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Mutirão integrado oferece acolhimento e esperança a pessoas em situação de rua

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Foto/Imagem: Agência Brasília
Reporter: Paulo Andrade

Uma nova  iniciativa louvável e de grande impacto social será colocada em prática neste final de semana pelo Governo do Distrito Federal (GDF). Em um esforço conjunto e exemplar, diversas secretarias e órgãos unem forças para oferecer acolhimento e assistência social a pessoas em situação de rua instaladas em nove endereços distintos em Brasília. A ação, que demonstra um compromisso profundo com a dignidade humana, está prevista para ter início às 9h deste sábado (14).

A grandiosidade da força-tarefa se reflete na quantidade de instituições envolvidas, mostrando a complexidade e a abrangência da problemática da vulnerabilidade social. Participarão do mutirão a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), Secretaria de Saúde (SES-DF), Secretaria de Educação (SEEDF), Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF), Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) e Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF). Além delas, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), a Novacap, a Codhab, o Detran-DF, a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros Militar e o Conselho Tutelar também estarão presentes, garantindo um atendimento completo e multidisciplinar.

O papel de cada órgão é essencial para o sucesso da ação. O DF Legal será responsável pelo desmonte das estruturas improvisadas e pelo transporte dos pertences das pessoas em situação de rua para um local regular indicado por elas. Em último caso, os objetos pessoais serão levados ao depósito da pasta para retirada em até 60 dias, sem qualquer custo. Paralelamente, as pessoas serão encaminhadas para o atendimento especializado da Sedes-DF, que fará o acolhimento e direcionamento para os serviços sociais disponíveis.

É importante destacar que, ao longo de toda a semana que antecede o mutirão, as secretarias já realizaram um trabalho fundamental de abordagens sociais e atendimentos prévios nos locais. Essa etapa crucial permitiu mapear o público que será atendido e identificar suas demandas específicas, garantindo que o auxílio seja direcionado e eficiente.

Os pontos de ação definidos para este sábado (14) e domingo (15) estão distribuídos em locais estratégicos da capital, onde a presença de pessoas em situação de rua é mais evidente, abrangendo desde vias movimentadas a áreas mais escondidas, como:

  1. Via N2 Norte, em frente à 5ª DP;
  2. Via N2 Norte, no balão próximo à 5ª DP;
  3. Setor Hoteleiro Norte, Quadra 03;
  4. 904 Norte, atrás do muro do Lar Madre Eugênia Ravasco;
  5. 712 Norte, em frente ao Centro de Ensino D’Paula;
  6. 913 Norte, entre a escola Pódium e o Centro Islâmico;
  7. 915 Norte, próximo ao Centro Espírita Cícero Pereira;
  8. Centro Pop 903 Sul;
  9. 904 Sul, próximo ao terreno da Eletrobrás.

Essa mobilização integrada do GDF é um exemplo claro de gestão pública humanizada, que busca oferecer não apenas uma solução imediata, mas um caminho para a reintegração social e a garantia de direitos a uma das parcelas mais vulneráveis da nossa população. É uma ação que inspira e reforça a esperança em uma cidade mais justa e solidária para todos.

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cidadania

Coleta seletiva no DF dispara 222% e impulsiona renda de catadores

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Foto/Imagem: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Uma notícia que celebra o avanço da sustentabilidade e o impacto social no Distrito Federal! A coleta seletiva na capital registrou um crescimento espetacular de 222% nos últimos cinco anos, um marco fundamental para a preservação do meio ambiente. De acordo com o último Relatório Anual de Atividades do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), foram recolhidas impressionantes 58 mil toneladas de lixo reciclável em 2024, um aumento notável em comparação com as 18 mil toneladas de 2020.

Essa alta não se reflete apenas nos números, mas também no aproveitamento dos resíduos, impactando diretamente a geração de renda para os valorosos catadores e a redução da matéria-prima retirada da natureza. O índice de aproveitamento de resíduos atingiu 55% em 2024, um avanço significativo em relação aos 37% registrados há cinco anos. Os materiais são cuidadosamente separados por cooperativas em 15 pontos estratégicos do SLU.

Para manter e, se possível, superar esses números positivos, o SLU implementou importantes remodelações nos contratos de triagem. O número de cooperativas atendidas pelo órgão saltou de 20 para 31 neste ano, engajando mais de 1.300 catadores. Houve, ainda, uma otimização nos pontos atendidos pela coleta seletiva porta a porta, visando abranger localidades que surgiram após a primeira licitação, como condomínios verticais, garantindo que mais pessoas tenham acesso ao serviço.

Os novos contratos pagam por produção, estimulando a reciclagem de todo e qualquer tipo de material, mesmo que esteja com preço baixo de mercado”, explica Francisco Mendes, chefe da Unidade de Sustentabilidade e Mobilização Social do SLU. Ele reforça que o objetivo é incentivar os catadores a reciclarem o máximo possível, mas destaca a importância crucial da população: “No momento em que os resíduos com potencial de reciclagem estão dentro do lixo convencional, perdem valor, prejudicando os catadores.”

