A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que, a partir de junho, a bandeira tarifária vermelha patamar 1 será aplicada às contas de luz em todo o país. Com a medida, o consumidor pagará um acréscimo de R$ 4,463 a cada 100 kWh consumidos.
A decisão ocorre devido à redução na geração de energia hidrelétrica, consequência das chuvas abaixo da média nas principais bacias do país. Para suprir a demanda, será necessário acionar usinas termelétricas, que têm custo de geração mais elevado.
Entenda o que muda
Até maio, a bandeira vigente era amarela, que já representava um custo adicional de R$ 1,885 por 100 kWh. A última vez que a conta de luz esteve isenta de cobranças extras — com bandeira verde — foi entre dezembro de 2024 e abril de 2025, período de boas condições hidrológicas.
Com a piora das projeções de chuvas e o início do período seco, a geração hídrica perdeu força. “A previsão é de menor geração de energia pelas hidrelétricas, o que exige maior uso de fontes mais caras, como as termelétricas”, explicou a Aneel.
Sistema de bandeiras tarifárias
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza os custos variáveis da geração de energia no Brasil. Funciona como um “semáforo” para o bolso do consumidor:
Verde: sem cobrança extra
Amarela: acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh
Vermelha patamar 1: acréscimo de R$ 4,463
Vermelha patamar 2: acréscimo de R$ 7,877
As bandeiras são determinadas com base na previsão de chuvas, volume dos reservatórios e custo das fontes de geração disponíveis.