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Em Brazlândia

Festa do Morango começa nesta sexta (6) e deve reunir mais de 500 mil pessoas

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Festa do Morango
Foto/Imagem: Tony Winston/Agência Brasília


Gastronomia, artesanato e cultura são palavras-chave da programação da 28ª edição da Festa do Morango, em Brazlândia. O evento já faz parte do calendário brasiliense e, neste ano, será realizado em dois finais de semana de setembro, entre os dias 6 e 8 (sexta a domingo) e de 12 a 15 (quinta a domingo), na Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão (Arcag), entidade responsável pela organização do festejo. A entrada é gratuita.

Mais de 40 produtores rurais foram selecionados pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF) para participar da festa, comercializando o morango in natura e produtos derivados, como geleias, tortas, fondues doces, sucos, sorvetes e até bebidas alcoólicas, como licores e chopes. Além das delícias feitas com a fruta, haverá uma praça de alimentação com outras opções para os visitantes.

Segundo a administradora regional de Brazlândia, Luciana Lima, a expectativa é que cerca de 500 mil pessoas participem do evento. “A festa é um sucesso e cresce um pouco mais a cada ano. Temos buscado meios para atender todos os públicos da melhor forma possível, com estruturas adaptadas para pessoas com deficiência”, afirma.

Considerada a capital do morango, Brazlândia é responsável por cerca de 96% da produção do Distrito Federal. A região administrativa produziu 6.310 toneladas do fruto em 2023, enquanto o total desenvolvido em todo o DF foi de 6.589 toneladas. Além disso, 502 dos 559 produtores brasilienses desenvolvem o fruto na cidade, em 176,69 hectares de área plantada. As espécies mais cultivadas no DF são Camarosa, San Andreas, Portola, Festival, Camino Real, Sabrina, Alpina 10 e Tudla.

“A Festa do Morango representa a pujança da nossa agricultura e é uma tradição que aquece a economia da nossa cidade. Milhares de pessoas todos os anos comparecem à festa, aquecendo o comércio da região, fomentando o escoamento da produção, gerando emprego e renda, e incentivando o turismo. Sem contar que ajuda a divulgar a produção agro do DF, que, com incentivos do GDF, cresce a cada ano”, destaca a vice-governadora Celina Leão.

Além do suporte da Emater-DF, com a seleção e organização dos produtores rurais, e da Administração Regional de Brazlândia, com a preparação logística da área do evento, o festejo também conta com o apoio de outros órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), como a Secretaria de Agricultura (Seagri-DF), o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), o Corpo de Bombeiros (CBMDF) e a Polícia Militar (PMDF).

Experiência única

Já imaginou saborear um morango que você mesmo colheu? Esse é o propósito da experiência Colha & Pague, em que os visitantes poderão degustar as frutas em propriedades selecionadas pela Emater-DF. A atividade faz parte da Festa do Morango e deve ocorrer no dia 14 de setembro, com duas turmas de 30 pessoas, totalizando 60 integrantes, sendo uma no período matutino e outra no vespertino. Os interessados devem entrar em contato com a organização do festejo.

Uma das propriedades que vai oferecer a experiência Colha & Pague será a do agricultor Leonardo Gomes, 39 anos. Localizada no Núcleo Rural Alexandre Gusmão, a chácara conta com 30 mil pés de morangos do tipo Sabrina, de origem espanhola, e 10 mil do tipo San Andreas, de origem americana. As duas variedades apresentam sabores e aromas acentuados e são consideradas mais resistentes a pragas e intempéries da natureza.

“Quem vier vai poder comer morangos grandes, gostosos, bonitos. Todo mundo que compra sempre elogia”, define o produtor, que cultiva a fruta e outras culturas junto ao pai há mais de duas décadas. “A plantação do morango é mais difícil de manter porque muitas coisas podem interferir no resultado e precisamos estar de olho sempre. Se chove mais cedo ou mais tarde que o esperado, atrapalha a safra, por exemplo. Mas é uma fruta que dá gosto de plantar, porque o clima e a altura de Brazlândia são muito favoráveis”, completa.

Segundo o engenheiro agrônomo e gerente da Emater-DF, Claudinei Vieira, a tradição do plantio de morangos em Brazlândia surgiu justamente pela alta altitude da região, que é, em média, de 1.200 metros. Outros fatores também contribuíram para a propagação da cultura, como a variação térmica e o fotoperíodo (duração do dia em relação à noite num período de 24 horas). Ele afirma que o cultivo da fruta movimenta a economia da cidade e é a principal fonte de renda de centenas de agricultores.

