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Referência nacional

HRAN já atendeu mais de 70 mil pacientes durante a pandemia de Covid-19

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Foto/Imagem: Adriano Machado/Reuters


O Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) atendeu ao longo dos sete meses de pandemia 70.542 pacientes até o dia 26 de outubro. Desse total, 99,38% foram pessoas com suspeita ou confirmadas com a Covid-19, enquanto os 0,62% restantes são pacientes com queimaduras, já que esse foi o único serviço que permaneceu disponibilizado na unidade após o hospital tornar-se exclusivo para o tratamento de infectados pelo novo coronavírus.

O HRAN entrou para a história do Distrito Federal ao internar o primeiro caso da Covid-19 registrado na capital federal, no dia 6 de março. Desde então, 5.132 pessoas precisaram ser internadas no hospital durante a pandemia, em 274 leitos disponíveis à população. Mas, para isso, foi necessário um esforço de gestão capaz de garantir atendimento.

O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, destaca a atuação no combate à pandemia do novo coronavírus como fundamental para a superação da fase crítica da doença. “Estão de parabéns os gestores e os servidores do HRAN por todo o empenho e dedicação num momento tão difícil da saúde pública vivida no Distrito Federal”, disse Okumoto, lembrando que o legado de todo esse esforço ficará para sempre.

Entre as ações, é possível destacar a abertura em maio de 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid para reforçar os serviços. As camas e os monitores foram doados pelo Ministério da Saúde ao Distrito Federal. Em contrapartida, a equipe do hospital conseguiu respiradores, estruturou a rede de gases e ofereceu os recursos humanos. Com isso, o HRAN passou a ofertar 20 leitos de terapia intensiva para os que estão com a doença.

O superintendente da Região de Saúde Central, Carlos Portilho, agradeceu o apoio do Ministério da Saúde e do GDF na ampliação do atendimento aos pacientes com Covid-19. Com isso e as medidas de isolamento social implementadas pelo governador Ibaneis Rocha no início do ano, Portilho garante “que o HRAN está devidamente equipado para atender a população”.

Além dos 20 leitos de UTI, o hospital conta ainda com 23 leitos para os pacientes queimados, 25 na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) e 206 para a enfermaria e a maternidade.

Atualmente, o hospital tem 127 pacientes internados com Covid-19 em suas instalações. Desse total, 86 deles estão na enfermaria, 19 na unidade de cuidados intermediários, 12 na unidade de terapia intensiva, oito no pronto-socorro e duas crianças na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCIN).

Mudanças

Quando a doença se espalhou pelo DF, o HRAN precisou transferir serviços e pacientes não acometidos de Covid-19 para outros locais da rede pública de saúde. Assim, se tornou, a partir de abril, a unidade referência no Distrito Federal para atendimentos aos casos de coronavírus.

De acordo com o diretor do HRAN, Ulysses de Castro, tudo que foi feito no hospital, desde quando a unidade tornou-se referência, reflete-se nos números atuais. Foi feita a criação da triagem, organizando o fluxo de pacientes confirmados e suspeitos, bem como pacientes sem a doença.

“Fizemos uma mudança estrutural, reformas do box de emergência, sala de espera, ampliação da UTI e otimização da Central de Material e Esterilização (CME), além de reorganizar o fluxo interno separando bem os pacientes com Covid-19 dos outros e tendo todo o cuidado para evitar infecções hospitalares”, explica.

Além disso, vendo a necessidade de prestar assistência aos pacientes recuperados da Covid-19, o HRAN também criou um Ambulatório de Egressos, onde são feitos exames pulmonares e motores para avaliar a real situação dos pacientes pós-alta médica.

Segundo Ulysses de Castro, até pacientes com convênios médicos procuram tratamento no HRAN por reconhecerem que o local é totalmente referência para o tratamento da Covid-19.

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Centro Especializado em Diabetes no DF combate obesidade infantil

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Foto/Imagem: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Uma história de superação e dedicação que merece ser celebrada! Aos sete anos, Miguel já enfrentava o sobrepeso e o preocupante risco de desenvolver diabetes, uma realidade que acendeu um alerta para sua família. Graças ao acompanhamento especializado no Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) e, posteriormente, no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial (Cedoh), Miguel, agora com nove anos, vive uma verdadeira transformação. Seus resultados são visíveis: mais disposição, uma alimentação muito mais equilibrada e um novo e saudável olhar sobre a vida.

A gente reorganizou a alimentação em casa, introduziu atividades físicas e, com o apoio da equipe, conseguimos evitar que ele precisasse de medicação. A glicemia dele caiu bastante, e o risco de diabetes diminuiu. Foi uma transformação que envolveu toda a família”, compartilha Valdizia Apolinário, 41, mãe de Miguel, com um orgulho que irradia esperança.

A história de Miguel ressalta a urgência e a importância de iniciativas como a do Cedoh. Celebrado no início deste mês (3), o Dia de Conscientização contra a Obesidade Infantil chama a atenção para os graves riscos do excesso de peso na infância e reforça a necessidade de bons hábitos desde cedo. No Distrito Federal, os números são um alerta: uma em cada dez crianças está acima do peso, conforme o último Boletim de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) do Ministério da Saúde.

