A quarta-feira (26) terminou com um sorriso largo no mercado financeiro. O Ibovespa alcançou 158.555 pontos, alta de 1,7%, e consolidou um novo recorde histórico de fechamento. O movimento foi puxado pela melhora do cenário internacional e pela volta das apostas de corte de juros nos Estados Unidos em 2025, fator que costuma atrair capital estrangeiro para países emergentes.
O dólar também entrou no clima. A moeda caiu 0,77%, encerrando o dia a R$ 5,335, depois de oscilar pela manhã e perder força à tarde. Com isso, acumula queda de 0,84% em novembro e recuo expressivo de 13,67% em 2025. A desvalorização global da divisa norte-americana reforçou o alívio interno.
A expectativa de que o Federal Reserve reduza juros em dezembro continua sendo o motor dessa onda de otimismo. Quando economias avançadas aliviam suas taxas, investidores tendem a buscar retornos maiores em mercados como o brasileiro — e a bolsa sente o impacto imediato.
Apesar de o ambiente global ter guiado o dia, os fatores domésticos também ajudaram. O IPCA-15 de novembro subiu 0,2%, resultado que trouxe a inflação acumulada em 12 meses para 4,5%, de volta ao teto da meta. O número reforçou as apostas de que o Banco Central pode começar a cortar a Selic já em janeiro, movimento que costuma estimular a migração de recursos da renda fixa para a renda variável.
O conjunto de dados colocou mais combustível na bolsa e fortaleceu o real. Em resumo, foi um daqueles dias em que cenário externo e interno caminharam na mesma direção — e o investidor agradeceu.

