O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta terça-feira (30) que determinou a notificação imediata de todos os novos casos de intoxicação por metanol. A medida visa identificar e conter rapidamente a possível distribuição de bebidas adulteradas, que já causaram dez casos confirmados e três óbitos em São Paulo.
Padilha explicou que a notificação deve ser feita mesmo em casos de suspeita, sem a necessidade de um diagnóstico final. O objetivo é criar um “canal direto” com os Centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) dos estados para que o Ministério da Saúde possa monitorar a situação em tempo real.
Situação “anormal” e risco de contaminação
O ministro classificou o cenário atual como “anormal”, já que o número de casos de intoxicação por metanol em apenas um mês se aproxima do total anual registrado na série histórica do ministério. Normalmente, cerca de 20 casos são notificados por ano em todo o país.
Ele ressaltou que a suspeita deve ser levantada em qualquer pessoa que procure um serviço de saúde com sintomas e que tenha consumido bebidas alcoólicas de origem desconhecida, especialmente em ambientes comerciais, festas ou locais de lazer. A pasta está trabalhando em conjunto com o Ministério da Justiça e a Polícia Federal para investigar a origem da contaminação.

