O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), unidade de referência com alto fluxo de atendimentos e mais de 400 leitos, está na fase final de instalação de um tomógrafo de ponta, capaz de processar entre 180 e 200 exames por dia.
A chegada do equipamento, da fabricante Canon, promete ser um divisor de águas na saúde pública da região. Ele chega para agilizar o diagnóstico e, principalmente, desafogar filas que estavam reprimidas na rede, além de ampliar a resolutividade do hospital.
Tecnologia de ponta para quem mais precisa
O novo tomógrafo conta com tecnologia de 64 a 80 cortes, o que garante exames muito mais rápidos, detalhados e com maior precisão para os profissionais de saúde. A novidade complementa o tomógrafo já existente no hospital, um modelo de apenas seis canais, que já estava defasado para a alta demanda da unidade.
O investimento de R$ 2,69 milhões foi viabilizado pelo Ministério da Saúde, por meio de emenda parlamentar do senador Izalci Lucas.
Para a gerente de Apoio e Diagnóstico Terapêutico do HRSM, Marlucy Mendes, o equipamento significa uma mudança na gestão do cuidado: “Ele vai facilitar o giro de leitos, agilizar o resultado dos exames e melhorar todo o fluxo do hospital”.
O SUS ganha em rapidez e complexidade
Quem ganha, de fato, é o usuário do SUS. A ampliação da capacidade vai além da quantidade, pois permite que o HRSM passe a oferecer exames complexos que antes eram restritos a outras unidades da rede, como a Angio TC (Angiotomografia Computadorizada).
O chefe da Radiologia do HRSM, Cristiano Dias, destacou o ganho direto para a população:
“Havia uma fila reprimida para exames com contraste e angiografias… Agora vamos conseguir realizar exames cardiológicos, de abdômen, coronárias e diversos outros com muito mais qualidade. Isso vai desafogar a fila e trazer um ganho gigante para a rede”, afirmou o especialista.
A resolutividade local será fortalecida, reduzindo a necessidade de pacientes de Santa Maria, do Entorno e das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) terem que se deslocar para realizar exames.
Segurança e preparação da equipe
Antes de o aparelho ser liberado para o público, a equipe do HRSM está passando por treinamento especializado com profissionais da própria fabricante.
A infraestrutura para receber a máquina também exigiu um esforço logístico. A engenharia do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) adequou a sala — um espaço que estava reservado para um tomógrafo há 17 anos, mas nunca utilizado. O custo da obra de adequação, de cerca de R$ 130 mil, envolveu a blindagem de piso, paredes e teto com o mineral barita, garantindo a segurança radiológica e o pleno funcionamento do aparelho.
Com dois equipamentos funcionando, a previsão é que, no futuro, o modelo mais antigo seja substituído, e o hospital receba uma nova ressonância magnética.

