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Novembro Azul

Atenção! Cura do câncer de próstata chega a 90% com diagnóstico precoce

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Foto/Imagem: Pixabay


Depois do Outubro Rosa promover o combate ao câncer de mama e os cuidados com a saúde da mulher, este mês é a vez da campanha Novembro Azul chamar atenção para o câncer de próstata – doença que mata um homem a cada 38 minutos no Brasil. A estimativa é de que um a cada seis homens tenham o diagnóstico da doença durante a vida. Somente no Distrito Federal foram registrados 171 óbitos por neoplasia maligna de próstata em 2019. Em 2020, 97 homens já morreram em consequência da doença.

A maior parte dos casos de óbitos foi registrada nos pacientes de 80 anos ou mais, sendo que em 2019 foram 71 mortes e, neste ano, 44 óbitos até o momento. “Quando os pacientes têm diagnóstico precoce a chance de cura chega a cerca de 90%. O nosso trabalho não é de prevenção, mas de diagnóstico precoce, que é uma prevenção secundária”, explica o urologista e Referência Técnica Distrital, Fernando Melo, chamando a atenção para a importância do atendimento primário nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

Para a prevenção e diagnóstico precoce, a Secretaria de Saúde (SES) lembra que todas as UBSs estão aptas a receber os homens para os cuidados com a saúde. Equipes de Saúde da Família estão prontas para acolher os pacientes e realizar a coleta de material para o exame de PSA e exames rápidos de HIV, hepatite e sífilis, entre outros relacionados aos cuidados gerais da saúde. É a equipe que faz o encaminhamento para a consulta médica ou com um especialista, caso seja necessário. Como aspecto positivo, a SES informa que a estratégia de Saúde da Família aumentou o número de casos rastreados no Distrito Federal com encaminhamento para tratamento precoce.

No atendimento especializado, neste Novembro Azul, a Secretaria de Saúde vai realizar, em parceria com o Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do DF (IGESDF), uma força tarefa de cirurgias urológicas no Hospital de Base, que é referência em oncologia. Ainda este mês, será inaugurado o ambulatório de andrologia no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). A andrologia é uma subespecialidade da urologia dedicada ao estudo e ao cuidado da saúde masculina. Assim como a urologia, a andrologia é uma especialidade regulada e recebe os pacientes encaminhados pelas UBSs.

Atendimento

Atualmente a rede oferece exame de biópsia em quatro unidades, que são o Hospital de Base, o Hospital Universitário de Brasília e os hospitais regionais de Taguatinga e Asa Norte. Já a cirurgia é realizada em sete hospitais. “Mesmo na pandemia esses pacientes estão sendo operados”, informou Melo. A Secretaria de Saúde manteve as cirurgias oncológicas, cardíacas e transplantes desde o início da pandemia. Além da cirurgia, outro tratamento indicado para os casos de câncer de próstata é a radioterapia.

Desde o ano passado a fila e o tempo de espera caiu pela metade. Atualmente, há uma fila com 48 pacientes a espera para iniciar o tratamento contra o câncer de próstata no Distrito Federal, o que na prática significa cerca de quatro meses. Em 2019 haviam 89 homens na fila com a espera média de um ano.

A doença

Por não apresentar sintomas, 95% dos casos de câncer de próstata são diagnosticados já em fase avançada, o que dificulta a cura. Os principais sintomas nesta fase são dor óssea, dores ao urinar, vontade de urinar com frequência e presença de sangue na urina e/ou no sêmen.

Os fatores de risco que precisam ser observados pelos homens são: o histórico familiar de câncer de próstata: pai, irmão e tio; raça: homens negros sofrem maior incidência deste tipo de câncer; e obesidade.

Prevenção

É indicado que os homens a partir dos 45 anos com fatores de risco ou com 50 anos ou mais sem esses fatores, devem buscar atendimento de prevenção nas Unidades Básicas e Saúde para que, se necessário, sejam encaminhados ao urologista e realização de exames mais específicos. Somente na consulta com o especialista é realizado o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA (Antígeno Prostático Específico).

Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal. No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens. A estimativa de novos casos calculados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) para o ano de 2020 é de 65.840 no país.

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Centro Especializado em Diabetes no DF combate obesidade infantil

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Foto/Imagem: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Uma história de superação e dedicação que merece ser celebrada! Aos sete anos, Miguel já enfrentava o sobrepeso e o preocupante risco de desenvolver diabetes, uma realidade que acendeu um alerta para sua família. Graças ao acompanhamento especializado no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) e, posteriormente, no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh), Miguel, agora com nove anos, vive uma verdadeira transformação. Seus resultados são visíveis: mais disposição, uma alimentação muito mais equilibrada e um novo e saudável olhar sobre a vida.

A gente reorganizou a alimentação em casa, introduziu atividades físicas e, com o apoio da equipe, conseguimos evitar que ele precisasse de medicação. A glicemia dele caiu bastante, e o risco de diabetes diminuiu. Foi uma transformação que envolveu toda a família”, compartilha Valdizia Apolinário, 41, mãe de Miguel, com um orgulho que irradia esperança.

