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Xô, Aedes!

GDF cria sala de combate à dengue e define regras para vistoriar imóveis

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Combate à dengue GDF
Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília


O Governo do Distrito Federal (GDF) criou um grupo para prevenir e controlar as doenças transmitidas pelo mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. Entre as ações estão a retomada de uma Sala Distrital para acompanhar e enfrentar a dengue, nos mesmos moldes do que foi feito à época da pandemia de covid-19, e também a definição de regras para entrada em imóveis abandonados ou ocupados, o que foi devidamente autorizado pela Justiça.

Decreto nº 45.450/2024 foi publicado em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) nesta sexta-feira (26) e traz a criação da Sala Distrital Permanente de Coordenação e Controle das Ações de Enfrentamento às Doenças Transmitidas pelo Aedes (SDCC). Ela terá o objetivo de monitorar a situação epidemiológica da doença, bem como promover ações intersetoriais no enfrentamento à doença.

A Sala Distrital vai acompanhar sistematicamente os casos para que sejam propostas estratégias de prevenção e controle da doença. A partir das análises poderá ser intensificado o controle vetorial em cidades até que elas atinjam um índice de infestação inferior a 1% no Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa). Também está prevista a inspeção de todos os domicílios, instalações públicas e privadas urbanas por meio da força-tarefa de combate à dengue. Os dados obtidos pelo grupo poderão ser validados e remetidos ao governo federal.

Uma outra medida prevista no decreto é um Plano de Contingência a ser elaborado pela Secretaria de Saúde. Ele vai dispor sobre o monitoramento diário da situação da dengue, incluindo ainda a vigilância laboratorial dos exames e diagnósticos dos pacientes suspeitos e confirmados, entre outros.

Acesso a imóveis está autorizado

Após a Justiça do DF autorizar o ingresso forçado em imóveis públicos e particulares, o GDF publicou as regras para tal medida. A entrada poderá ser feita em imóveis abandonados, ausentes ou naqueles que os ocupantes recusarem acesso. Para tanto, os agentes públicos deverão estar devidamente identificados com o crachá e roupa adequada, sempre que seja necessária a inspeção para a contenção da doença.

Por imóvel em situação de abandono entende-se aquele que demonstre ausência prolongada de utilização pelas características físicas, sinais de inexistência de conservação, relatos de moradores da área e outros indícios que evidenciem a não utilização do mesmo.

Os casos de ausência dizem respeito à impossibilidade de localização de pessoa para permitir acesso ao imóvel na hipótese de duas visitas devidamente comunicadas, em dias e períodos alternados, dentro de um intervalo de 10 dias.

Já por recusa entende-se aqueles que o proprietário ou ocupante recusem o acesso do agente público ao imóvel.

Quando houver entrada forçada em imóveis, os agentes públicos deverão emitir relatório no local. Em casos de necessidade, poderá ser solicitado o auxílio de policiais militares e bombeiros nas vistorias.

Nesse relatório os agentes devem anotar as condições do imóvel, as medidas sanitárias adotadas para controle e eliminação do mosquito vetor da dengue, as recomendações a serem observadas pelo responsável do imóvel e as medidas a serem adotadas para restabelecer a segurança do imóvel. As ações serão exercidas nos termos do Alvará Judicial expedido para o período de atuação nele determinado.

Cuidados

O decreto prevê que a limpeza de terrenos baldios é de responsabilidade do proprietário ou ocupante. No entanto, a Novacap poderá fazer a limpeza quando o proprietário ou ocupante não fizer, cabendo sanções ao mesmo.

Depósitos de pneus, novos e usados, devem instalar cobertura fixa ou desmontável para evitar o acúmulo de água em locais propícios para criadouros do Aedes aegypti. Essa cobertura deverá ser de material rígido, de forma que impeça bolsões cumulativos de água. O não cumprimento dessa medida pode acarretar em multa a ser aplicada pela secretaria DF Legal.

Já as empresas que comercializam caixas d’água no DF devem vender as peças, de forma avulsa ou separadas, as peças necessárias para a vedação segura da caixa d’água, de forma a não permitir a instalação de focos ou a proliferação de mosquitos.

A norma também prevê regras para a construção civil, cemitérios, ferros-velhos e imobiliárias, que podem ser consultadas no link.

O grupo

Compõem o grupo as seguintes pastas e órgãos: Casa Civil, a responsável por coordenar o grupo; Consultoria Jurídica; secretarias de Saúde; de Segurança Pública; de Comunicação; de Economia; de Proteção da Ordem Urbanística do DF (DF Legal); Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap); Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do DF (IgesDF); Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF); e Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF).

A Casa Civil fica responsável pela articulação do grupo, tendo respaldo jurídico da Consultoria Jurídica. A Secretaria de Saúde deve elaborar e executar o Plano de Contingência de combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. A pasta de segurança vai fornecer espaço físico para funcionamento do grupo e prestar apoio nas ações. A Comunicação, por sua vez, assume a tarefa de coordenar, centralizar e divulgar informações relacionadas ao combate à dengue.

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Centro Especializado em Diabetes no DF combate obesidade infantil

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Foto/Imagem: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Uma história de superação e dedicação que merece ser celebrada! Aos sete anos, Miguel já enfrentava o sobrepeso e o preocupante risco de desenvolver diabetes, uma realidade que acendeu um alerta para sua família. Graças ao acompanhamento especializado no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) e, posteriormente, no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh), Miguel, agora com nove anos, vive uma verdadeira transformação. Seus resultados são visíveis: mais disposição, uma alimentação muito mais equilibrada e um novo e saudável olhar sobre a vida.

