Com o início do período chuvoso, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) intensifica o alerta sobre os riscos ao frequentar trilhas, rios e cachoeiras. O aumento do volume de água eleva a ameaça de deslizamentos, escorregamentos e, principalmente, das perigosas cabeças-d’água.
A corporação enfatiza que a prevenção é a principal forma de evitar acidentes. É essencial planejar o passeio, verificar as condições climáticas e monitorar atentamente o comportamento do ambiente natural.
O major Walmir Oliveira, do CBMDF, explica que as ocorrências de cabeças-d’água são recorrentes no DF, especialmente com chuvas intensas. “Esses acidentes ocorrem por causa de enxurradas fortes e repentinas e, infelizmente, é comum registrarmos casos de pessoas levadas pela força da correnteza”, afirma.
Uma cabeça-d’água se forma quando chove na cabeceira do rio, aumentando drasticamente o volume e a velocidade da água, mesmo a quilômetros de distância do local onde o visitante está.
O major Walmir destaca que, ao chegar a um local de banho, o visitante deve:
- Observar o nível da água e suas variações.
- Identificar rotas de fuga seguras.
- Combinar sinais sonoros de emergência (uso de apito).
“É importante estudar o local antes de ir, verificar as orientações do próprio atrativo e, se for um espaço pouco conhecido, pesquisar mapas, riscos e a melhor época para a visita”, reforça o militar.
O CBMDF listou os cuidados essenciais para quem visita cachoeiras e trilhas durante o período de chuvas:
- Planejamento: Nunca faça a atividade sozinho. Contrate um guia ou leve pessoas experientes.
- Clima: Verifique a previsão do tempo e evite passeios em dias chuvosos.
- Localização: Prefira trilhas sinalizadas e abertas à visitação. Pesquise o local antes de ir.
- Vestuário: Utilize calçados e roupas adequadas à atividade e leve sempre uma capa de chuva.
- Emergência: Tenha sempre uma lanterna e um apito para emitir sinais sonoros.
- Recursos: Carregue água e alimento suficientes para o passeio, prevenindo contratempos.
- Observação do Rio: No curso-d’água, identifique referências para nível, profundidade, transparência (água límpida ou barrenta) e velocidade da correnteza.
- Rotas de Fuga: Se houver mudança no tempo ou nas condições do local, interrompa a atividade, busque um lugar seguro e tenha sempre uma rota de fuga em mente.
- Raios: Durante tempestades, evite buscar abrigo sob árvores isoladas. Em campo aberto, procure o ponto mais baixo e agache-se com os pés juntos.
Em caso de emergência, o contato deve ser feito pelo telefone 193.

