O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (15) a realização de novas diligências na investigação que envolve o banqueiro Daniel Vorcaro, um dos sócios do Banco Master. A decisão concede prazo de 30 dias para a Polícia Federal (PF) avançar na apuração.
Pelo despacho, a PF deverá ouvir os investigados e também autoridades do Banco Central que atuaram nas investigações administrativas. O ministro autorizou ainda a requisição de novas informações aos órgãos envolvidos e a possibilidade de novos pedidos de quebra de sigilo telefônico, se considerados necessários.
Caso segue no STF
No início deste mês, Toffoli decidiu que o inquérito deveria tramitar no STF, e não mais na Justiça Federal do Distrito Federal. A mudança ocorreu após a citação de um deputado federal no curso das apurações. Por envolver parlamentar, o caso passou a se enquadrar na competência do Supremo.
Operação Compliance Zero
Em novembro, Daniel Vorcaro e outros investigados foram alvos da Operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal. A operação apura a concessão de créditos falsos pelo Banco Master e irregularidades ligadas à tentativa de compra da instituição pelo Banco Regional de Brasília (BRB), banco público vinculado ao governo do Distrito Federal.
Segundo as investigações, as fraudes podem alcançar R$ 17 bilhões. Além de Vorcaro, são investigados os ex-diretores Luiz Antonio Bull, Alberto Feliz de Oliveira e Angelo Antonio Ribeiro da Silva, além de Augusto Ferreira Lima, ex-sócio do banco.
Defesa e providências do BRB
Após a prisão, a defesa de Daniel Vorcaro negou que o banqueiro tenha tentado deixar o país e afirmou que ele sempre se colocou à disposição das autoridades para colaborar com a apuração.
O BRB informou que irá contratar auditoria externa para investigar os fatos relacionados à tentativa de aquisição e apurar eventuais falhas de governança ou de controles internos.

