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economia

Banco Central busca novo modelo de financiamento para imóveis

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Foto/Imagem: © Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Reporter: Fabíola Fonseca

Diante da contínua retirada de recursos da caderneta de poupança, o Banco Central (BC) está desenvolvendo um modelo alternativo de financiamento para a casa própria. A informação foi divulgada nesta terça-feira (10) pelo presidente do órgão, Gabriel Galípolo, que indicou a busca por soluções inovadoras para o setor imobiliário.

Uma proposta está sendo discutida ativamente com as instituições financeiras, conforme revelou Galípolo. “Estamos trabalhando nisso, conversando com os bancos, especialmente a Caixa, e pretendemos apresentar em breve um processo ponte que vai utilizar a captação de mercado para normalizar isso as fontes de financiamento para o setor imobiliário“, afirmou durante um evento de inovação financeira da Febraban, em São Paulo.

Embora a poupança tenha registrado mais depósitos que saques em maio, com um saldo positivo de R$ 336,87 milhões, o cenário geral do ano é de esvaziamento. De janeiro a maio, os brasileiros sacaram R$ 51,77 bilhões a mais do que depositaram, indicando uma tendência preocupante para as fontes tradicionais de financiamento.

Para o presidente do BC, a diminuição dos recursos na poupança representa uma mudança estrutural e definitiva no comportamento dos investidores. “Acho que a perda de recursos é mais estrutural, já que é difícil de competir com outras alternativas hoje. Parece natural, com mais educação financeira, a redução de recursos da poupança“, explicou Galípolo, apontando para uma maior sofisticação do investidor brasileiro.

Desde 2021, a caderneta de poupança tem registrado mais saques do que depósitos. Entre os fatores que contribuem para essa perda de interesse estão os juros altos, que tornam outras aplicações mais atrativas, e a crescente oferta de investimentos de baixo risco com maior rentabilidade, como os títulos do Tesouro Direto, que oferecem melhores retornos aos poupadores.

Atualmente, 65% dos recursos depositados na poupança são direcionados ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Essa modalidade é responsável por financiar imóveis de até R$ 1,5 milhão com juros de até 12% ao ano, sendo crucial para o acesso à moradia de grande parte da população.

Imóveis com valores acima de R$ 1,5 milhão são financiados por meio do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), que utiliza recursos provenientes do mercado, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI). Essa diversificação de fontes é fundamental para atender a diferentes faixas do mercado.

A discussão sobre um modelo alternativo de financiamento ganha ainda mais relevância num momento em que o governo propõe a taxação em 5% do Imposto de Renda sobre as LCI, que atualmente são isentas de tributos. Essa medida pode impactar a atratividade desses títulos e, consequentemente, a captação de recursos para o SFI.

economia

Rendimento médio atinge recorde no Brasil, mas desigualdade persiste

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BC
Foto/Imagem: © Marcello Casal JrAgência Brasil

Uma análise detalhada do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada nesta sexta-feira (13) no boletim “Emprego em Pauta”, revela um cenário econômico com avanços e desafios. O rendimento médio dos brasileiros alcançou R$ 3.270 no quarto trimestre de 2024, marcando o maior valor já registrado no país.

O levantamento do Dieese mostra que, após um período de relativa estabilidade entre 2014 e 2022 – com as exceções dos anos de 2020 e 2021, fortemente impactados pela crise pandêmica –, houve um crescimento notável. De 2022 a 2024, o rendimento médio das pessoas ocupadas registrou um aumento de 7,5%.

No entanto, o boletim lança um alerta crucial: apesar do crescimento médio, os que ganhavam menos foram os menos beneficiados. Enquanto o aumento geral ficou em 7,5%, para os ocupados com os menores rendimentos, o acréscimo foi de apenas R$ 76 mensais. Em contrapartida, para os 10% com maiores rendimentos, o ganho foi 12 vezes maior, alcançando R$ 901 mensais. Essa disparidade evidencia que, mesmo com o recorde do rendimento médio, a desigualdade de renda persiste e se aprofunda.

