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quarta-feira, 6 agosto 2025, 18:45:48
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Setor elétrico Brasileiro alerta para risco de apagão

Publicado em:

Reporter: Fabíola Fonseca

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O sistema elétrico brasileiro pode enfrentar problemas para atender à demanda de energia nos horários de pico, especialmente no fim do dia, nos próximos cinco anos. Essa é a conclusão do Plano da Operação Energética (PEN 2025), divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O documento avalia as condições de suprimento do Sistema Interligado Nacional (SIN) entre 2025 e 2029 e destaca a urgência de leilões de potência.

Segundo o ONS, será preciso acionar usinas térmicas flexíveis para suprir a demanda no horário de pico. Entre as medidas alternativas consideradas, está o possível retorno do horário de verão, suspenso no governo Bolsonaro, cuja recomendação dependerá das projeções futuras.

O relatório aponta que a geração de energia cresceu no país, impulsionada por fontes intermitentes como a eólica, solar e a mini e microgeracão distribuída (MMGD). Contudo, a solar e a MMGD produzem menos energia no período noturno, justamente quando a necessidade de potência é maior.

 

Futuro da matriz elétrica e desafios operacionais

Para os próximos anos, o ONS estima um acréscimo de 36 Gigawatts (GW) na capacidade instalada, totalizando 268 GW até 2029. A MMGD, junto com a fonte solar, deve responder por 32,9% da matriz elétrica em 2029, tornando a energia solar a segunda maior fonte em capacidade instalada no SIN.

Essa mudança no perfil da matriz, com a crescente participação de renováveis, impõe novos desafios operacionais. O sistema exige maior flexibilidade, especialmente das usinas hidrelétricas, que são mais controláveis, além do despacho das termelétricas.

A avaliação do ONS é que o cenário atual exigirá a preparação do sistema para elevados montantes de despacho termelétrico no segundo semestre, principalmente a partir de outubro deste ano, para atender à demanda de potência. O documento alerta para a “necessidade de elevado despacho térmico adicional” e a provável “utilização da reserva de potência” ao longo do segundo semestre de 2025.

Apesar da necessidade de térmicas, o ONS não recomenda a inclusão de geração térmica com alta inflexibilidade ou longo tempo de acionamento nos próximos cinco anos. O SIN demanda cada vez mais flexibilidade para lidar com as rápidas variações de potência.

 

Leilões de potência e riscos futuros

Um leilão para a contratação de potência elétrica – o Leilão de Reserva de Capacidade – estava previsto para agosto do ano passado, mas foi suspenso devido a questões judiciais e ao cancelamento das regras pelo Ministério de Minas e Energia em abril.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que, caso uma nova portaria seja publicada, um novo leilão será coordenado por ela.

Para o horizonte estrutural (2026-2029), o PEN 2025 aponta um risco explícito de insuficiência na oferta de potência (LOLP). Esse indicador será violado em diversos períodos de todos os anos da avaliação, de agosto de 2026 a dezembro de 2026, de agosto de 2027 a abril de 2028 e de julho de 2028 a dezembro de 2029.

“É premente a realização de leilões anuais de reserva de capacidade na forma de potência, uma vez que os estudos do PEN 2024 já indicaram violação dos critérios de garantia de suprimento de potência em 2025, e os resultados do PEN 2025 mostram aprofundamento das violações com o decorrer dos anos avaliados”, conclui o documento do ONS.

 

Impacto de cargas especiais

O relatório também destaca a atenção necessária à inserção de cargas especiais no sistema, como data centers e plantas de hidrogênio verde. Essas instalações demandam alto suprimento de energia e possuem baixa flexibilidade, impactando tanto a garantia de suprimento de energia quanto de potência, especialmente no período de ponta noturno, onde o sistema já apresenta maior dificuldade de atendimento.

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