A Câmara de Comércio dos Estados Unidos e a Câmara Americana de Comércio no Brasil (AmCham Brasil) divulgaram uma nota conjunta criticando a taxação de 50% sobre todas as exportações brasileiras para os EUA, anunciada pelo presidente Donald Trump para entrar em vigor a partir de 1º de agosto.
Segundo as entidades, o “tarifaço” não só encareceria produtos essenciais para os consumidores americanos, mas também impactaria negativamente as cadeias de suprimentos e a competitividade de importantes indústrias dos Estados Unidos.
A nota destaca a profunda interdependência econômica entre os dois países: “Mais de 6,5 mil pequenas empresas nos EUA dependem de produtos importados do Brasil, enquanto 3,9 mil empresas americanas investem no país. O Brasil é um dos 10 principais mercados para as exportações dos EUA e o destino de quase US$ 60 bilhões em bens e serviços americanos todos os anos.”
As câmaras de comércio apelam para que os governos de ambos os países iniciem negociações e evitem a implementação das tarifas. Elas alertam que “impor tais medidas em resposta a tensões políticas mais amplas corre o risco de causar danos reais a uma das relações econômicas mais importantes dos Estados Unidos e estabelece um precedente preocupante.”
Para as instituições, uma relação comercial estável e produtiva entre as duas maiores economias do Hemisfério beneficia os consumidores e sustenta empregos e a prosperidade mútua.
