A Dívida Pública Federal (DPF) registrou queda em setembro, encerrando o mês em R$ 8,122 trilhões. Segundo o Tesouro Nacional houve um recuo de 0,28% em relação a agosto (R$ 8,145 trilhões).
A redução é atribuída, principalmente, ao alto volume de vencimentos de títulos vinculados aos juros, especialmente aqueles atrelados à Taxa Selic. Em setembro, o Tesouro resgatou R$ 100,06 bilhões a mais em títulos do que emitiu.
A queda no estoque da dívida interna (DPMFi) foi de 0,31%, passando para R$ 7,82 trilhões. No entanto, a apropriação de R$ 75,77 bilhões em juros — reflexo da Selic em 15% ao ano — compensou parte da redução, pressionando o endividamento do Brasil.
Com a concentração de vencimentos de títulos prefixados no início do trimestre, houve uma alteração na composição da DPF:
- Títulos atrelados à Selic: Recuaram de 49,29% para 47,47%.
- Títulos prefixados: Subiram de 20,95% para 22,02%.
- Títulos corrigidos pela inflação: Subiram de 26,10% para 26,81%.
A Dívida Pública Federal externa (DPFe) registrou um ligeiro aumento de 0,43%, totalizando R$ 301,53 bilhões, influenciada pela valorização do dólar no período.
O Tesouro Nacional informou que o colchão da dívida pública (reserva de liquidez) recuou de R$ 1,13 trilhão para R$ 1,03 trilhão, cobrindo 9,33 meses de vencimentos.
Em um sinal de maior confiança, o prazo médio da DPF aumentou de 4,09 para 4,16 anos. Prazos maiores indicam que os investidores acreditam na capacidade do governo de honrar seus compromissos a longo prazo.
Com a menor tensão no mercado financeiro global, a participação de investidores estrangeiros (não-residentes) na Dívida Pública Interna subiu, passando de 9,83% em agosto para 10,19% em setembro.