A Emater-DF está presente nas propriedades com orientação técnica em todas as etapas da produção, desde a escolha das sementes e espécies que serão priorizadas até o suporte na aplicação de tecnologias para extinguir pragas. “Temos espécies que são melhores para consumo in natura, outras são mais indicadas para doces e geleias. Nós conversamos com os produtores para analisar o mercado que eles querem alcançar, escolhemos a variedade e, a partir disso, vamos trabalhar juntos na análise do solo, na adubação, no manejo das pragas, no cuidado em geral”, afirma Vieira.

Programação

Diversas apresentações musicais vão agitar as noites da Festa do Morango. Estão confirmados nomes como Leonardo, Dilsinho, Trio Parada Dura, César Menotti & Fabiano, Grelo e Gino & Geno. Os horários de cada atração serão divulgados no Instagram.

Além da experiência Colha & Pague e dos estandes de produtos agrícolas, o evento terá um espaço para exposição de artesanatos produzidos por produtores rurais de Brazlândia e Ceilândia, e uma área dedicada à exposição e venda de flores e plantas ornamentais. Haverá ainda um parque de diversões para a criançada e um passeio ciclístico, agendado para 7 de setembro, às 9h, com concentração na entrada da cidade.

Serviço

28ª Festa do Morango de Brazlândia
Data: 6 a 8 de setembro (sexta a domingo) e 12 a 15 de setembro (quinta a domingo)
Horário: 18h à 1h (sextas-feiras) e das 10h às 15h (demais dias)
Local: Sede da Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão (Arcag)
Endereço: BR-080, km 13 – Brazlândia
Entrada: Gratuita
Classificação: Livre

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Eventos esportivos alteram o trânsito no domingo (15)

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Foto/Imagem: Detran-DF

No domingo (15), na Esplanada dos Ministérios, a partir das 7h, será realizada a 34ª Corrida do Fogo do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). O evento contará com percursos de 5 km e 10 km, pelas vias: S1, Palácio Presidencial e N1. A largada e a chegada dos participantes ocorrerão na altura do Museu da República.

A partir das 6h30, as equipes do Detran-DF vão interditar a via S1, na altura do Museu da República, e o fluxo de veículos será desviado para a via L2 Sul. O tráfego de veículos da via L2 Sul, sentido Esplanada, será direcionado para o Buraco do Tatuí.

Na Esplanada, a faixa mais à direita será destinada à saída de veículos oriundos dos Ministérios. O fluxo seguirá até na altura do Itamaraty, onde será desviado para a via S2. O acesso ao estacionamento da Catedral será permitido apenas pelo túnel da Cúria, na via S2.


Na via N1, o bloqueio ocorrerá desde o quartel do CBMDF até na altura da L2 Norte. Os acessos à N1, pela via Palácio Presidencial e pela L4 Norte ficarão fechados. Na N1, a faixa mais à direita, a partir do quartel do CBMDF, será destinada à saída de veículos de emergência. As demais faixas serão utilizadas pelos participantes do evento. As equipes do Detran-DF também farão a interdição de duas faixas na via Palácio Presidencial até na altura do Palácio do Jaburu. A previsão é que as interdições nas vias ocorram até as 13h.

Corrida do Gari

Neste domingo (15), em razão da Corrida do Gari, o Detran-DF fará interdições no Eixo Monumental. O evento esportivo contará com percurso de 6 km. A largada e a chegada ocorrerão na Praça do Palácio do Buriti.


A partir das 6h30, os agentes de trânsito farão a interdição de três faixas das vias S1 e N1, próximas ao canteiro central, entre a Feira da Torre de TV e a via de ligação S1/N1, localizada entre a Catedral Rainha da Paz e a Praça do Cruzeiro. As demais faixas permanecerão liberadas para o tráfego de veículos. A previsão é que as interdições ocorram até as 10h.

6º Gran Fondo Brasília

No domingo (15), a partir das 6h, será realizado o evento de ciclismo 6º GF Brasília, com percursos de 80 km e 120 km. A largada e a chegada ocorrerão na Orla da Ponte JK. A previsão é que mil atletas participem da competição.