Para lidar com os casos mais graves de obesidade infantil, o Cedoh se destaca por oferecer um atendimento multidisciplinar de excelência a crianças e jovens de todas as regiões de saúde do DF, por meio do seu Programa de Obesidade Infantil e do Adolescente. Miguel é um exemplo do sucesso dessa abordagem, sendo acompanhado por uma equipe dedicada de endocrinopediatra, nutricionista, psicóloga e terapeuta ocupacional.

Durante o tratamento, as crianças participam de oficinas educativas lúdicas e eficazes sobre alimentação saudável, a importância da prática de atividades físicas, a organização da rotina familiar e a saúde emocional. “O que me encantou foi a forma como eles falam direto com as crianças. É um trabalho sensível e muito próximo. Um verdadeiro achado na nossa rede”, elogia Valdizia, destacando a singularidade e a qualidade do atendimento.

Camila Pessoa, nutricionista do Cedoh, reforça que a obesidade infantil é uma doença crônica, multifatorial e, infelizmente, ainda pouco reconhecida pelas famílias em toda a sua seriedade. “Muitos pacientes já chegam ao centro com comorbidades, como diabetes e hipertensão. A importância da data, portanto, está em conscientizar pais e responsáveis a agir antes que o quadro se agrave”, explica a profissional, sublinhando o papel crucial da prevenção.

A especialista alerta que o excesso de peso na infância não é apenas uma questão estética, podendo desencadear mais de 200 doenças, problemas cardíacos e distúrbios osteomusculares. “Essas complicações surgem cada vez mais cedo e tornam o tratamento ainda mais complexo. A prevenção é o melhor caminho”, ressalta.

Além dos impactos físicos, os efeitos emocionais podem ser devastadores. “Fatores como preconceito com a aparência e bullying afetam a autoestima e podem desencadear compulsão alimentar, ansiedade e depressão. O acompanhamento psicológico é essencial para romper esse ciclo”, argumenta a psicóloga do Cedoh, Caroline Yonaha.

Na rede pública, quando uma criança ou adolescente é identificado com obesidade em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), ele é inserido no Sistema de Regulação para receber o encaminhamento adequado, garantindo que o cuidado especializado esteja ao alcance de todos. Iniciativas como a do Cedoh são faróis de esperança, mostrando que é possível reverter o quadro e construir um futuro mais saudável para as novas gerações.

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Junho Vermelho reforça doação de sangue em Brasília e alerta para estoques críticos

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Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

No mês que celebra o amor, um gesto pode salvar vidas: doar sangue. Em meio à campanha Junho Vermelho, Brasília se une ao movimento nacional para incentivar a solidariedade e fortalecer os estoques do Hemocentro, especialmente os de tipos sanguíneos negativos, atualmente em níveis críticos.

Até o dia 30, quem tem sangue dos tipos O-, A-, B- ou AB- poderá doar sem agendamento prévio, com atendimento preferencial na unidade. A estratégia visa ampliar o número de doadores em um período de queda nos estoques, típico do início do inverno — época em que infecções respiratórias tornam muitas pessoas temporariamente inaptas para a doação.

Queremos garantir que 100% da demanda transfusional dos hospitais seja atendida”, afirma Kelly Barbi, gerente de Captação de Doadores da Fundação Hemocentro. Ela reforça que o Junho Vermelho não é apenas uma campanha pontual, mas um convite à criação do hábito da doação. “Doar sangue deve fazer parte da rotina, como ir ao mercado ou à farmácia.

Segundo as regras atuais, homens podem doar a cada dois meses (até quatro vezes por ano) e mulheres a cada três meses (até três vezes por ano). Para doar, é necessário estar em boas condições de saúde, pesar ao menos 51 quilos, estar alimentado, hidratado e apresentar documento oficial com foto. Sintomas como dor de cabeça ou mal-estar impedem temporariamente a doação, por segurança.

A campanha já inspira novos doadores, como a assistente administrativa Verônica Góes, de 44 anos, que fez sua primeira doação nesta semana. “Hoje talvez eu não precise, mas alguém sim. E no futuro, pode ser eu ou alguém que amo”, compartilhou.

Para a servidora Maria Gabryella de Oliveira, de 29 anos, doar é um compromisso pessoal. “Sempre que posso, vou ao Hemocentro. Muitas vezes é questão de vida ou morte para quem está no hospital”, reforça. Já o servidor Bruno Vidal, de 39, soma mais de dez doações: “Não sou médico, mas posso ajudar de um jeito simples. Isso faz a diferença.

O Hemocentro de Brasília funciona de segunda a sábado, das 7h15 às 18h, sem pausa para o almoço. As doações podem ser agendadas pelo site Agenda DF ou pela Central 160 (opção 2). Porém, quem optar por chegar espontaneamente também será atendido — uma alternativa importante, já que metade dos agendamentos não são cumpridos.

Neste Junho Vermelho, colocar a solidariedade na agenda pode ser o gesto que salva uma vida.

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