A pesquisa revela ainda que, no último trimestre de 2024, quase um terço dos ocupados continuava a receber, no máximo, um salário mínimo. Este dado é especialmente preocupante quando se observa que os preços de itens básicos de consumo cresceram em ritmo mais acelerado do que a média da inflação, afetando diretamente e de forma mais severa a população de menor poder aquisitivo.

Diante desse quadro, o Dieese reforça a necessidade de medidas mais incisivas. “Por isso, políticas que incentivem a criação de empregos formais, a valorização do salário mínimo e o uso de instrumentos de negociação coletiva são fundamentais para a melhoria da vida dos brasileiros”, destaca o texto do boletim.

Os dados do Dieese trazem uma leitura complexa da realidade econômica brasileira: enquanto o país comemora um rendimento médio recorde, o desafio da desigualdade e da baixa valorização dos menores salários permanece urgente e exige atenção prioritária das políticas públicas.

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esporte

Bruninho e Rosângela Santos são os primeiros embaixadores dos Jogos da Juventude 2025 em Brasília

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Foto/Imagem: © Alexandre Loureiro/COB/Direitos Reservados

O futuro do esporte brasileiro ganha um reforço de peso! O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) anunciou nesta sexta-feira (13) os primeiros embaixadores da edição 2025 dos Jogos da Juventude: o lendário levantador e três vezes medalhista olímpico com a seleção masculina de vôlei, Bruninho, e a velocista Rosângela Santos, medalhista de bronze no revezamento 4×100 metros nos Jogos de Pequim (2008). Uma escolha que promete inspirar milhares de jovens atletas.

Daniel Santiago, gerente dos Jogos da Juventude, celebrou a escolha dos ídolos: “A presença de ídolos como Bruninho e Rosângela é, sem dúvida, um diferencial enorme. Eles representam não apenas a excelência esportiva, mas também trajetórias de vida inspiradoras, o que é fundamental para motivar os jovens atletas. Ter referências tão positivas demonstra o compromisso do COB em oferecer uma experiência completa e enriquecedora, que vai além das competições”.

Bruninho, um dos maiores nomes do vôlei mundial, expressou sua satisfação com o convite: “Fiquei muito feliz com o convite do Comitê Olímpico e será muito bacana poder estar com essa molecada lá em Brasília [sede da competição]. São mais de 2 milhões de estudantes envolvidos nas prévias e cerca de 5 mil representarão os seus estados. Tenho certeza que vai ser demais”.

A velocista Rosângela Santos, por sua vez, relembrou a importância fundamental dos Jogos da Juventude no início de sua própria trajetória de sucesso. “Às vezes, nós, atletas, não paramos para pensar como começamos e hoje vejo a importância da competição na minha carreira. Minha experiência nos Jogos da Juventude me levou para os Jogos Pan-americanos. E, no ano seguinte, estava nos Jogos Olímpicos Pequim 2008, onde eu viria a me tornar medalhista”, destacou, sublinhando o papel dos Jogos como trampolim para grandes conquistas.

A edição 2025 dos Jogos da Juventude, que promete ser um espetáculo de talentos, reunirá cerca de 4.000 jovens atletas de 15 a 17 anos de todos os cantos do país. O evento será realizado entre os dias 10 e 25 de setembro em Brasília, transformando a capital em um grande palco esportivo. Os jovens competirão em 20 modalidades: águas abertas, atletismo, badminton, basquete, ciclismo, esgrima, futsal, ginástica artística, ginástica rítmica, handebol, judô, natação, remo virtual, taekwondo, tênis de mesa, tiro com arco, triatlo, vôlei de praia, vôlei e wrestling.

A presença de Bruninho e Rosângela Santos não só eleva o prestígio do evento, mas também inspira uma nova geração de atletas a perseguir seus sonhos, mostrando que a dedicação e o talento podem levá-los aos mais altos patamares do esporte.

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