Mendes pontua que, mesmo materiais com baixo valor de mercado para reciclagem, como sacolas de mercado e sacos de lixo, devem ser separados na origem. Ele revela uma inovadora possibilidade no setor: “Tem surgido uma nova possibilidade no setor, de que tudo que é material seco, com exceção do vidro, do PVC e dos metais, pode ser transformado em combustível derivado de resíduos urbanos (CDRU), que tem um valor perene durante todo o ano, independente do mercado, e é usado por cimenteiras na Fercal”.

Essa medida é duplamente benéfica, contribuindo para a longevidade do aterro sanitário, já que menos resíduos não reciclados são enviados para o equipamento. “Conseguimos aumentar a vida útil do aterro e geramos economia para o Estado em termos de operação. Além de que quanto mais a gente conseguir tirar da separação, menos matéria-prima retiramos do meio ambiente, gerando outra cadeia de economia”, explica o especialista.

O trabalho de separação não se restringe à coleta seletiva. Os recicláveis descartados na coleta convencional também passam por um processo de separação nas Usinas de Tratamento Mecânico Biológico. Em 2024, essas usinas separaram 14,6 mil toneladas de materiais, mais que o dobro das 6 mil toneladas registradas em 2020.

Outra atribuição valiosa do SLU é a reciclagem dos resíduos orgânicos. Nas usinas de Tratamento Mecânico Biológico (UTMB) do P Sul e da Asa Sul, os rejeitos são inteligentemente revertidos em compostos orgânicos e doados para pequenos produtores rurais. A produção cresceu significativamente, passando de 62 mil toneladas em 2020 para 85 mil toneladas em 2024.

Uma Tarefa de Todos

Para Mara Maria de Jesus, presidente da cooperativa Plasferro, no P Sul, a separação correta do lixo na origem é uma tarefa simples, mas que beneficia milhares de famílias que dependem da catação para o sustento. “Sem a separação correta na origem, chega muito material orgânico misturado, dificultando a triagem para nós, que estamos na ponta. Não conseguimos um bom valor de mercado por causa da falta de qualidade, os equipamentos ficam sobrecarregados e a renda dos catadores é diretamente impactada”, alerta.

Leiliane Cardoso, tesoureira da cooperativa, endossa o apelo: a população deve separar os resíduos, no mínimo, entre secos e orgânicos, para garantir o bem-estar dos catadores. “Todo dia é um desafio para nós porque nem sempre o material vem limpo e quando não vem separado, tem um valor mais baixo, o que prejudica a renda dos catadores. Papel branco, papelão, tudo isso quando está sujo, perde valor”, comenta. Se todas as pessoas separassem corretamente os materiais, nos ajudaria muito porque a catação é a única fonte de renda da maioria aqui.

Ao lidar com resíduos secos (papel, plástico, vidro e metais), a dica de ouro é limpar o excesso de conteúdo dos recipientes antes de descartá-los, evitando a contaminação. Além disso, é crucial estar atento aos dias e horários da coleta seletiva e convencional, que ocorrem em períodos distintos. Para isso, a população conta com um aliado fundamental: o aplicativo SLU Coleta DF, que oferece a localização de equipamentos públicos próximos e permite acompanhar, em tempo real, o caminhão de coleta na sua região.

A trajetória ascendente da coleta seletiva no DF é um testemunho do poder da colaboração entre o poder público, as cooperativas e, principalmente, a conscientização da população. É um trabalho que, além de beneficiar o planeta, promove dignidade e renda para muitas famílias, construindo um futuro mais limpo e justo.

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MEIO AMBIENTE

GDF e comunidade se unem em megaoperação de conscientização contra incêndios florestais

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Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Uma força-tarefa exemplar tomou conta da entrada principal do Jardim Botânico de Brasília (JBB) nesta sexta-feira (6), em uma grandiosa operação de conscientização voltada à prevenção de incêndios florestais. A iniciativa, coordenada pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema-DF) e outros dez órgãos distritais, teve como objetivo primordial alertar motoristas e passageiros sobre os perigos da queima de lixo e restos de poda, as principais causas desses desastres ambientais no Distrito Federal.

A ação reforça o compromisso do GDF com a proteção do nosso valioso Cerrado. Segundo o secretário de Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, além da atuação direta na proteção ambiental, a pasta tem o papel crucial de mapear as áreas de maior risco e promover a conscientização. “Fazemos uma ambientação com os alunos por meio de palestras sobre a proibição da queima de poda ou de lixo nas áreas rurais, porque estamos entrando em um período mais crítico que esquenta mais, o vento fica mais forte e qualquer fagulha propicia um incêndio florestal”, pontua o secretário, destacando a importância da prevenção.

