A expansão da infraestrutura de limpeza urbana no Distrito Federal tem sido prejudicada pela alta taxa de vandalismo e furto de lixeiras públicas. Desde 2020, o Governo do Distrito Federal (GDF) instalou mais de 26 mil lixeiras em diversas regiões administrativas. Somente em 2025, foram 4.929 novas unidades.
Contudo, cerca de 6 mil lixeiras já foram destruídas ou furtadas nos últimos cinco anos, gerando um prejuízo de aproximadamente R$ 600 mil aos cofres públicos, segundo o Serviço de Limpeza Urbana (SLU).
A diretora técnica do SLU, Andrea Almeida, lamenta que menos de 20 mil lixeiras estejam atualmente nas ruas devido à depredação e ao uso inadequado.
“O cidadão precisa entender que a lixeira é um bem público, feita para minimizar o impacto do descarte de pequenos volumes”, explica Andrea Almeida.
As consequências do mau uso vão além do prejuízo financeiro. A ausência de lixeiras força o descarte incorreto de resíduos, que acabam obstruindo bueiros e bocas de lobo, agravando o problema de alagamentos durante as chuvas. A diretora ainda ressalta que o serviço de catação e varrição já custa ao SLU cerca de R$ 16 milhões por mês, e as lixeiras visam reduzir esse custo.
Para tentar conter os danos, o SLU tem investido em novos modelos de lixeiras desde 2024, incluindo estruturas mais robustas de metal para áreas de maior circulação. Uma nova licitação para instalar mais 10 mil unidades está em fase final.
O SLU e as forças de segurança lembram que a depredação de lixeira pública é tipificada como crime de dano ao patrimônio público (Artigo 163 do Código Penal), podendo resultar em detenção de 6 meses a 3 anos e multa, na sua forma qualificada.
O público pode e deve contribuir solicitando novas lixeiras pelo aplicativo Coleta DF, pelo telefone 162 (Ouvidoria) ou pelo site do Participa DF.
Qualquer ato de depredação pode ser denunciado anonimamente pelo telefone 197 da Polícia Civil do Distrito Federal.

