A Anvisa autorizou o registro de um novo teste rápido para hantavirose, capaz de identificar a infecção em 20 minutos. A expectativa é que o diagnóstico acelerado ajude a reduzir a letalidade da doença, que hoje mata quatro em cada dez pessoas infectadas no país.
O teste, chamado TR Hantavírus IgM Bio-Manguinhos, foi desenvolvido com recursos públicos pela Fiocruz — por meio de Bio-Manguinhos e do Instituto Oswaldo Cruz — em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, via Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho. O registro da Anvisa valida a eficácia, a segurança e a qualidade do produto, além de autorizar sua comercialização.
O kit inclui um suporte para coleta de uma gota de sangue e um frasco com a solução reagente. Segundo a Fiocruz, a aprovação permitirá que Bio-Manguinhos escale a produção conforme a demanda do SUS. A instituição destaca que a detecção precoce é crucial para diminuir complicações e aumentar a chance de sobrevivência.
Transmissão e risco
A hantavirose é definida pelo Ministério da Saúde como uma zoonose viral aguda, capaz de causar uma síndrome cardiopulmonar grave. No Brasil, a forma mais comum de transmissão ocorre pela inalação de partículas virais presentes em urina, saliva e fezes de roedores silvestres.
A Fiocruz aponta que os casos estão frequentemente associados a áreas rurais e atividades como limpeza de casas e galpões fechados, desmatamento, preparo da terra para plantio e práticas de ecoturismo. Quanto mais rápido o diagnóstico, maior a chance de intervenção médica eficaz.

