back to top
24 C
Brasilia
segunda-feira, 15 dezembro 2025, 21:58:47
Publicidade
Publicidade

Janeiro Roxo promove conscientização sobre a Hanseníase

Publicado em:

Notícias relacionadas

Número de gestantes com HIV no Brasil aumenta 37% em dez anos

O número de grávidas com HIV no Brasil vem...

Consumo de álcool em excesso representa risco ao coração

Festas de fim de ano e férias são consideradas...

IGESDF fortalece enfrentamento à Covid-19 com 60 novos leitos

Abertura de 60 novos leitos exclusivos para pacientes com...

Venenos de insetos podem ajudar no tratamento da tuberculose

Pesquisa financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e...
Publicidade

Com tempo de incubação de até 20 anos e capaz de causar sérias lesões incapacitantes, a hanseníase é a doença no foco da campanha do Janeiro Roxo. O objetivo é conscientizar sobre os sintomas e a importância do tratamento, além de combater a desinformação e o preconceito. Na capital, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Saúde (SES-DF), ampliou a capacidade de atendimento, possibilitando diagnóstico e cuidado precoces. Em 2023, foram 165 casos confirmados.

“Essa é uma doença que as pessoas conhecem pouco. Elas podem estar contaminadas sem saber”, afirma a coordenadora de Atenção Primária da SES-DF, Sandra França. A partir deste Janeiro Roxo, as equipes da Saúde da Família (eSF) expandiram o monitoramento da hanseníase até nas visitas domiciliares. “Procuramos levar uma abordagem inicial por meio dos Agentes Comunitários de Saúde [ACS], que podem fazer a primeira observação dos sinais sugestivos da doença e o encaminhamento à Unidade Básica de Saúde [UBS]”, completa a coordenadora.

Como o DF é uma região com baixa ocorrência da hanseníase, apresentando taxa de 0,8 casos para cada 10 mil habitantes, o desafio de gestores é manter os profissionais da linha de frente capacitados a identificá-la corretamente. No ano passado, a “Carreta da Hanseníase”, um consultório itinerante para diagnóstico, percorreu diversas Regiões Administrativas e realizou 770 atendimentos, sendo identificados 14 casos positivos. O principal resultado, porém, foi o treinamento das eSF.

Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, a hanseníase tem tratamento garantido na rede pública, onde as 176 UBSs servem como portas de entrada. O tratamento dura de 6 a 12 meses, dependendo do diagnóstico. Em caso de gravidade, existe o apoio especializado nas policlínicas e hospitais da rede.

O preconceito, porém, prejudica a busca por ajuda. “Infelizmente, o imaginário social ainda perpetua conceitos errados sobre a doença, como a ideia de que o contato físico de uma pessoa com hanseníase irá transmitir a bactéria, o que não é verdade. O convívio social é um direito da pessoa com hanseníase e um dever de toda a sociedade”, lembra o enfermeiro Douglas Aquino, da equipe técnica da Subsecretaria de Vigilância à Saúde da SES-DF.

Newsletter

- Assine nossa newsletter

- Receba nossas principais notícias

Publicidade
Publicidade