uma vaga no Oscar 2026. Com nove dias de programação e mais filmes na Mostra Competitiva Nacional e na Mostra Brasília, a edição de 2025 já é considerada a maior da história.
“O Festival de Brasília tem uma influência muito grande no cinema brasileiro, desde o Cinema Novo. É motivo de muito orgulho, é uma edição especialíssima”, afirmou o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes.
Descentralização e programação extensa
Uma das principais novidades da edição é a descentralização da programação. Além do tradicional Cine Brasília, as sessões também serão realizadas em Planaltina, Gama e Ceilândia, permitindo que o público de outras regiões participe ativamente da escolha dos filmes por meio do júri popular.
Ao todo, 80 filmes serão exibidos em seis mostras diferentes, incluindo a Mostra Competitiva Nacional e a Mostra Brasília. O festival também oferecerá uma agenda extensa de debates, oficinas gratuitas e seminários para profissionais do setor.
“O Agente Secreto” e o reconhecimento internacional
O filme de abertura, “O Agente Secreto”, dirigido por Kleber Mendonça Filho, é um drama político ambientado nos anos 1970, que acompanha a perseguição de um professor universitário (interpretado por Wagner Moura) pela violência do regime militar.
A produção já conquistou reconhecimento internacional no Festival de Cannes, onde recebeu quatro prêmios, incluindo o de Melhor Ator para Wagner Moura e Melhor Diretor para Kleber Mendonça Filho. O longa, que estreia nos cinemas brasileiros em 6 de novembro, reafirma a força autoral do cinema nacional no cenário global.

