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Economia

IBGE ajusta dados de desemprego

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© Fernando Frazão/Agência Brasil

Nesta próxima quinta-feira (31), o Brasil conhecerá a taxa de desocupação do trimestre encerrado em junho, com uma importante novidade. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentarão uma reponderação com base nas informações do Censo 2022. Essa atualização provocará ajustes nos dados históricos da pesquisa.

A reponderação significa que o perfil populacional detalhado pelo Censo será incorporado à amostra de lares visitados pelos pesquisadores da Pnad Contínua. Isso pode causar alterações nas taxas de desemprego divulgadas nos últimos meses e afetará toda a série histórica, iniciada em 2012.

 

Por que a reponderação é necessária?

O IBGE explica que a atualização dos parâmetros populacionais é uma das principais finalidades dos censos demográficos. Com o Censo 2022, que revelou uma população de 203.080.756 pessoas, o instituto projeta que a população brasileira em 2024 era de 212,6 milhões de habitantes. No entanto, a Pnad, sem a atualização, estimava mais de 216 milhões, o que justifica a necessidade da reponderação.

“A reponderação da Pnad Contínua em 2025 considera os totais populacionais das projeções de populações divulgadas em 2024, que incorporam os resultados do último Censo, realizado em 2022. Como resultado, a série histórica dos indicadores será atualizada”, informou o IBGE.

Esse é um procedimento comum, adotado por institutos oficiais em diversos países após a realização de censos demográficos. No Brasil, também ocorreu em ocasiões especiais, como durante a pandemia de Covid-19, quando a metodologia de coleta da Pnad precisou ser adaptada.

Historicamente, as reponderações não costumam gerar mudanças significativas nos indicadores proporcionais, como a taxa de desocupação, com as variações se concentrando nas segundas ou terceiras casas decimais dos percentuais.

 

O Retrato do mercado de trabalho Brasileiro

A Pnad Contínua visita 211 mil domicílios em 3,5 mil municípios de todos os estados e do Distrito Federal a cada trimestre, buscando ser a principal pesquisa sobre o mercado de trabalho no país. É importante ressaltar que, pelos critérios do IBGE, só é considerada desocupada a pessoa que efetivamente procura emprego.

A pesquisa abrange informações de pessoas com 14 anos ou mais, considerando todas as formas de trabalho (com ou sem carteira assinada, temporário, por conta própria, etc.). Diferentemente do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a Pnad oferece um panorama mais amplo da ocupação no Brasil.

O dado de emprego mais recente da Pnad, divulgado em 27 de junho, mostrou que a taxa de desocupação no Brasil foi de 6,2% no trimestre encerrado em maio, o menor patamar da série histórica para o período. A menor taxa já registrada (considerando qualquer período) foi de 6,1% em novembro de 2024, enquanto a maior atingiu 14,9% em setembro de 2020 e março de 2021, durante o auge da pandemia.

 

O Censo 2022 em destaque

O Censo 2022, o retrato mais completo da população brasileira, trouxe informações cruciais para a reponderação da Pnad, como:

  • População Total: 203.080.756 pessoas.
  • Distribuição por Gênero: 51,5% mulheres; 48,5% homens.
  • Localização: 87,4% em área urbana; 12,6% em área rural.
  • Autodeclaração de Cor/Raça: 45,3% pardos, 43,5% brancos, 10,2% pretos, 0,6% indígenas e 0,4% amarelos.

Esses dados fundamentais agora serão integrados para oferecer uma visão ainda mais precisa do mercado de trabalho nacional.

Fonte em Foco. Nosso conteúdo jornalístico é complementado pelos serviços da Agência Brasil, Agência Brasília, Agência Distrital, assessorias de imprensa e colaboradores