A partir das 5h30, as equipes do Detran-DF farão o fechamento do acesso da via N1 para a via L4 Sul. As demais ações de trânsito serão realizadas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) e pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

*Com informações do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF)

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AMBIENTE

Brasília se veste de roxo com a magia dos ipês na capital da seca

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Foto/Imagem: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Prepare-se para o espetáculo! Brasília já começou a se pintar de cores vibrantes, anunciando a chegada da tão esperada temporada de floração dos ipês. Esses verdadeiros cartões-postais do Distrito Federal transformam a paisagem da capital, rendendo incontáveis posts nas redes sociais e despertando um encantamento diário na população. Em meio à aridez da seca, a beleza exuberante dessas árvores é um presente para os olhos e a alma, um lembrete vívido da resiliência do nosso Cerrado.

O ipê-roxo é o primeiro a dar o ar da graça, entre junho e agosto. Sua cor vibrante e intensa colore ruas e avenidas, criando um contraste fascinante com o céu azul profundo, outra marca registrada de Brasília. É um convite irrecusável para registrar a beleza efêmera que a natureza nos oferece. Em breve, a cidade se prepara para receber os tons dourados do ipê-amarelo (de julho a setembro) e a delicadeza do rosa e do branco (ambos de agosto a outubro), garantindo uma capital florida por meses.

Essas majestosas árvores-símbolo podem ser admiradas em diversos pontos do “Quadradinho”, como nas icônicas tesourinhas da SQS 114, SQS 705, SQS 910/911, SQN 206, e ao longo da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB). O ipê-roxo é um xodó dos brasilienses, e não é para menos: essa espécie existe em todos os biomas brasileiros, mostrando sua incrível adaptabilidade a diferentes climas e altitudes, fatores que influenciam seu glorioso período de floração. Podendo atingir até 15 metros de altura e viver por 50 anos, cada ipê é um monumento vivo.

Para garantir que a capital continue exuberante, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) tem um papel fundamental. Entre 2016 e 2023, mais de 93,8 mil mudas de ipês foram plantadas no DF, fruto de um programa de arborização contínuo que abrange todas as regiões administrativas. O plantio, estrategicamente realizado no período chuvoso (de outubro a março), facilita o enraizamento e prepara as mudas para o desafio da estiagem, enquanto os cuidados regulares, como roçagem e manejo de pragas, asseguram o crescimento saudável dessas joias da natureza.

O engenheiro florestal Leonardo Rangel da Costa, da Novacap, explica a magia por trás dessa resistência: “As espécies do Cerrado têm uma particularidade que é a acidez do solo. O nosso solo é pobre em nutrientes, que não estão amplamente disponíveis para a planta. As espécies do Cerrado são bem-adaptadas a isso e conseguem crescer e florescer mesmo diante da seca, deixando a cidade ainda mais bonita.” Ele ainda destaca uma feliz coincidência deste ano: o início da floração dos ipês-roxos praticamente alinhou-se com o Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho, reforçando a conexão da cidade com a natureza. “A diversidade de espécies ajuda a sempre termos a cidade florida”, pontua Rangel, mencionando também o raro ipê-verde, que floresce em meados de setembro.

A beleza dos ipês-roxos é inegável, como presenciou Lília Regina Bezerra, aposentada de 61 anos, encantada por uma árvore exuberante próxima ao Templo da Boa Vontade, na SGAS 915. Mesmo com a dúvida inicial sobre ser um ipê ou uma paineira, Lília tinha uma certeza: “Cada cor traz a sua marca, o seu brilho, a sua forma de nos traduzir um sentimento. Eles alegram o dia, nos lembram de coisas boas. Às vezes na rotina, naquele estresse do dia a dia, essas árvores nos tiram daquela coisa sorumbática, nos deixam mais alegre, com o olhar mais colorido. O ipê traz um sinal de vida.” Ela ainda ressaltou o planejamento urbano de Brasília: “não é à toa que estão plantadas as árvores – acho que isso foi pensado justamente para quebrar a rigidez da construção, com a sutileza, a delicadeza da natureza”.

Acácia dos Santos, trabalhadora doméstica de 32 anos, compartilha desse sentimento, aproveitando sempre para fotografar as árvores. “Tem um muito bonito aqui na SQS 207, perto do Eixo”, conta. “Eu desço de manhã cedo para levar minha filha à escola e sempre o vejo. Acho lindo esse tempo aqui em Brasília. E não tenho preferência [pela cor dos ipês], gosto de todas”. A florada dos ipês é, sem dúvida, um presente visual e emocional que a capital oferece a seus moradores e visitantes, transformando a época da seca em um espetáculo de cor e esperança.

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