O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, manifestou nesta quinta-feira (6) a expectativa do governo por uma redução na Taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 9 e 10 de dezembro.
O posicionamento veio um dia após o Copom, por unanimidade, decidir manter a taxa básica de juros em 15% ao ano. Este é o terceiro encontro consecutivo em que o patamar é mantido, e a Selic segue no nível mais alto desde julho de 2006.
Críticas e otimismo econômico
Alckmin, que participava de um evento em Minas Gerais, criticou o atual nível da taxa de juros, mas se mostrou otimista quanto à transitoriedade da situação.
“A taxa de juros está muito elevada. Esperamos que na próxima reunião do Copom ela já comece a curva de redução, ela retrai a atividade econômica, especialmente bens duráveis de custo mais alto, mas acho que será transitório,” disse o vice-presidente.
Ele citou indicadores positivos do Brasil que justificariam a queda dos juros, como a safra agrícola recorde (17% acima da anterior), a queda do dólar e a desaceleração da inflação.
Justificativa do Banco Central
Em sua nota, o Banco Central justificou a manutenção da Selic citando a incerteza no ambiente externo, principalmente devido à política econômica dos Estados Unidos, que tem reflexos nas condições financeiras globais.
No cenário doméstico, o BC destacou que, apesar da desaceleração da atividade econômica, a inflação continua acima da meta. Isso sinaliza, na visão da autoridade monetária, que os juros permanecerão altos por um período prolongado, em linha com a política de combate à inflação. A manutenção da Selic afeta diretamente o custo do crédito para empresas e consumidores em todo o Distrito Federal e no Brasil.