A gente reorganizou a alimentação em casa, introduziu atividades físicas e, com o apoio da equipe, conseguimos evitar que ele precisasse de medicação. A glicemia dele caiu bastante, e o risco de diabetes diminuiu. Foi uma transformação que envolveu toda a família”, compartilha Valdizia Apolinário, 41, mãe de Miguel, com um orgulho que irradia esperança.

A história de Miguel ressalta a urgência e a importância de iniciativas como a do Cedoh. Celebrado no início deste mês (3), o Dia de Conscientização contra a Obesidade Infantil chama a atenção para os graves riscos do excesso de peso na infância e reforça a necessidade de bons hábitos desde cedo. No Distrito Federal, os números são um alerta: uma em cada dez crianças está acima do peso, conforme o último Boletim de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) do Ministério da Saúde.

Para lidar com os casos mais graves de obesidade infantil, o Cedoh se destaca por oferecer um atendimento multidisciplinar de excelência a crianças e jovens de todas as regiões de saúde do DF, por meio do seu Programa de Obesidade Infantil e do Adolescente. Miguel é um exemplo do sucesso dessa abordagem, sendo acompanhado por uma equipe dedicada de endocrinopediatra, nutricionista, psicóloga e terapeuta ocupacional.

Durante o tratamento, as crianças participam de oficinas educativas lúdicas e eficazes sobre alimentação saudável, a importância da prática de atividades físicas, a organização da rotina familiar e a saúde emocional. “O que me encantou foi a forma como eles falam direto com as crianças. É um trabalho sensível e muito próximo. Um verdadeiro achado na nossa rede”, elogia Valdizia, destacando a singularidade e a qualidade do atendimento.

Camila Pessoa, nutricionista do Cedoh, reforça que a obesidade infantil é uma doença crônica, multifatorial e, infelizmente, ainda pouco reconhecida pelas famílias em toda a sua seriedade. “Muitos pacientes já chegam ao centro com comorbidades, como diabetes e hipertensão. A importância da data, portanto, está em conscientizar pais e responsáveis a agir antes que o quadro se agrave”, explica a profissional, sublinhando o papel crucial da prevenção.

A especialista alerta que o excesso de peso na infância não é apenas uma questão estética, podendo desencadear mais de 200 doenças, problemas cardíacos e distúrbios osteomusculares. “Essas complicações surgem cada vez mais cedo e tornam o tratamento ainda mais complexo. A prevenção é o melhor caminho”, ressalta.

Além dos impactos físicos, os efeitos emocionais podem ser devastadores. “Fatores como preconceito com a aparência e bullying afetam a autoestima e podem desencadear compulsão alimentar, ansiedade e depressão. O acompanhamento psicológico é essencial para romper esse ciclo”, argumenta a psicóloga do Cedoh, Caroline Yonaha.

Na rede pública, quando uma criança ou adolescente é identificado com obesidade em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), ele é inserido no Sistema de Regulação para receber o encaminhamento adequado, garantindo que o cuidado especializado esteja ao alcance de todos. Iniciativas como a do Cedoh são faróis de esperança, mostrando que é possível reverter o quadro e construir um futuro mais saudável para as novas gerações.

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Junho Vermelho reforça doação de sangue em Brasília e alerta para estoques críticos

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Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

No mês que celebra o amor, um gesto pode salvar vidas: doar sangue. Em meio à campanha Junho Vermelho, Brasília se une ao movimento nacional para incentivar a solidariedade e fortalecer os estoques do Hemocentro, especialmente os de tipos sanguíneos negativos, atualmente em níveis críticos.

Até o dia 30, quem tem sangue dos tipos O-, A-, B- ou AB- poderá doar sem agendamento prévio, com atendimento preferencial na unidade. A estratégia visa ampliar o número de doadores em um período de queda nos estoques, típico do início do inverno — época em que infecções respiratórias tornam muitas pessoas temporariamente inaptas para a doação.

Queremos garantir que 100% da demanda transfusional dos hospitais seja atendida”, afirma Kelly Barbi, gerente de Captação de Doadores da Fundação Hemocentro. Ela reforça que o Junho Vermelho não é apenas uma campanha pontual, mas um convite à criação do hábito da doação. “Doar sangue deve fazer parte da rotina, como ir ao mercado ou à farmácia.

Segundo as regras atuais, homens podem doar a cada dois meses (até quatro vezes por ano) e mulheres a cada três meses (até três vezes por ano). Para doar, é necessário estar em boas condições de saúde, pesar ao menos 51 quilos, estar alimentado, hidratado e apresentar documento oficial com foto. Sintomas como dor de cabeça ou mal-estar impedem temporariamente a doação, por segurança.

A campanha já inspira novos doadores, como a assistente administrativa Verônica Góes, de 44 anos, que fez sua primeira doação nesta semana. “Hoje talvez eu não precise, mas alguém sim. E no futuro, pode ser eu ou alguém que amo”, compartilhou.

Para a servidora Maria Gabryella de Oliveira, de 29 anos, doar é um compromisso pessoal. “Sempre que posso, vou ao Hemocentro. Muitas vezes é questão de vida ou morte para quem está no hospital”, reforça. Já o servidor Bruno Vidal, de 39, soma mais de dez doações: “Não sou médico, mas posso ajudar de um jeito simples. Isso faz a diferença.

O Hemocentro de Brasília funciona de segunda a sábado, das 7h15 às 18h, sem pausa para o almoço. As doações podem ser agendadas pelo site Agenda DF ou pela Central 160 (opção 2). Porém, quem optar por chegar espontaneamente também será atendido — uma alternativa importante, já que metade dos agendamentos não são cumpridos.

Neste Junho Vermelho, colocar a solidariedade na agenda pode ser o gesto que salva uma vida.

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