A história de Miguel ressalta a urgência e a importância de iniciativas como a do Cedoh. Celebrado no início deste mês (3), o Dia de Conscientização contra a Obesidade Infantil chama a atenção para os graves riscos do excesso de peso na infância e reforça a necessidade de bons hábitos desde cedo. No Distrito Federal, os números são um alerta: uma em cada dez crianças está acima do peso, conforme o último Boletim de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) do Ministério da Saúde.

Para lidar com os casos mais graves de obesidade infantil, o Cedoh se destaca por oferecer um atendimento multidisciplinar de excelência a crianças e jovens de todas as regiões de saúde do DF, por meio do seu Programa de Obesidade Infantil e do Adolescente. Miguel é um exemplo do sucesso dessa abordagem, sendo acompanhado por uma equipe dedicada de endocrinopediatra, nutricionista, psicóloga e terapeuta ocupacional.

Durante o tratamento, as crianças participam de oficinas educativas lúdicas e eficazes sobre alimentação saudável, a importância da prática de atividades físicas, a organização da rotina familiar e a saúde emocional. “O que me encantou foi a forma como eles falam direto com as crianças. É um trabalho sensível e muito próximo. Um verdadeiro achado na nossa rede”, elogia Valdizia, destacando a singularidade e a qualidade do atendimento.

Camila Pessoa, nutricionista do Cedoh, reforça que a obesidade infantil é uma doença crônica, multifatorial e, infelizmente, ainda pouco reconhecida pelas famílias em toda a sua seriedade. “Muitos pacientes já chegam ao centro com comorbidades, como diabetes e hipertensão. A importância da data, portanto, está em conscientizar pais e responsáveis a agir antes que o quadro se agrave”, explica a profissional, sublinhando o papel crucial da prevenção.

A especialista alerta que o excesso de peso na infância não é apenas uma questão estética, podendo desencadear mais de 200 doenças, problemas cardíacos e distúrbios osteomusculares. “Essas complicações surgem cada vez mais cedo e tornam o tratamento ainda mais complexo. A prevenção é o melhor caminho”, ressalta.

Além dos impactos físicos, os efeitos emocionais podem ser devastadores. “Fatores como preconceito com a aparência e bullying afetam a autoestima e podem desencadear compulsão alimentar, ansiedade e depressão. O acompanhamento psicológico é essencial para romper esse ciclo”, argumenta a psicóloga do Cedoh, Caroline Yonaha.

Na rede pública, quando uma criança ou adolescente é identificado com obesidade em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), ele é inserido no Sistema de Regulação para receber o encaminhamento adequado, garantindo que o cuidado especializado esteja ao alcance de todos. Iniciativas como a do Cedoh são faróis de esperança, mostrando que é possível reverter o quadro e construir um futuro mais saudável para as novas gerações.

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Junho Vermelho reforça doação de sangue em Brasília e alerta para estoques críticos

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Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

No mês que celebra o amor, um gesto pode salvar vidas: doar sangue. Em meio à campanha Junho Vermelho, Brasília se une ao movimento nacional para incentivar a solidariedade e fortalecer os estoques do Hemocentro, especialmente os de tipos sanguíneos negativos, atualmente em níveis críticos.

Até o dia 30, quem tem sangue dos tipos O-, A-, B- ou AB- poderá doar sem agendamento prévio, com atendimento preferencial na unidade. A estratégia visa ampliar o número de doadores em um período de queda nos estoques, típico do início do inverno — época em que infecções respiratórias tornam muitas pessoas temporariamente inaptas para a doação.

Queremos garantir que 100% da demanda transfusional dos hospitais seja atendida”, afirma Kelly Barbi, gerente de Captação de Doadores da Fundação Hemocentro. Ela reforça que o Junho Vermelho não é apenas uma campanha pontual, mas um convite à criação do hábito da doação. “Doar sangue deve fazer parte da rotina, como ir ao mercado ou à farmácia.

Segundo as regras atuais, homens podem doar a cada dois meses (até quatro vezes por ano) e mulheres a cada três meses (até três vezes por ano). Para doar, é necessário estar em boas condições de saúde, pesar ao menos 51 quilos, estar alimentado, hidratado e apresentar documento oficial com foto. Sintomas como dor de cabeça ou mal-estar impedem temporariamente a doação, por segurança.

A campanha já inspira novos doadores, como a assistente administrativa Verônica Góes, de 44 anos, que fez sua primeira doação nesta semana. “Hoje talvez eu não precise, mas alguém sim. E no futuro, pode ser eu ou alguém que amo”, compartilhou.

Para a servidora Maria Gabryella de Oliveira, de 29 anos, doar é um compromisso pessoal. “Sempre que posso, vou ao Hemocentro. Muitas vezes é questão de vida ou morte para quem está no hospital”, reforça. Já o servidor Bruno Vidal, de 39, soma mais de dez doações: “Não sou médico, mas posso ajudar de um jeito simples. Isso faz a diferença.

O Hemocentro de Brasília funciona de segunda a sábado, das 7h15 às 18h, sem pausa para o almoço. As doações podem ser agendadas pelo site Agenda DF ou pela Central 160 (opção 2). Porém, quem optar por chegar espontaneamente também será atendido — uma alternativa importante, já que metade dos agendamentos não são cumpridos.

Neste Junho Vermelho, colocar a solidariedade na agenda pode ser o gesto que salva uma vida.

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