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Secretaria de Saúde do DF cria planos de combate à poliomielite

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Vacina Poliomielite
Foto/Imagem: Tomaz Silva/Agência Brasil


A rede pública de saúde do Distrito Federal já tem seus próprios planos de mitigação e contenção da poliomielite. O documento que pauta as ações de combate ao vírus e a coleta de dados para a prevenção da doença foi apresentado nesta segunda-feira (24), em evento realizado no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). A intensificação da imunização é o principal pilar da proposta.

A criação dos planos foi uma exigência do ministro da Saúde feita a todos os estados, diante do alto risco de reinserção da pólio no Brasil. Ainda que o DF não tenha detectado nenhum caso desde 1987, a região tem grandes chances de presenciar a volta da doença causadora da paralisia infantil. A possibilidade de reintrodução está na casa dos 80% – o objetivo é reduzir a probabilidade para cerca de 20%.

O plano de mitigação reforça o papel da imunização como principal aliado no combate à pólio. A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite de 2022 teve início em 8 de agosto. O término, inicialmente previsto para 9 de setembro, precisou ser prorrogado duas vezes por conta da baixa cobertura vacinal: primeiro para 30 de setembro e, depois, para 28 de outubro.

Até o momento, o DF aplicou 81.110 doses da vacina oral, o que representa 50,6% das crianças de 1 a 5 anos incompletos. A meta de vacinar um mínimo de 95% da população alvo não é alcançada desde 2017. “A baixa cobertura deve ser encarada como um problema grave a ser combatido”, observa a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. “O Brasil é um exemplo para o mundo na vacinação. Não podemos perder essa vanguarda.”

O imunizante está disponível em todas as regiões de saúde do DF. São 118 salas de vacinação – os locais que podem ser consultados no site da Secretaria de Saúde. “É factível batermos a meta de vacinação no DF, temos toda a estrutura necessária para isso”, garante Lucilene. “Mas precisamos do comprometimento de todos para que a população se vacine.”

Busca ativa dos faltosos, interação com líderes comunitários e visitas às escolas estão entre as ações que devem alavancar os índices de imunização. De acordo com a responsável técnica da vigilância da poliomielite da Secretaria de Saúde, Joana Castro, o plano de mitigação também prevê a realização de um diagnóstico situacional das salas de vacinação. “Vamos garantir que o imunizante siga ao alcance de toda a comunidade”, conta.

Caso o plano de mitigação não surta o resultado esperado, o plano de contenção entra em ação. “O documento apresenta estratégias para contenção de surto”, explica Joana. “A poliomielite é transmissível. Então, se identificarmos alguma vítima, precisaremos tomar algumas medidas para evitar que a doença se alastre.”

Representante do governo federal, o médico epidemiologista Gerson Fernando Pereira reforçou o compromisso do Ministério da Saúde de apoiar todas as unidades federativas no combate à pólio. “Passados pouco mais de 30 anos desde o último caso da doença no Brasil, a população parece ter esquecido que ela existe”, lamenta Gerson, que é diretor do Departamento de Doenças Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis.

Além da divulgação dos planos de mitigação e contenção, o evento também premiou a região central de saúde pelos esforços no combate à pólio. A área engloba Asa Sul, Asa Norte, Lago Sul, Lago Norte, Varjão, Vila Planalto e Cruzeiro.

Poliomielite

Poliomielite (paralisia infantil) é uma doença contagiosa aguda causada por vírus que pode infectar crianças e adultos e em casos graves pode acarretar paralisia nos membros inferiores. A vacinação é a única forma de prevenção. Todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas.

A Poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e provocar ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.

Saúde

Jovens de 15 a 19 anos receberão vacina da HPV até dezembro

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Foto/Imagem: Arquivo/Agência Saúde-DF

Uma importante medida de saúde pública foi anunciada para o Distrito Federal: a Secretaria de Saúde (SES-DF), seguindo as orientações do Ministério da Saúde, prorrogou até o final de dezembro a campanha de vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) para a faixa etária de 15 a 19 anos. Essa é uma excelente oportunidade para quem perdeu o prazo e busca proteção contra o vírus.

Para se vacinar, basta apresentar um documento de identificação e o cartão de vacina em um dos mais de 180 pontos de vacinação disponíveis no Distrito Federal.

Baixa adesão preocupa autoridades

A ampliação do público-alvo da vacina HPV começou em março, com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal entre os jovens que não se imunizaram na idade preconizada, que é de 9 a 14 anos. No entanto, os números atuais acendem um alerta: até o último sábado (14), apenas 2,3 mil indivíduos entre 15 e 19 anos haviam sido vacinados, um número muito abaixo da meta de 49 mil jovens estimados para essa faixa etária.

O secretário de Saúde, Juracy Lacerda, reforça a importância da vacinação. “Estamos comprometidos em aumentar a cobertura vacinal e garantir que todos tenham acesso às doses. É essencial que essa faixa etária aproveite a chance para se proteger contra infecções que podem levar a doenças graves, como o câncer”, alertou Lacerda.

