O Hospital Regional de Taguatinga (HRT) promoveu, no último fim de semana, um mutirão de colposcopias para diagnóstico e início do tratamento de cânceres ginecológicos. A ação, que atendeu 174 mulheres no Ambulatório de Alta Complexidade em Oncologia, fez parte da campanha Setembro em Flor, organizada pela Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) em parceria com o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA).
Realizados no sábado (27) e domingo (28), os exames foram conduzidos por servidores e voluntários. A colposcopia é indicada para pacientes que apresentam alterações no exame preventivo (Papanicolau). O procedimento utiliza lentes de aumento que permitem observar o colo do útero em detalhe e identificar lesões invisíveis a olho nu. Quando necessário, o médico pode coletar biópsias para confirmação diagnóstica.
A cirurgiã oncológica do HRT e coordenadora do mutirão, Rayane Cardoso, destacou a importância da iniciativa. “A colposcopia detecta com mais precisão alterações nas pacientes. Além de realizar o exame, conseguimos iniciar o tratamento de forma precoce e evitar que a lesão evolua para um câncer de colo de útero”, afirmou.
Entre as atendidas estava Maria, 22 anos, encaminhada pela UBS de referência em Samambaia. “O agendamento foi muito rápido. Em menos de uma semana já estava realizando o exame. Durante todo o processo, fui muito bem atendida. Essa agilidade para o diagnóstico precoce foi essencial para mim”, contou.
Durante setembro, a SES-DF e o Grupo EVA promoveram diversas ações de prevenção e diagnóstico de cânceres que afetam o colo do útero, endométrio, ovários, vagina e vulva. Entre as atividades estiveram palestras, orientações, vacinação contra HPV, caminhada de conscientização e atendimentos oncológicos.
O câncer de colo do útero, frequentemente associado ao HPV (papilomavírus humano), é o mais prevalente entre os ginecológicos. Para prevenir, duas medidas são fundamentais: a vacinação e o exame preventivo regular. Na rede pública do DF, a vacina contra HPV está disponível gratuitamente para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Até o fim deste ano, jovens de 15 a 19 anos também poderão se vacinar. O imunizante é igualmente indicado para pessoas vivendo com HIV ou aids, pacientes transplantados e em tratamento oncológico.

