O Governo do Distrito Federal (GDF), através da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), fechou um financiamento de R$ 100 milhões com o Banco do Brasil nesta segunda-feira (1º). O valor será usado para intensificar o combate às perdas de água na capital, cumprindo as exigências do Marco Legal do Saneamento. O investimento prioritário será na substituição de mais de 550 mil hidrômetros nos próximos cinco anos.
O governador Ibaneis Rocha destacou a importância da medida. “Vamos trocar 550 mil hidrômetros e, com isso, pretendemos diminuir as perdas e modernizar todo o sistema do Distrito Federal. Vamos continuar avançando cada vez mais”, afirmou.
Mais eficiência, menos desperdício
A ação visa aumentar a eficiência operacional da Caesb, cortando custos de produção, transporte e tratamento da água. Essa otimização tem um impacto direto nas tarifas pagas pelos consumidores, já que a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) leva a redução de perdas em conta no cálculo da cobrança.
Segundo o presidente da Caesb, Luis Antonio Reis, o parque de hidrômetros de Brasília é antigo e precisa de renovação. “Esse financiamento nos permitirá, nos próximos cinco anos, fazer a troca de 550 mil hidrômetros”, explicou.
Além de modernizar o sistema, a substituição dos equipamentos ajudará a evitar a submedição – quando hidrômetros antigos registram um consumo menor que o real. Isso pode mascarar vazamentos e dificultar o controle do uso da água, gerando prejuízos. A expectativa é que a troca gere uma economia de cerca de 500 litros de água por segundo, o equivalente a 15 milhões de metros cúbicos por ano. Esse volume seria suficiente para abastecer aproximadamente 225 mil pessoas, ou quase seis mil piscinas olímpicas.
“É como se estivéssemos construindo uma nova estação de tratamento de água, sem afetar a natureza, apenas reduzindo o desperdício”, avaliou Reis.
Resultados anteriores e detalhes do financiamento
Entre 2023 e 2024, a Caesb já substituiu mais de 150 mil hidrômetros, o que resultou na recuperação de cerca de 4 milhões de metros cúbicos de água por ano, quantidade suficiente para abastecer 60 mil pessoas. A iniciativa também gerou uma economia de mais de três milhões de quilowatts-hora em energia elétrica, evitando a emissão de gás carbônico.
O financiamento, fechado com o Banco do Brasil por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), inclui R$ 80 milhões financiados e R$ 20 milhões de contrapartida da Caesb. A companhia terá cinco anos de carência e mais dez anos para quitar o valor, totalizando 15 anos para a amortização da dívida.

