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Fonte em Foco“Bom dia! Aqui é o bombeiro, combate à dengue!” É dessa maneira assertiva que 20 militares da corporação abordaram os moradores do Sol Nascente/Pôr do Sol, durante operação de combate ao mosquito Aedes aegypti efetuada na manhã de terça-feira (23). A ação faz parte de ampla campanha empreendida por diversos outros órgãos do GDF, visando diminuir o maior número de focos de água parada nas casas, evitando, assim, a proliferação do inseto que transmite a doença. Os trabalhos dessa gestão compartilhada envolvem cerca de 70 pessoas, trazendo diversas benfeitorias – de limpeza geral da cidade a um intenso serviço de orientação da população. E rendem bons frutos, como a redução de 66% de casos prováveis da doença em todo o DF.
Esse índice, apurado pelo Boletim Epidemiológico da Secretaria da Saúde (SES), compara o quadro atual com períodos semelhantes do ano passado. “O trabalho de rotina da Vigilância Ambiental não para, acontece o ano todo, atividade intensificada mais ainda com a união de todos esses órgãos do GDF juntos em prol de um mesmo objetivo”, observa o diretor da Vigilância Ambiental, Edgar Rodrigues de Souza. “É o GDF Presente levando saúde pública para a população”.
Entre as principais ações que motivaram a queda no número de contaminados pela dengue no Plano Piloto e no Entorno, destacam-se visitas domiciliares, manejo ambiental, retirada de inservíveis e entulhos, eliminação de sucatas, monitoramento de pontos estratégicos para o surgimento dos mosquitos, utilização do fumacê e levantamento de dados.
É importante o envolvimento da população nessas ações de prevenção e conscientização da Vigilância Ambiental, realizadas em parceria com as administrações e órgãos como SLU, DF Legal, Novacap, além das secretarias de Saúde, Cidades, Governo, Políticas Públicas e Desenvolvimento Social.
“As pessoas cooperaram, fizeram a sua parte, o que mostra que, contra o mosquito da dengue, é preciso que todos estejam envolvidos”, avalia o diretor da Vigilância Ambiental. “Nós trabalhamos muito o lado da conscientização. Se todo mundo reservar 10 minutos apenas de seu tempo para fazer as inspeções em casas, evitar a criação de depósitos de águas, teríamos cada vez menos casos de dengue.”
É o que tem feito a dona de casa Vera Célia, 46 anos, moradora do Setor de Chácaras 125, do Sol Nascente, onde recebeu os agentes da Vigilância Ambiental para visita de inspeção. Além de deixar o ambiente todo limpo e organizado, a moradora tem tomado cuidado para que água não acumule em vasilhas ou poças no chão.
“Temos que evitar que o mosquito tome conta da nossa casa, porque essa doença é perigosa”, afirma. “No ano passado, eu e meu marido tivemos dengue, ficamos muito mal. A gente faz a nossa parte, mas cabe ao vizinho também fazer a dele.”
A visita à casa de Vera teve ainda outra missão: averiguar a água de uma armadilha que foi instalada pela Vigilância Sanitária em seu quintal antes do carnaval. O pequeno recipiente com água e um produto químico vai além da função de capturar o mosquito enquanto ele é uma larva, evitando seu desenvolvimento. Serve também como uma espécie de termômetro, ou seja, um instrumento de prevenção e levantamento de dados sobre a presença desse invasor danoso numa região.
“De acordo com o resultado dessa aplicação, a gente pode intensificar outras atividades de combate ao mosquito num local, como a aplicação do fumacê, intensificação das visitas e orientações”, explica a agente da Vigilância Ambiental Nilde Pereira. “Nossa tarefa é trazer melhorias para a população. A saúde pública é muito importante, sobretudo quando se faz a prevenção.”
Vizinha de Vera no Setor de Chácara 125, a dona de casa Reginalda Xavier, 45 anos, considera o trabalho dos agentes da Vigilância Sanitária de extrema relevância social e sanitária. “Acho ótimo”, comemora. “É importante alertar as pessoas. Chega desse mosquito que já matou tanta gente”.
Os trabalhos de prevenção, orientação, limpeza, descarte de inservíveis e outras ações no combate à dengue no DF continuarão até esta sexta-feira (26) na região. A escolha das cidades onde serão realizadas as ações é norteada pelos boletins epidemiológicos divulgados pela SES.
Na próxima semana, equipes da Vigilância Sanitária e dos órgãos do GDF que fazem parte dessa operação visitarão Guará, Núcleo Bandeirante, Asa Norte, Asa Sul, Lago Norte e Sudoeste. Na segunda semana de março, a campanha vai ao Jardim Botânico, Paranoá e São Sebastião. A etapa seguinte contemplará Samambaia, Taguatinga, Santa Maria e Gama.
“É muito importante esse contato com a população, todos os dias, de casa em casa, conscientizando [os moradores] e eliminando possibilidades de reprodução do mosquito”, avalia o coordenador substituto do Núcleo de Vigilância Ambiental de Ceilândia, André Gomes Pereira. “Unidos, conscientizamos, tratamos e eliminamos o maior número possível de recipientes, carcaças de eletrodomésticos e automóveis. Com isso, diminuímos as filas de hospitais e mantemos melhor qualidade de saúde no DF.”
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