Esta é a terceira edição do ano da atividade, que faz parte do robusto Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Ppcif), coordenado pela Sema-DF e que reúne mais de 20 instituições. Entre os presentes na blitz, estiveram agentes de peso como o Departamento de Estradas e Rodagem (DER-DF), o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), o Instituto Brasília Ambiental, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Força Aérea Brasileira (FAB), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), além do apoio da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb). Essa união de esforços é fundamental para a efetividade das ações.

Pequenos Multiplicadores, Grandes Mensagens

Um dos destaques da operação foi a participação entusiasmada das crianças do 5º ano do ensino fundamental I da Escola Classe Alto Interlagos, do Paranoá. Esses pequenos multiplicadores estiveram empenhados na blitz, repassando os conhecimentos aprendidos aos condutores abordados.

Com o auxílio de colegas que seguravam cartazes coloridos sobre educação ambiental, a estudante Anna Carollina Vieira Rodrigues, de apenas 10 anos, já transmitia uma mensagem clara e impactante: “Estamos falando sobre o Cerrado e a importância de cuidar dele, porque ele nos dá vida, água de nascentes e várias coisas. Se jogar uma bituca de cigarro ou acender uma fogueira, pode dar um fogo alto nas árvores, na grama e queimar a natureza, além de matar os bichinhos e poluir o ar”. A participação dos estudantes teve o papel estratégico de sensibilizar quem passava pelo local, além de formar jovens multiplicadores da cultura de preservação ambiental, especialmente nas comunidades rurais onde muitos deles vivem.

A estratégia com as crianças surtiu efeito nos motoristas. Vicente Andrade, 62, representante técnico comercial, elogiou a iniciativa: “Foi bacana, principalmente com a participação das crianças, que estão em um período de assimilar esses detalhes. Uma boa iniciativa dos órgãos competentes, é importante essa educação ambiental aqui no DF, principalmente neste período muito seco.” Carlos Roberto, 48, armador, concordou: “É bom porque o pessoal fica mais consciente das coisas. O lixo deve ser recolhido pelos caminhões, temos que cuidar do que é nosso”.

Coleta Garantida e Conscientização Essencial

Durante a operação, os veículos foram primeiramente abordados pelo DER-DF e, em seguida, pelos representantes das diversas instituições. Entre as orientações passadas, a destinação correta dos resíduos foi um ponto-chave, com o SLU desempenhando seu papel crucial na coleta diária e na disponibilização de equipamentos de captação de inservíveis pela cidade, serviços que a população pode consultar gratuitamente pelo aplicativo SLU Coleta DF.

Andréa Almeida, diretora técnica do SLU, ressaltou a importância desse trabalho contínuo: “O papel do SLU é justamente no combate do descarte irregular, frisando a proibição de queima desses materiais. É um trabalho que precisa ser feito o ano todo, porque na época de chuva, o mesmo material que é foco de incêndio causa entupimento de bueiros e proliferação de vetores, em especial da dengue. A gestão de resíduos sólidos é papel de todos, e a população precisa fazer sua parte e colaborar. Realmente, o que a gente precisa é de consciência.

Protegendo a Vida do Cerrado

Com um foco especial na proteção do Jardim Botânico de Brasília, a blitz busca reduzir os focos de incêndio e as áreas queimadas na região, que faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) das bacias do Gama e Cabeça de Veado. Este ecossistema vital de 5 mil hectares abriga uma biodiversidade impressionante, com 1,8 mil espécies de plantas e 500 de animais, além de três captações de água dentro da estação ecológica.

Allan Freire, diretor-presidente do Jardim Botânico, afirmou que o alcance promovido pela união dos órgãos governamentais no espaço está alinhado à missão do JBB, que visa a uma educação ambiental com lazer orientado à biodiversidade, pesquisa e conservação do Cerrado. “Nossa equipe faz um trabalho incrível, mas sabemos que tem um alcance limitado. Ao levar isso para mais pessoas, com as crianças falando com a família, começa uma conscientização de verdade. O Jardim Botânico é uma das unidades de conservação mais importantes do DF, garante um ar mais puro, abastecimento de água e uma qualidade de vida melhor. Cuidar do meio ambiente e preservar o Cerrado faz com que tudo isso chegue para a população.

Estevão Souza, diretor de Biodiversidade do Jardim Botânico, reforçou a necessidade de compreensão ecológica, especialmente com o crescimento da região, com novos condomínios e vias de trânsito. “Os incêndios florestais que acontecem nesse período de seca são sempre não naturais: 95% são criminosos causados pela ação humana, voluntária ou não”, alertou. “Todos vimos o que aconteceu no ano passado com as queimadas, aquela fumaceira e os problemas de saúde atrelados. É importante conscientizar, porque infelizmente a gente está em um período de mudança climática em que a tendência é piorar, impactando na nossa biodiversidade.

Essa operação conjunta é um testemunho da dedicação do GDF e seus parceiros em proteger o patrimônio ambiental do DF e garantir a qualidade de vida de seus cidadãos, educando para um futuro mais sustentável.

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