A importância da vacina HPV na prevenção do câncer

O HPV é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que pode causar verrugas genitais e diversos tipos de câncer, incluindo os de pênis, útero e laringe. No Brasil, dados do Ministério da Saúde revelam que o câncer de colo de útero mata cerca de 7 mil mulheres por ano, um cenário que sublinha a urgência e a relevância da vacinação como ferramenta de prevenção. A prorrogação da campanha no Distrito Federal é, portanto, uma chance valiosa para a população de Brasília e arredores se proteger e contribuir para a saúde coletiva.

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Saúde

Saúde do DF em Debate: Iges-DF Presta Contas e UPAs Viram Centro de Discussão na CLDF

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Foto/Imagem: Ângelo Pignaton/Agência CLDF

A saúde pública do Distrito Federal foi o centro de um acalorado debate na Câmara Legislativa (CLDF) nesta segunda-feira (16). Em audiência pública, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) apresentou sua prestação de contas dos últimos quatro meses de 2024 à Comissão de Saúde (CSA), evidenciando desafios e planos para o setor. Representantes do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e movimentos de usuários da saúde também acompanharam a sessão.

O presidente do Iges-DF, Cleber Monteiro Fernandes, destacou o aprimoramento da gestão, com a criação de uma superintendência de contratos e a futura implementação de um cartão corporativo para agilizar a aquisição de insumos nas unidades. “Precisamos auditar nossos contratos de ponta a ponta. Por isso, estamos criando processos de auditoria permanente”, afirmou Monteiro.

Novas UPAs e a Crise da Atenção Primária

O anúncio do Governo do Distrito Federal (GDF) de construir sete novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em regiões como Sol Nascente/Pôr do Sol, Taguatinga Sul e Estrutural, com investimento de R$ 117 milhões, gerou discussões entre os parlamentares.

A presidente da CSA, deputada Dayse Amarilio (PSB), embora veja com bons olhos os investimentos, defendeu a necessidade de repensar o planejamento da saúde no DF, priorizando o fortalecimento da atenção primária. Para a deputada, que classificou a situação como um “cenário de guerra”, a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) – as Unidades Básicas de Saúde (UBS) – é crucial para a promoção da saúde e prevenção de doenças.

Amarilio denunciou falhas graves nas UPAs geridas pelo Iges-DF, como a demora no atendimento, a falta de leitos e a escassez de ambulâncias para transporte de pacientes. “Não é verdade que a UPA é melhor que a atenção primária. O que falta é compromisso de gestão, para que as pessoas possam entregar o que é melhor, para que as pessoas possam trabalhar sem a sensação de que seus pacientes vão morrer”, desabafou a parlamentar, que relatou ter presenciado a UPA de Vicente Pires completamente lotada, sem acolhimento adequado.

O deputado Pastor Daniel de Castro (PP) corroborou a sobrecarga das UPAs, que, segundo ele, muitas vezes são procuradas por pacientes que buscam um serviço de melhor qualidade do que o oferecido pela Secretaria de Saúde. Ele criticou a existência de dois modelos de atendimento (Iges-DF e SES/DF), que podem complicar o processo e gerar retrabalho. “Quando a gente refaz o atendimento, a gente gasta em dobro”, pontuou.

A promotora de Justiça do MPDFT, Hiza Carpina, alertou para “sérios problemas” nas unidades do Iges-DF, incluindo a lotação superior a 200% em prontos-socorros, déficit de profissionais e altas taxas de absenteísmo. “É possível enxergar o colapso. Precisamos de um projeto de saúde para o DF”, ponderou Carpina.

Transparência Financeira e Contratual do Iges-DF

No período de setembro a dezembro de 2024, o Iges-DF recebeu um total de R$ 564 milhões, com a maior parte (R$ 558 milhões) proveniente do Contrato de Gestão e aditivos. As despesas totalizaram R$ 547 milhões, com gastos significativos em pessoal (R$ 297 milhões) e serviços de terceiros (R$ 142 milhões).

A área de contratos do Instituto formalizou 465 instrumentos contratuais, totalizando mais de R$ 448 milhões, destacando-se serviços de vigilância patrimonial, lavanderia hospitalar e fornecimento de alimentação. Cerca de 16% dos contratos foram classificados como emergenciais. O Iges-DF também reforçou sua atuação na análise de falhas contratuais e aplicação de sanções, visando garantir a responsabilização de fornecedores e a integridade das contratações públicas.

Os dados completos da prestação de contas do Iges-DF para o 3º quadrimestre de 2024 podem ser acessados na íntegra na página oficial do instituto. A audiência pública também contou com a participação dos deputados Jorge Vianna (PSD) e Pepa (PP) e a íntegra da reunião pode ser assistida no canal do YouTube da CLDF.

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