O Distrito Federal foi apontado como a unidade da federação mais segura do país para dirigir, segundo estudo do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV). A análise, chamada IRIS (Indicadores Rodoviários Integrados de Segurança), avaliou índices de segurança viária em todos os estados brasileiros, atribuindo notas de até cinco pontos. O DF alcançou quatro pontos, superando o Rio Grande do Sul (3,86), Goiás, Paraná e Rio de Janeiro (3,71), além de São Paulo (3,57).
A metodologia do levantamento considera os sete pilares do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans): gestão da segurança, vias seguras, segurança veicular, educação para o trânsito, vigilância e atendimento às vítimas, normatização e fiscalização, além dos indicadores de mortalidade.
Obras e mobilidade
O Governo do Distrito Federal (GDF) tem intensificado ações de infraestrutura e mobilidade para reduzir acidentes. Entre os destaques está o programa Brasília Vida Segura, desenvolvido pela Semob-DF em parceria com a Ambev, que mapeou pontos críticos e implementou intervenções como faixas de pedestres, semáforos, passarelas e ajustes estruturais.
“Essas ações resultaram em significativa redução de acidentes, especialmente atropelamentos e colisões”, destacou o secretário de Obras, Valter Casimiro. O GDF também tem investido em corredores exclusivos de BRT, revitalização de vias e melhorias urbanas em regiões como Vicente Pires e Sol Nascente.
Outro destaque é o corredor do BRT na Epig, que prevê passagens seguras para pedestres, ciclovias segregadas e iluminação reforçada, reduzindo riscos de cruzamentos perigosos. Já o programa de revitalização de calçadas, conduzido pela Novacap, alcançou 100 quilômetros apenas em 2025, garantindo acessibilidade e inclusão.
Educação no trânsito
Além da infraestrutura, a educação é apontada como pilar essencial. O Detran-DF promove ações em escolas, bares, restaurantes e locais de grande movimento, com campanhas de conscientização para motoristas, pedestres, ciclistas e motociclistas.
“Queremos educar mais para multar menos. O resultado é um trânsito mais seguro e pacífico, que protege a vida”, afirmou o diretor-geral, Marcu Bellini.
Entre os projetos estão blitz educativas, palestras sobre travessia segura, campanhas para entregadores de aplicativos e até apresentações teatrais para crianças. O órgão também prepara a modernização da semaforização com equipamentos inteligentes e a ampliação do centro de monitoramento viário, que funcionará em tempo real para dar mais segurança e fluidez ao tráfego.
Segundo Bellini, a conquista de liderança no ranking nacional aumenta a responsabilidade do DF em manter a posição: “Desejamos que as pessoas tenham mais paciência e respeito no trânsito, para que possamos reduzir ainda mais os riscos”.

